2008/05/31

Professor deste país sem rumo

Professor deste país sem rumo, fábrica de pobres e mina de ricos gulosos e sem preconceitos; professor de uma Escola Pública à venda, para quem dá menos; professor, que vês o teu trabalho crescer de forma inversamente proporcional ao teu nível de vida, ao teu prestígio social e profissional, ao respeito que te é devido, pela nobre missão que desempenhas, com formação superior, que alcançaste a pulso; professor do meu país a saque, que, muito provavelmente, estiveste até altas horas da madrugada a preparar as tuas lições, a corrigir os teus testes, a fazer trabalho burocrático para a tua escola; professor, que, muito provavelmente, chegaste ontem a casa com a alma amarrotada, porque tiveste de suportar o desinteresse, a falta de educação, a falta de respeito, a desconsideração, o desprezo pelo teu trabalho e pela tua condição: hoje, é para ti que eu escrevo. Para ti, individualmente, e não para todos os professores do meu país, como tenho feito. Hoje, é apenas contigo que eu quero falar.

Não acredito, estimado colega, que tu concordes e aceites os aviltantes ataques que te têm sido desferidos por esta equipa ministerial. Não acredito, porque sei que prezas a tua dignidade pessoal e profissional e porque isso seria a negação dos valores e princípios inerentes à tua condição de professor e educador. Sei que nunca abdicarás dessa reserva moral. Acredito, nobre colega, que talvez te tenhas resignado, perante um combate que crês perdido, sem retorno. E estou convicto de que essa tua resignação resulta de um equívoco essencial: tu pensas que a tua decisão, num universo de 200.000 docentes, nada vale; que, se tu não te envolveres, outros o farão, que haverá sempre outras escolas que irão à frente, legitimando tudo. Estás equivocado, tragicamente equivocado: em boa verdade te digo que a reversão de toda esta mediocridade está apenas nas tuas mãos, na tua postura individual, na tua capacidade de dizer NÃO. A crença na nulidade da nossa acção individual é a raiz da nossa anulação. Colega, cada vez que damos esmola a um pobre, resolvemos os problemas do mundo. Acredita! Só a morte é irreversível.

Esta equipa ministerial tem agido de forma insidiosa, dolosa, visando apenas a redução de gastos, à custa do depauperamento da qualidade do ensino e da desqualificação dos professores, da sua progressiva funcionalização, factores essenciais para a justificação das escassas regalias, baixos salários, reformas miseráveis, desprestígio social e profissional. Esta equipa ministerial “descobriu” que pode transformar o “professor-pensante” em “professor-aplicador”. O primeiro é um autêntico dinossauro do nosso ensino: já há poucos e esta ministra da Educação pretende ver-se livre deles o mais depressa possível, para que não transmitam aos colegas mais novos as indesejáveis e perniciosas moléstias profissionais e éticas, que fez deles respeitáveis figuras sociais. O segundo exige uma formação mais barata e de nível muito mais baixo, é tendencialmente generalista, com vocação para entertainer e simulacro de assistente social, que não tem tempo nem profundidade cultural para pensar na sua acção didáctica, no Homem que está a promover com a sua rotina diária: é um funcionário, um amanuense que trabalha com enlatados curriculares prenhes de soluções e explicações de todos os passinhos que deve dar; é um servidor de congelados didácticos cozinhados algures, por alguém, que tem a maçada de pensar por ele; é um operário da instrução que pica o ponto e é avaliado como tal, ou seja, pelo número de aulas que dá, pelo número de faltas que não deu, pelo número de alunos rotulados com positiva, pelo número de alunos que conseguiu resgatar ao abandono. Este profissional desqualificado será avaliado e respeitado, de acordo com a sua condição.

Esta equipa ministerial tem agido de forma insidiosa, dolosa, em estilo de “caixa de Pandora”: atrás do novo sistema de avaliação de professores, está a passagem generalizada de todos os alunos, sem que, na verdade seja possível assegurar que todos alcancem os objectivos mínimos (para as estatísticas nada interessa, e como esses serão sempre os filhos dos mais pobres…); atrás desse “sucesso pleno” e “escolarização total”, está o aviltamento do professor, que terá de suportar diariamente a indiferença, o desprezo dos alunos que nada querem da escola, sem poder dar-lhes alternativas sérias e com futuro, sem nada poder fazer por aqueles que querem ser excelentes alunos e distintos profissionais, aqueles que, legitimamente, são ambiciosos e querem muito da vida; atrás deste novo sistema de avaliação está a mediocridade de toda a Escola Pública em geral, e do Ensino Básico em particular.

Mas o quadro ainda não está completo, digno colega, professor deste país a saque.
O que falta ainda? Uns ligeiros sombreados para realçar a perfídia deste “antigo regime” de gestão, que a senhora ministra da Educação pretende que sejamos nós mesmos a apadrinhar, de fatinho branco e asinhas de anjo.

Este “antigo regime” é o último elo da cadeia de comando que irá transformar-te num empregado do ensino, um subalterno sem direito de votar, de eleger os teus representantes, que, por sua vez, também não passarão de capachos do poder, sempre com a ameaça do retorno às carteiras — cada vez menos apetitosas — a pender sobre as suas cabeças. A tutela pressioná-los-á; eles pressionarão os coordenadores; estes pressionar-te-ão a ti; tu… E tudo isto acontecerá, porque o professor deixará de ser a cabeça que pensa e decide na escola. Na sua vez, estarão os caciques locais, os muchachos do partido, a “ortodoxia” que definirá o perfil do teu director — que tu nunca mais elegerás — colocando no cadeirão aquele que assegurar maior assertividade face a determinados objectivos que estarão para além das tuas preocupações. E tudo isto acontecerá, se tu, receando que outros — que não gostarias de ver no Conselho Geral — venham a perfilar-se, te apresentares a eleição, com a melhor das intenções, legitimando assim o mais agressivo ataque à Escola Pública e à tua condição docente, desde a sua criação pelo saudoso Marquês de Pombal. Não te iludas, porque, com este “antigo regime”, o professor vai estar sempre em minoria, subalternizado relativamente àqueles que pretendem que a escola seja apenas uma repartição que carimba certificados.

Íntegro colega, professor dedicado deste país sem rumo, está nas tuas mãos — e apenas nas tuas mãos — a reversão de todo este percurso decadente. Não penses, nem te refugies na acção necessária dos milhares de professores deste nosso Portugal. É da tua decisão que tudo está dependente e não de um colectivo utópico e espontâneo. É a ti que cabe decidir se participas ou não participas neste funeral, porque, mais tarde, é o teu rosto que te vai surgir no espelho, cada vez que nele te mirares.

