2004/10/13

A INSUSTENTÁVEL AUSÊNCIA DE GENIALIDADE




Angela Hewit. Um recital que recomendei aos leitores a quem peço desde já desculpa pelo engodo. Quero recordar que escrevi que nunca ouvi esta pianista ao vivo. Excepto ontem...


Os bravos foram imensos, o que demonstra que o público (e não só...) é manipulável pela imagem (e o nome) que se lhe "vende".


De facto tratou-se do pior recital de piano de que tenho memória. De facto qualquer dos finalistas do Concurso Vianna da Motta que aconteceu este ano conseguiria fazer melhor que esta pianista sem sonoridade. Falta-lhe tudo: leque dinâmico, capacidade de crescendos sustentados, clareza interpretativa (excepto em Bach), concepção de forma inteligentemente materializada no resultado sonoro, "profundidade" interpretativa. Tudo o que ela fez foi fútil, quadrado e desprovido de "veia". Algo entre o banal e o "light".
O público delirou!
AST