Alberto Pimenta
Aida em Bratislava
A Opera Nacional Eslovaca apresentou a popular obra de Verdi com a habitual cenografia grandiosa e a tresandar a exotismo. Mas funcionou. O elenco, quase todo eslovaco, esteve especialmente bem. Pequenas gaffes, sobretudo nas cordas, foram corrigidas. Os desacertos aconteceram com alguma regularidade, mas a leitura manteve a clareza que se espera e exige. O condutor, Pavol Selecký, apresentou uma leitura eficaz e musical, trabalhando bem os trémulos em ppp e todos os efeitos sonoros que marcam o drama. O coral esteve bem e os solistas conquistaram uma sala entusiasmada. IIdiko Cserna, que interpretou Aida, foi excelente. Igor Jan, como Radames, demonstrou um timbre irregular. Denisa Hamarová, interpretando Amneris, esteve divina, e Gustáv Beláček foi um tremendo Farao, o mesmo acontecendo com Vladimir Kubovčik que interpretou Ramfis. Aqui temos um exemplo de como uma companhia totalmente nacional, que nem sequer tem casa fixa, possui modestos recursos em dinheiro, e oferece bilhetes baratos, apresenta grande qualidade, podendo apresentar-se, com toda a dignidade, em qualquer festival internacional. Livios Pereyra
FASHION is rubbish. Nirpal Dhaliwal in Evening Standard (West End Final), 10.01.07, pag 37