É a ti — e apenas a ti — que cabe dizer NÃO.

Neste preciso momento em que te escrevo, colegas nossos, de todas as regiões do país, estão a caminho de Lisboa — deixando a família, os amigos e um fim-de-semana de descanso — para tentarem encontrar um rumo para todos nós, para tentarem remar contra esta maré de rebaixamento de humilhação. A nós, que ficámos no aconchego dos nossos lares, cabe-nos respeitar e dar força a essa dádiva, a esse denodo.

A FORÇA DE TODOS ESTÁ NO “NÃO” DE CADA UM. Luís Costa In dardomeu.blogspot.com, 31 de Maio


Mas que grande chatice...

Santana Lopes confirmou ainda que, em consequência da derrota, vai demitir-se da liderança da bancada parlamentar social-democrata. (algures)

Nota: é impressionante mas o "menino-guerreiro" conseguiu 30% dos votos dos militantes do PSD.


Up's, chegamos à Madeira!

A ‘Operação Furacão’ atingiu o coração empresarial e político da Madeira. Além de Joe Berardo e Horácio Roque, o SOL apurou que outros grandes empresários da região, como Jaime Ramos, Avelino Farinha e Jorge Sá, estão também a ser investigados pelas equipas do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) da Procuradoria-Geral da República. In sol.sapo.pt, 31 Maio
Notícias da Tugolândia

Parece que o Rock in Rio começou mal. Amy Winehouse apareceu com 40 minutos de atraso para fazer um concerto de ..... (uma coisa é o que escrevo nos comentários de outros blogs, onde me dou a certas liberdades, outra, o que aqui escrevo... este é um blog respeitável... de crítica de música "séria"... não desfazendo...) e ia-se despenhando no palco... Têm de começar a colocar luzinhas nos palcos onde ela actue, como as que se acendem no chão dos aviões em caso de emergência, para que a Boa Tatuada, que tem o marido na prisão, se se despenhar, não caia nos braços... quero dizer: não caia no sítio errado.

Lê-se na primeira página do Correio da Manhã que um chefe da GNR fazia parte de um bando que assaltava casas. Ao mesmo tempo dirigia o grupo policial que combatia o dito bando. Creio haver aqui uma certa incompatibilidade de funções... Mas, tendo em conta os exemplos que lhe chegam dos portugueses políticos, a sua incompatibilidade não é nada que não se tivesse visto antes. Ainda se arrisca a receber um louvôr...

Compre um Yate de luxo, se é que ainda não tem, e terá gasóleo a 80 cêntimos! Aparece na primeira página do Semanário e trata-se de uma medida destinada a incrementar o turismo marítimo... Afinal não somos um país de marinheiros?

Hoje, movimentos independentes dos professores reúnem-se na Grande Lisboa para se coordenarem nacionalmente. Os tão detestados bloggers tiveram um papel essencial para que esta coordenação viesse a ser possível. Estupores!


Sessão dupla no Jazz on 3

Neste Dutch Special, primeiro ataca o trio Braam/DeJoode/Vatcher (Michiel Braam, piano; Willem DeJoode, contrabaixo; e Michael Vatcher, bateria), ao vivo no Pizza Express de Londres, em Janeiro deste ano; depois, The Astronotes, tenteto do trombonista Joost Buis (Felicity Provan, Joost Buis, Jan Willem van der Ham, Tobias Delius, Frans Vermeerssen, Paul Pallesen, Achim Kaufmann, Wilbert de Joode, Alan Purves e Michael Vatcher), gravado no Bimhuis de Amsterdam, Holanda, em 11 de Abril de 2008. O programa inclui entrevistas com Michiel Braam, pianista, compositor e director; Huub van Riel, director do Bimhuis; e o baterista e percussionista Han Bennink. Na próxima edição do Jazz on 3, da BBC Radio 3 (www.bbc.co.uk/radio3), Alexander von Schlippenbach / Eddie Prévost in session. In jazzearredores.blogspot.com


Birtwistle's The Minotaur

Saturday 31 May, 18:30-21:15 (Radio 3)

In a performance given at the Royal Opera House, Covent Garden, in April, Antonio Pappano conducts John Tomlinson in the title role, with Christine Rice as Ariadne in the world premiere of Harrison Birtwistle's latest opera, based on the classic Greek myth.

Hidden away deep in the labyrinth in Crete is a man with a bull's head - The Minotaur. He feeds on young men and women sent as tribute from Athens. One day the hero Theseus arrives among these innocents and with the help of Ariadne and her thread, he ventures into the labyrinth intending to kill the beast. In www.bbc.co.uk/radio3

Comentário: assisti a esta ópera na ROH (Convent Garden), exactamente com o elenco que vão poder escutar nesta emissão, e foi simplesmente genial.


Até parece que o governo não gosta da PJ...

A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ considerou esta sexta-feira que a decisão do Tribunal Constitucional de «chumbar» a Lei Orgânica da Judiciária veio dar razão às dúvidas do Presidente da República, mas também da ASFIC.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da ASFIC, Carlos Anjos, lembrou que, desde o início do processo legislativo, que a associação alertou o Governo e a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais para esta situação, agora declarada inconstitucional pelo TC, após dúvidas manifestadas por Cavaco Silva. In diario.iol.pt, 30-05, 18:23h

A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ considera que esta polícia tem carências operacionais «devido à falta de homens e meios», e justifica a redução de detenções com o novo código de processo penal, refere a Lusa.

O presidente da ASFIC/PJ, Carlos Anjos, afirmou que o menor número de detenções levadas a cabo pela Policia Judiciária (PJ), «se deve em parte, à entrada em vigor do novo Código de Processo Penal, em que a prisão preventiva apenas se aplica para crimes com mais de cinco anos de pena».

Carlos Anjos disse, por outro lado, que a PJ tem carências a nível operacionais e que efectua «menos operações, porque tem menos meios humanos e financeiros».

Uma das razões para esta situação, explicou, é que «os inspectores não recebem qualquer verba por trabalharem durante a madrugada, vão como voluntários».

O sindicalista exemplificou «que ainda esta semana a PJ teve de optar: ou levava a cabo uma operação ou outra» porque faltaram viaturas e agentes. idem, 01-05, 18:11h


Crítica, pertinente, a um comentário

Caro Álvaro,

Permita-me alguma brusquidão no texto mas o tempo é muito escasso e estou no fim de uma semana muito cansativa. Não interprete essa possível brusquidão com qualquer tipo de ressentimento ou empolada reacção.

Escreveu o meu caro em comentário no blogue do Paulo:

muitos portugueses, pequenos e insignificantes como são, não resistem à vertigem do poder. Mesmo que seja fogo-fátuo…

Ex-Ese’s (ex-alunos das Escolas Superiores de Educação e similares nas universidades) que entretanto fizeram mestrados em gestão escolar. É conhecida, e já legendária, a má formação inicial ministrada pelas Ese’s. Quem quer ir para gestor vai para a Universidade Nova, para o ISEG, para a FEUP, para a Católica… onde se ministram cursos de gestão a sério. Tem é de conseguir entrar…. Quem quer ser gestor não vai para uma Ese para de seguida fazer um mestrado em gestão escolar, que é como entrar pela porta do cavalo no mundo da gestão e administração. Estes ex-Ese’s, que entretanto arranjaram a sua “vidinha” fazendo uma mestradozinho em gestão e administração escolar, apoiam, evidentemente, a ministra da educação, que os vai transformar de míseros “professorzecos” em “gestores”.

Se o anterior modelo de gestão funcionava bem porquê estes diretatorzecos? É muito estranho…

Se me permite comentarei o seu comentário, passe o pleonasmo, entretido em 3 pontos de forma sucinta e não muito trabalhada:

1. Para esclarecimento de posição informo-o que frequentei curso na ESE e parte curricular do Mestrado em Administração e Organização Escolar na FCUL, estando neste momento a preparar o meu doutoramento.

(perceberá pois, através deste meu primeiro ponto, o porquê desta minha resposta ao seu comentário)

2. O que o meu caro fez não só é uma apreciação crítica completamente esconsa, por apresentar défice de sustentação fidedigna e ser nada mais do que uma generalização baseada no seu senso comum, como é também uma ideia que se ‘devora a si própria’. É que os alunos de gestão do ISEG muitas das vezes fazem o mesmo tipo de generalização que o meu caro gentilmente dirigiu aos alunos das ESSE’s relativamente aos gestores formados na Nova ou na Católica (e provavelmente sucederá o inverso).

3. O seu comentário pareceu-me perfeitamente despropositado e desnecessariamente acintoso…. Principalmente quando utilizou o termo ‘porta do cavalo’ e ‘mestradozinho’. Devo dizer-lhe que quando frequentei a parte curricular do mestrado fi-lo com enorme sacrifício pessoal e familiar, não utilizei o estatuto de trabalhador estudante e não faltei a uma aula que fosse. Durante um ano frequentei todas as aulas e elaborei trabalhos de significativa exigência. Foram muitas as noites em que trabalhei até ao raiar do sol terminando apenas porque as aulas (e os miúdos) da manhã me esperavam. Fruto desse esforço terminei a parte curricular do mestrado com classificações bastante positivas que muito trabalho me deram a obter, tendo por isso sido convidado para prescindir da elaboração da tese e iniciar directamente projecto de doutoramento. Perguntar-me-á porque é relevante esta informação pessoal? Não é! Mas será tão relevante quanto o comentário que o meu caro fez.

Estou demasiado cansado para elaborar melhor ‘discurso’ e para continuar este. No entanto deixe-me terminar dizendo-lhe em relação ao seu comentário que acredito ter sido um desabafo talvez irreflectido, talvez também escrito já no avançar da noite de um cansativo dia… e que no fundo, no fundo… este seu comentário não reflecte o que o meu caro é…

Não foi de facto a sua melhor hora.

Cumprimentos

Luís Miguel M. Latas


Entretanto...

A Comissão Europeia aplicou uma multa de 8,6 milhões de euros à Galp Energia por concertação de preços no mercado de betume para asfalto em Espanha, anunciou o executivo comunitário em comunicado. Bruxelas infligiu no total uma multa de 183 milhões de euros às cinco empresas envolvidas na concertação de preços: BP, Repsol, Cepsa, Nynas e Galp. A Comissão Europeia argumenta que entre 1991 e 2002, estas empresas partilharam o mercado do betume para asfalto em Espanha e concertaram os preços. Via Arre Macho. In arrastao.org, 31 de Maio

2008/05/30

Não te suicides pf: boicota a Golpe!
Portugueses Mocótós atacam blogosfera

Claro! Sentem que estão a perder o monopólio da informação. Sentem que qualquer dia vão perder os anunciantes tradicionais. Sentem que um dia vão deixar de ser as estrelas do prime time. Como não poderiam, os "mocótós do costume", deixar de atacar a blogosfera, que é por por natureza livre e crítica, dado que são, sobretudo, mocótós portugueses-concerteza? Quem são eles? Que reconhecimento têm internacionalmente? Para além das novelas de pacotilha que em Portugal, as editoras - porque é um bom negócio - lhes editam, terá, o que escrevem, "substância" e interesse "de facto"? Ou não passam de meros produtos de comercial circunstância que em poucos anos serão total e liminarmente esquecidos? Mocótós portugueses-concerteza que se habituaram ao monopólio feudal da informação, e de tudo, que são dos principais responsáveis por Portugal estar como e onde está.

Por outro lado os media portugueses "a sério" até nem têm contribuído para o "estado de bovinidade" e estupidificação generalizada em que se encontra este país...

Os media portugueses "a sério" até não têm devassado a vida privada de ninguém; não têm veículado informações imprecisas, descontextualizadas e até falsas; não são vistos "abaixo de cão" pelos ingleses devido ao caso McCain, onde tudo foi dito e redito, onde, na televisão, Francisco Moita Flores, que agora se volta contra a blogosfera, participou em programas com os habituais detectives de bancada, programas esses em que ficou estabelecida, de maneira clara e evidente, a culpabilidade de alguém, para agora Portugal fazer o ridículo universal já nada consegue provar! Seguramente foi culpa da blogosfera...


Corrupto centrão

Soube-se que políticos do PS, PSD e PP estão envolvidos num novo escândalo de dinheiros que implica os CTT. As trafulhices aconteceram com Horta e Costa como Ceo dos CTT.


Mocótós induzem em falsa informação

Avisado por comentadores «na hora» do programa-reportagem-debate existente na Sic sobre a nova droga que atemoriza os espíritos mais sensíveis - a Internet e especificamente os blogues - chego tarde a uma alegada aparição do Umbigo nas imagens, a propósito de umas diatribes sousatavarianas contra as maldades que lhe terão feito na blogosfera (e que ele nunca fez a ninguém nos jornais e TV…).

A seguir surge um vingador Rodrigo Guedes de Carvalho (já por cá passou, abespinhado, há muito tempo quando critiquei um seu livro…), acolitado por um tonitruante Rogério Alves e um desalentado Moita Flores a dirigirem acusações diversificadas contra a net e «os blogues» como se tudo fosse o mesmo e a pedirem regulação e mão pesada contra a malandragem. Como se eu dissesse «todos os advogados são uns aldrabões» ou «todos os autarcas são corruptos». Não sei se gostariam…

No meio daquilo, o psiquiatra José Gameiro começou a tentar colocar ordem no desvario, mas com pouca anuência do incitador, desculpem, do moderador.

O problema, o velho problema, é sempre o mesmo: a acusação vaga e generalizada sobre um meio, confundindo tudo.
...
Seria útil que estes debates não nascessem inclinados à partida, como se tudo fosse mau na net e nos blogues, excepto o do Pacheco Pereira, sempre ouvido quando se trata de zurzir na má-má-má blogosfera. In educar.wordpress.com, Maio 29

Se há coisas que eu não percebo nas investidas anti-blogues é que elas partam de sectores teoricamente esclarecidos da sociedade e de personalidades com informação suficiente para perceberem do que estão a falar. Que deveriam perceber o que são generalizações abusivas. Que deveriam saber distinguir os ataques difamatórios anónimos (ou não) das querelas de opinião. Mas não percebem ou não querem perceber. Para demonstrar a sua tese usaram algum blogue anónimo e calunioso por vocação e prática corrente?

Ouvir Rodrigo Guedes de Carvalho a empurrar - no estatuto aparente de «moderador» - um debate sobre os «perigos da internet» é estranhíssimo, quando eu me lembro dele, rapaz ainda, quase das minhas idades, ainda não quadrado, pelo pátio da Faculdade. Envelheceu, precocemente, o que é pena. Escreveu uns livros, faz crónicas para o jornal do grupo com foto estilosa. Mas não se interroga porque, por exemplo, se deixa fotografar para a capa da Caras, a pretexto de um seu casamento «secreto». Mas acha que os perigos da net estão na difamação, quando muito daquilo a que alude mais não passa do que de conflito de opiniões. Até parece que se esqueceu da forma como a informação da SIC acotovelou quem bem quis no seu período inicial e de ascensão.
Quanto a Miguel Sousa Tavares o problema é recorrente: ele não parece ter conseguido perceber que há opiniões diferentes das dele no mundo sublunar, abaixo do olimpo que habita. Há pessoas que discordam dele, é uma coisa sem pés nem cabeça par ele. Pior, essas pessoas quando erram até o admitem e fazem divulgar essa sua admissão. Já MST nunca se enganou ou teve dúvidas. Tudo o que escreveu nos últimos 20 anos foi isento de qualquer mancha ou vaga incorrecção. Que sauidades de quando ele ainda não tinha regressado ao útero da burguesia esclarecida e acomodada de onde só saiu para o seu tirocínio de rebeldia juvenil.
No meu caso, agradeço a divulgação feita em prime-time deste bloguito que por aqui vai andando, com a foto e nome do autor no frontispício, sem grupo económico, cartão partidário ou sociedade para-secreta a defendê-lo. Talvez por isso achae que podem abusar e expô-lo como se fosse um blogue de «troca de informações de terroristas», de que falou Moita Flores para exemplificar os malefícios da droga blogosférica. Só faltou falarem em pedofilia desenfreada, incentivo à bestialidade necrófila ou fraude com cartões de crédito. E mostrarem novamente uma imagem do Umbigo.

Já agora também seria útil que, no mínimo, a reportagem fosse rigorosa. Em nenhum lugar que eu conheça, virtual ou físico, alguém apelou ao boicote às obras de Sophia, mãe de MST. Sendo que o meu blogue o do Ramiro Marques aparecem no ecrã quando isso é dito, haveria matéria para processar alguém? Eu não estou interessado, mas a interrogação fica. idem


Uma grave crise alimentar está a assolar o mundo

A Pobreza Zero (GCAP Portugal) entregará no dia 3 de Junho na Reunião da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) uma petição aos Líderes do G8, da ONU, da União Europeia e de Portugal para que promovam medidas imediatas para diminuir os impactes da crise alimentar junto dos mais pobres.
Além de sobrecarregar o já reduzido orçamento das classes mais baixas e dos 800 milhões de pessoas que sofrem de fome crónica, esta crise traz a fome a mais 100 milhões de pessoas. Do Bangladesh ao Haiti, a população mundial está a protestar, literalmente lutando pela sobrevivência. Só na Serra Leoa o preço do arroz duplicou, deixando 90% da população abaixo do limiar de pobreza.

Tanto acções humanitárias, quanto reformas no sistema comercial agrícola são necessárias para minorar os efeitos da crise. Mais do que isso, precisamos de soluções sustentáveis para nós e para as gerações futuras.

Assina agora a petição e não te esqueças de passar esta mensagem para todas as pessoas que conheces, pois todos nós seremos afectados pela crise alimentar.

A petição será entregue na conferência da FAO e em encontros políticos de alto nível que terão lugar até final de Julho de 2008.

Vai ao site www.pobrezazero.org e participa activamente nas nossas acções!

Tu fazes a diferença!

SOMOS A PRIMEIRA GERAÇÃO QUE PODE ERRADICAR A POBREZA

Bruno G. M. Neto
Coordenador de Programa
Pobreza Zero
Rua de Santiago nº9
1100-493 Lisboa
T 21 882 36 30

Deixem-@s em paz!
Uma das últimas tribos amazónicas que nunca tiveram contacto com o ‘homem branco’ foi localizada na região do Acre, na fronteira do Brasil com o Perú. Foto:©AP

2008/05/29

Não votar PS

Começou oficialmente a campanha eleitoral dos professores contra o PS, com o slogan: 'VOTA À DIREITA OU À ESQUERDA! NÃO VOTES PS!'

O governo governa com a maioria e não com as manifestações da Rua, diz o Sr. Primeiro Ministro. É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar os professores, nem de aprovar o novo estatuto da carreira docente, que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação. Já foi votada no Parlamente por três vezes a suspensão do novo estatuto da carreira docente e das três o PS votou contra suspensão.

Colegas, chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% do votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover esta enorme afronta aos professores. Somos 150.000 o equivalente a 3% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de um ano, todos os professores votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido nunca mais volta a ter a maioria e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos professores.

Colegas, quem foi capaz de ir do Minho, Trás-os-Montes, Algarve, Madeira e Açores a Lisboa, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto, e votar a derrota do PS.

Em Portugal há partidos para todos os gostos quer à direita quer à esquerda do PS, é só escolher, maiorias nunca mais. Os professores para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que os professores convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 500.000, foram os votos que o PS teve a mais que a oposição.

Comentário: de acordo com as poucas posições conhecidas sobre educação e a situação dos professores, expressas pelos candidatos à liderança do PSD, também não me parece boa ideia irem votar no dito cujo. Muito menos no PP do Portas & Cia, que no fundo no fundo apoia a Rodrigues. Há sempre a possibilidade do voto em branco, que se fôr massivo vai descredibilizar o "sistema" e alertar a comunidade internacional para a situação que se vive em Portugal. No entanto, deve ser assegurado que o PS do Sousa, essa espécie de desenhador de casas horrorosas, de engenheiro não reconhecido, e sei lá o que mais, não consiga a maioria absoluta. Para bem do próprio "sistema", isto é, de Portugal, da sua sobrevivência pacífica. E para bem do PS...


ESCOLA SECUNDÁRIA ANTÓNIO NOBRE

A minha vénia, para a Escola Secundária António Nobre, onde todos souberam dizer não a este “antigo regime” de gestão. Os nobres professores desta escola não escorregaram na tentação de candidaturas para fazer oposição a outras candidaturas “da ortodoxia”. Os nobres colegas desta escola compreenderam que essa é, não só uma atitude de castração, mas — e sobretudo — uma humilhante forma de adopção de um regime que instrumentaliza os professores, que os desprofissionaliza, que os desautoriza social e profissionalmente, que os transforma em meros aplicadores, sujeitos aos objectivos políticos dos interesses instalados, para quem, amiúde, a escola pública não é uma alavanca de promoção social e cultural do indivíduo, mas uma fábrica que produz serviços mínimos para a mão-de-obra nacional.

Escola nobre. Esperemos que não fique só!

Eu não me candidatarei a nada que tenha a ver com este “antigo regime” de gestão e, se houver alguma lista de “Judas”, não votarei. Levarei figos para a escola. Luís Costa

P.S. – Se, por casualidade, pretenderem mandar-me os "buldogues", para me morderem os calcanhares, queiram ter a amabilidade de me avisar com alguma antecedência, para eu os ter bem lavados, uma vez que são grandes. In dardomeu.blogspot.com, 28 de Maio


cobardia versus Coragem

«cobardia s.f. comportamento que denota ausência de coragem; atitude, gesto que se caracteriza pelo temor, pelo acanhamento, pela falta de ousadia (…) ANT. audácia, bravura, brio, coragem, denodo, destemor, impavidez, intrepidez, valentia;» idem, 24 de Maio


Barrosada à portuguesa

O Barroso, Durão, foi ameaçar os Irlandeses pensando que está a lidar com os portugueses. Os Irlandeses, que em vez de auto-estradas têm educação, que em vez de terem construído estádios de futebol produzem tecnologia, que em vez de andarem a exibir-se com Expo's exportam os seus produtos, estão-se a borrifar para Barroso & Cia. É que já podem viver (bem) sem os fundos comunitários... Se se irritam, ainda votam Não ao Tratado. E aí é que vão ser elas. Para os portugueses, claro.


A questão não é Portugal*

Antes de se extraírem ilações apressadas acerca das perversidades psicológicas colectivas dos portugueses, supostamente na razão directa dos protestos contra os aumentos dos combustíveis, seria conveniente espreitar o que se passa para lá das nossas fronteiras: em França onde há refinarias cercadas; no Reino Unido onde os camionistas invadiram Londres e a revolta contra os aumentos dos combustíveis é enorme e o governo resolveu cortar impostos em campos de petróleo; já agora, no resto do Mundo, onde as reacções ao que se está a passar não diferem muito daquilo que por aqui se vê - ou melhor, por cá, em comparação, até anda tudo muito mais sereno.

Alvaro Diz:
29 Maio, 2008 às 4:39 pm

@s portugues@s são sempre a mesma merda. Ontem junto à Avenida da Igreja, uma das zonas ricas de Lisboa, @s ric@s faziam fila na bomba da Golpe, ao lado da outra onde eu fui, para atestarem os depósitos. Isto vai acabar mal e aos berros. In blasfemias.net * ai não?!


Fatalidades Sul Europeias

Aqui a questão não é (só) Portugal...

A ministra da educação criou na opinião pública portuguesa a ideia de que as escolas públicas e os professores têm desempenhado mal as suas funções e seria por causa disso que as taxas de abandono e insucesso escolares se manteriam altas. Criou-se, na opinião pública, a ideia de que Portugal é a ovelha ronhosa da União Europeia e que se posiciona sistematicamente nos últimos lugares no que respeita aos índices de educação. Tal não é verdade. Portugal partilha com todos os países do Sul da Europa essa fatalidade. Estamos ao nível de Espanha e da Itália tanto nos resultados do PISA como nas taxas de abandono escolar. Trinta por cento dos alunos espanhóis deixam o ensino secundário sem completarem o 12º ano. Os resultados no PISA dos alunos espanhóis, italianos e franceses são semelhantes aos dos alunos portugueses. Podemos afirmar que há ineficiência na forma como o sistema público de educação é governado. Se há, a responsabilidade primeira é do ME e das suas direcções regionais da educação. Mas os resultados postivos têm sido muitos. Basta olhar para estes dados: nos últimos 5 anos, duplicou o número de doutorados em Portugal. Esses novos doutorados tiveram professores. Não teriam chegado tão alto se não tivessem tido bons professores. A taxa de insucesso no 1º CEB desceu para 10%. As taxas de abandono escolar têm vindo a diminuir drasticamente. Convém lembrar que, há cem anos, apenas 10% dos portugueses sabiam ler. Há 40 anos, havia pouco mais de 40000 estudantes portugueses no ensino superior. Agora, há mais de 400 mil. Multiplicaram por dez em quatro décadas. Um feito assinalável! Nos países do Norte da Europa, a taxa de literacia é de quase 100% desde o princípio do século XX. In professoresramiromarques.blogspot.com, 28 de Maio, 9:00


Se não sabem ler...

vão ter com a ministra da educação...

com o Sousa da Novas Tecnologias...

das Novas Oportunidades...

do Inglês para todos...

É a Educação estúpid@!

Les pêcheurs ont été rejoints par les agriculteurs. Ils multiplient les blocages de dépôts pétroliers pour protester contre la hausse du prix des carburants.

Pêcheurs et agriculteurs ont continué jeudi à mener des actions un peu partout en France contre le gazole cher, bloquant des dépôts pétroliers ou des ports tandis qu'une grande manifestation était prévue dans l'après-midi à Quimper.

Dépôts pétroliers bloqués. Des agriculteurs «étouffés par la hausse des coûts de production liés à la flambée des prix du pétrole» bloquaient jeudi matin des dépôts pétroliers à Toulouse mais aussi à Dijon. Une petite manifestation a également eu lieu à Vesoul.

Les marins-pêcheurs de Méditerranée, qui on décrété une grève totale «au moins jusqu'à lundi», ont poursuivi jeudi matin des actions sporadiques de blocage des dépôts pétroliers dans la région marseillaise. Ils ont à chaque fois été délogés par les CRS, dans un jeu du chat et de la souris qui dure déjà depuis plusieurs jours. In leparisien.fr, 29 mai 2008, 12h20

* BRITAIN:

-- Truckers converged on London in convoy on Tuesday, closing a busy main road and causing traffic backlogs.

-- Similar protests took place in Wales. Welsh hauliers also threatened to blockade ports and refineries if the government doesn't help, stirring memories of refinery blockades in 2000 that caused shortages in some areas.

-- The drivers said fuel bills had risen by almost a half in a year and demanded a rebate. Britain has the highest fuel duty in the European Union.

* BULGARIA:

-- Hundreds of Bulgarian truckers launched protests in the capital Sofia, the Black Sea port city of Varna and the Danube port city of Russe on Wednesday, demanding lower excise duties on fuels as well as measures to stop the rise in fuel prices.

* FRANCE:

-- French fishermen continued their long-running protest against high diesel costs on Wednesday as truckers and farmers weighed in with demands for the government to take action.

-- The fishermen, who staged similar protests last year, want government help to cushion the effects of surging marine fuel prices that have eaten away their profit margins.

-- Diesel has gone up by 30 percent in 2008 and the fishermen say they want it discounted at half the market price.

-- About 100 farmers blocked access to an oil depot run by Total just outside the city of Toulouse to demand the government exempt them from a special petrol tax known as TIPP.

-- French truckers group OTRE also threatened late on Tuesday to take action across France if the government failed to respond to their demands by Thursday evening.

* ITALY:

-- Italian fishermen in the Adriatic are expected to strike from Friday.

* NETHERLANDS:

-- Dutch truckers are planning a national day of action for Thursday to protest against rising diesel prices

* SPAIN:

-- Spain's Fishermen's Confederation has called a protest in Madrid for Friday against high fuel prices and the main truckers' association has called a strike for June 8 to call for measures to cope with the high prices.

-- Farmers in Catalonia will also announce protests.

Writing by David Cutler, London Editorial Reference Unit, In uk.reuters.com, Wed May 28, 2008 12:56pm BST
Porque não houve uma guerra...

Pessoalmente - e isto não é de todo original pois o José Gil, que foi meu professor de Filosofia Moderna e de Estética na faculdade, sujeito com quem aliás me dava pessimamente, disse o mesmo, utilizando outras palavras - acho que a Podridão Portuguesa é um charco de água estagnada que o é devido ao facto de nunca ter sido abalado (o charco podre), espartilhado, desestruturado, desconjuntado, destruído, por uma guerra a sério. Portugal foi sempre sobrevivendo com a sua mediocridade, na sua paz mal cheirosa, porque é periférico e nada tem que interesse a ninguém.

Se, por um terrível acaso da má sorte - para os portugueses, romenos e búlgaros, sobretudo, mas também para os italianos e gregos - os Irlandeses votassem Não (ao Tratado) e de seguida o governo alemão fosse obrigado a fazer um referendum à sua continuação na zona Euro (um estudo revelou que duas terças partes dos alemães querem abandonar o Euro e voltar ao Marco), a UE ruiria como um castelo que nunca existiu. A Crise entraria com toda a força em Portugal onde começariam sublevações espontâneas que resultariam, eventualmente, em guerra civil. Imaginem que divertido iria ser...


Apoiante da ministra da educação

Ex-presidente de junta pelo PSD. Teve um processo disciplinar numa escola que parece ter sido arquivado. São as VTPC (Very Typical Portuguese Connections)... Consta que a senhora, uma portuguesa-concerteza, professora por casualidade e farmacêutica de rendimento, recortava as notícias dos óbitos das pessoas que tinham um apelido igual ao dela e faltava às aulas ao abrigo de um artigo que justificava as faltas d@s professor@s por nojo de familiares (parece que agora, também por culpa desta espécime, @s professor@s são penalizados até quando vão aos funerais dos familiares directos...). A senhora, portuguesa ora essa, é uma discreta apoiante das políticas da ministra da educação...

Mais apoiantes

Toda a Escória Variada que tem contribuído para a aplicação do eduquês que destruíu o país - algumas/uns perseguiram professor@s, alguns/umas assessoraram Comissões Executivas, tod@s com um olho nos cargos e outro no "título", se ainda não o conseguiram porque afinal o grau de "professor-titular" foi inventado exactamente a pensar nel@s, ratazanas dos cargos - apoia a ministra da educação. Muito discretamente, claro. Não vá o diabo tecê-las...

Ex-Ese's (ex-alunos das Escolas Superiores de Educação e similares nas universidades) que entretanto fizeram mestrados em gestão escolar. É conhecida, e já legendária, a má formação inicial ministrada pelas Ese's. Quem quer ir para gestor vai para a Universidade Nova, para o ISEG, para a FEUP, para a Católica... onde se ministram cursos de gestão a sério. Tem é de conseguir entrar.... Quem quer ser gestor não vai para uma Ese para de seguida fazer um mestrado em gestão escolar, que é como entrar pela porta do cavalo no mundo da gestão e administração. Estes ex-Ese's, que entretanto arranjaram a sua "vidinha" fazendo uma mestradozinho em gestão e administração escolar, apoiam, evidentemente, a ministra da educação, que os vai transformar de míseros "professorzecos" em "gestores".

Escusado será dizer que tudo isto vai acabar mal e aos berros. Sobretudo porque o anterior modelo, democrático, funcionava bem (a democracia é o melhor entre os modelos imperfeitos, dado que o "perfeito" não existe) e porque não é com pseudo-gestores que se vai atacar os "cancros" do sistema educativo português, como a indisciplina. É com políticas educativas muito diferentes das actuais!

2008/05/28

Irresponsáveis declarações

Relativamente às recentes declarações da Senhora Ministra da Educação, em que se mostrou preocupada com o insucesso escolar, afirmando que “os chumbos é que são facilitismo”, os professores do Departamento de Matemática da Escola Secundária de Tomás Cabreira, reunidos em 30 de Abril de 2008, declaram o seguinte:

Denunciamos a distorção do conceito correspondente ao termo “facilitismo”, tendo em conta a realidade e a vivência concreta na maioria das escolas portuguesas, onde os professores são constantemente pressionados para passarem alunos que não atingem os objectivos mínimos das respectivas disciplinas.

Sublinhamos a explicitação, por parte da tutela, das verdadeiras razões que sustentam a preocupação com o insucesso, razões, quer de ordem economicista – chegando a argumentar com o preço de 3000 euros a que fica cada “chumbo” –, quer de ordem estatística – pretendendo comparar níveis de sucesso de países com realidades sociais que não são comparáveis;

Não obstante não enjeitarmos a responsabilidade que nos cabe na parte em que a Senhora Ministra afirma que não é com “chumbos”, mas com mais trabalho dos professores que se atinge o sucesso, não deixamos de lamentar que a tutela continue a enviar a falsa mensagem aos alunos e respectivas famílias de que os professores trabalham pouco, em vez do apelo, que vem tardando, de estudo, rigor, trabalho e disciplina nas aulas para a maioria dos alunos e maior acompanhamento e exigência, por parte de muitas famílias, no sentido de cumprirem plenamente o papel que lhes cabe na educação dos filhos;

Atendendo ao momento em que foram proferidas – perto do final de ano lectivo –, classificamos de irresponsáveis as declarações da Senhora Ministra da Educação, pela pretensão de condicionamento dos professores no processo de avaliações que se avizinha.

Mais declaramos que a mensagem de desresponsabilização dos alunos e respectivas famílias, essa sim, hipoteca o futuro dos nossos jovens e do País num mundo global cada vez mais exigente.

Depois de discutida, a declaração foi aprovada, por unanimidade, pelos professores do Departamento.
Pena perpétua para um bandido

Michel Fourniret a été condamné mercredi par la cour d'assises des Ardennes à la réclusion criminelle à perpétuité incompressible, la peine maximale du code pénal, et son épouse et complice Monique Olivier à la perpétuité assortie d'une période de 28 ans de sûreté.

Après deux mois de débats et 24 heures de délibérations, la cour a suivi les réquisitions de l'avocat général pour Fourniret, 66 ans, reconnu coupable de sept meurtres aggravés de jeunes femmes ou adolescentes entre 1987 et 2001, et de trois agressions d'autres jeunes filles ayant réussi à lui échapper.

Il écope de la peine la plus lourde de l'arsenal juridique, déjà appliqué au moins trois fois depuis 2006 dans des affaires de meurtres ou tentatives de meurtre d'enfants accompagnés de viols.

Monique Olivier, 59 ans, qui était poursuivie comme coauteure d'un des sept meurtres, a été reconnue coupable de complicité dans ce crime, comme dans trois autres meurtres et le viol en réunion d'Isabelle Laville, tuée en 1987 dans l'Yonne.

Elle échappe à la période de sûreté de 30 ans, mais ne pourra déposer de demande d'aménagement de peine ou de libération conditionnelle avant 28 ans. Par Matthieu DEMEESTERE et Jordane BERTRAND AFP, CHARLEVILLE-MÉZIÈRES (AFP) In fr.news.yahoo.com, 28 Maio, +- 17h

O que quer dizer tudo isto?

Quer dizer que se fosse em Portugal este assassino seria liberto ao fim de 25 anos. Provavelmente antes, porque seria, já se sabe, um tipo arrependido e bem comportado. Felizmente, Portugal é um rectângulo irrelevante para a Europa e para o mundo: em França o bandido vai ficar preso o resto da sua miserável vida sem qualquer possibilidade de atenuante. A sua mulher e cúmplice ficará atrás das grades 28 anos, sem possibilidade de ser liberta antes.


Barrosãs ameaças

IRELAND and Europe will "pay a price" if there is a 'No' vote in the Lisbon Treaty referendum, European Commission President Jose Manuel Barroso warned voters last night.

Putting the gun to Irish heads ahead of the referendum in just over a fortnight, Mr Barroso said rejection of the EU Reform Treaty would be bad for the whole of Europe, including Ireland.

His comments could be used by the 'No' campaign to show that Europe is trying to coerce Ireland into voting 'Yes'. By Fionnan Sheahan Political Editor In independent.ie, Tuesday May 27

O que quer dizer isto?

Quer dizer que, se os partidários do Não souberem esgrimir inteligentemente as palavras de Barroso, o Não pode ganhar. Afinal isto (as barrosãs palavras) trata-se daquilo que os irlandeses mais temem: a ingerência externa directa nos seus assuntos internos. Como os irlandeses souberam aproveitar os subsídios da UE para se educarem bem e se desenvolverem, não têm muito a temer das ameaças de Barroso. Portugal sim, tem tudo a temer. E a perder.


O Comendador...

Os empresários José Berardo e Horácio Roque estão a ser investigados pelo Ministério Público no âmbito da Operação Furacão.

Segundo o SOL apurou, uma equipa de agentes da Brigada Fiscal e um magistrado do DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal) da Procuradoria-geral da República estiveram ontem a fazer buscas no Funchal, nomeadamente no Hotel Savoy e na Empresa Madeirense de Tabacos.

Empresas de Berardo e de Horácio Roque em Lisboa também foram alvo de buscas.

Os mandados de busca visavam explicitamente os dois empresários e referiam os crimes de que são suspeitos: branqueamento de capitais e fraude fiscal. In sol.sapo.pt, 28 Maio, +- 19h
Pré-início da Revolta na Educação

A Assembleia do Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão vem por esta forma manifestar a sua preocupação e repúdio pelo rumo que a tutela tem vindo a impor à escola pública em Portugal.

Porque queremos o melhor para o ensino, porque entendemos que ainda é tempo de arrepiar caminho e encontrar melhores soluções, em diálogo, porque pretendemos clarificar a nossa actuação futura, por transparência e frontalidade afirmamos:

À Assembleia, como órgão responsável pela regulamentação base do funcionamento das escolas deste agrupamento, caberá ratificar a consignação em Regulamento Interno, dos diversos normativos legais que nos últimos meses têm vindo a ser publicados na área da educação.

Genericamente não concordamos com eles.

Na sua base doutrinária extremamente hostil perante os professores enquanto profissionais.

Nos seus indisfarçáveis intuitos economicistas e eleitoralistas em detrimento dos pedagógicos.

Concretamente e em resumo:

- O ECD, entre outras, pela forma como, gratuitamente, sem nexo, sem justiça e sem qualquer valia pedagógica se fractura a carreira docente em titulares e não titulares.

- DL 3/08 – Ensino Especial - Pela negação dos princípios da escola inclusiva de qualidade para todos.

- O DL 2/08 – Avaliação de docentes - Pela sua natureza excessivamente burocratizada, eivado de incorrecções, com parâmetros vagos e, por isso, potenciadora de injustiças.

- A Lei 3/08 – Estatuto do aluno - Pela letra e conteúdo virtualmente impossível de colocar em RI, e em prática, e por ser promotor do facilitismo escolar e do desrespeito pelos docentes e não docentes.

- O DL 75/08 – Gestão - Pela imposição de um modelo de gestão centralizador, não apoiado na realidade, pouco respeitador dos princípios da democracia participada.

- Finalmente, e porque este é um documento da Assembleia, pela forma desrespeitosa, por isso intolerável, como é extinto, sem qualquer tipo de avaliação, este órgão, que tem funcionado desde a sua criação há 9 anos, no estrito cumprimento das suas atribuições, utilizando para isso milhares de horas não remuneradas dos seus elementos que souberam dar o seu melhor para que a Assembleia fosse - e foi – um espaço aberto a toda a comunidade educativa e em que todos tiveram o seu lugar, a sua palavra, a sua participação livre e justa. Fizemos um bom trabalho. Seremos extintos, sem mais. Porém, não sem que nos seja pedido que tudo coloquemos em prática, que tudo vertamos em RI, que todos motivemos para o que de novo se prepara para o ensino.

Constituímo-nos ao abrigo do DL 115-A. Cumprimos sempre as atribuições aí consignadas. No passado dia 12/4, este diploma foi revogado. Enquanto Assembleia incumbem-nos de tarefas relativas ao Regulamento Interno e Conselho Geral Transitório, entre outras. Como elementos responsáveis de um (ainda) órgão de gestão, cumpriremos, pelos mínimos exigíveis, sem qualquer entusiasmo, sob protesto (fundamentado no atrás exposto) e até ao rigoroso dia em que cessarmos funções, as tarefas que os novos normativos legais nos impõem.

Esta escola pública não nos quer!

Não é esta a escola pública que queremos!

A Assembleia do Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão
Foto de militares chineses preparando-se para trocar os seus uniformes por vestes de bonzos tibetanos. Eis os "monges" que foram responsáveis pela violência em Lassa.

2008/05/27

Não estão a dormir

Mário Lino reage com dureza à opinião do ex-Presidente da República sobre a pobreza

«O PS e o governo não estão a dormir, à espera que Mário Soares faça um aviso. Aliás, o Dr. Mário Soares esteve sempre muito atento a estes problemas, por isso concordo que o Partido Socialista tem de estar preocupado com estas situações. É isso que está a acontecer», referiu, considerando que a opinião do ex-Presidente da República «não é um aviso ao Governo». In diario.iol.pt, 27-05-2008, 13:49h

Comentário: este PS e este governo são os principais responsáveis pelo aumento da pobreza em Portugal nos últimos anos e pela amplificação das desigualdades. Portanto devem andar a fazer alguma coisa... Se andam a fazer coisas, e nós sabemos muito bem que sim, como por exemplo dar vistos Shengen a criminosos de guerra, é porque não estão a dormir. Tem lógica!


Somos porreiros, pá!

Afinal, Jean-Pierre Bemba, acusado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, sempre gozou de protecção da Polícia de Segurança Pública (PSP), paga pelos nossos impostos, desde Abril de 2007, altura em que recebe autorização para residir no Algarve (”Público” de hoje). Daniel Oliveira, 27 de Maio

Fahrenheit 27 Mai 2008 às 16:38

Mas qual é a estupefacçao?! Portugal sempre recebeu facínoras, como o amigo de muito boa gente deste país, o senhor “Leopardo”, Mobutu. Tambem era do Zaire/RDCongo… vá-se lá saber porquê… A RDC, enfim um país… próspero para alguns, muito próspero! In arrastao.org


Revoltem-se portugueses!

Enquanto é tempo...

Pedro Castro Diz:
Maio 27, 2008 at 4:54 pm

J.F. tem razão. A avaliação é para os trabalhadores, não para os gestores públicos, directores gerais (comissários políticos) porque estes são uns génios intocáveis. Ao ler a imprensa diária verifica-se que uns quantos “intocáveis”, gerem empresas, a ganhar milhões, sem que as empresas apresentem resultados positivos. É a “casta” que está imune às avaliações porque está protegida pelo centrão, esta simbiose perfeita de PS-PSD quanto se trata de “pilhar” o Estado.
Esta “casta” que dirige Portugal e controla os partidos políticos do centro, vive da corrupção, dos favores, do compadrio e está imune à justiça.
Por sua vez a justiça não funciona com equidade, é dura com os mais fracos e displicente com os mais fortes, permitindo o sentimento de impunidade e de desalento dos portugueses.
Só existe uma solução para esta situação: QUE OS PORTUGUESES SE INDIGNEM E SE REVOLTEM! (nos comentários de educar.wordpress.com)
A vergonha

Acusado pelo TPI Jean-Pierre Bemba teve protecção oficial portuguesa

... detido este sábado, em Bruxelas, após um mandato de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI)...

Autoridades nacionais não informaram o TPI sobre a saída de Bemba do país, que apresentou um visto Shengen emitido por Portugal.

Durão Barroso negou qualquer envolvimento no "caso Bemba", que é acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. (fonte: Público, 27 Maio, pag's 1 e 6)


Fim-de-semana horribilis?

Depois da Saúde e da Educação, Executivo enfrenta mais agitação social por causa dos combustíveis (Meia Hora, 27 de Maio)

Comentário: "depois da educação"?! Mas como "depois" se a verdadeira contestação nem sequer começou?!


O pior da fotografia

Portugal é o país que sai pior na fotografia: quase seis em cada dez (59%) crianças e jovens consideram que os seus direitos não estão devidamente protegidos. Só a Roménia regista uma avaliação quase tão negativa (57%). Público, 27 Maio, pag 6


4710 milhões!

As fraudes nas 500 maiores empresas portuguesas representam custos entre 2827 e 4710 milhões de euros... idem, pag 38

2008/05/26

Sim, Não, Talvez

À senhora Doutora São José Almeida foi entregue meia página do jornal onde é empregada, o Público, para fazer umas perguntas aos candidatos a presidente do PSD que interessassem vagamente aos restantes portugueses que neste momento só querem saber o que (ou quem) é que o Cristiano Ronaldo vai comer hoje.
Ela não encontrou melhor assunto que temas sexuais, vá lá saber-se porquê?
As perguntas foram as habituais, homossexuais, casamentos entre eles e adopção de tenras criancinhas.
As respostas são no entanto esclarecedoras da fibra moral dos candidatos.
Repare-se:

Manuela Ferreira Leite
Admito, com certeza, que haja direitos em uniões de outra natureza que não entre pessoas de sexo diferente, mas não podem ser os mesmos do casamento entre pessoas de sexos diferentes.
Por mim, considero que se defende melhor a criança e a educação da criança com uma família de pai e mãe do que com uma família que não é assim constituída.

Neto da Silva
A adopção, nunca.
Casamento, também não.

Patinha Antão
As matérias dos novos estilos de vida, das novas famílias, devem ser objecto de um vasto debate em Portugal

Pedro Passos Coelho
Sinceramente, não sei se é preferível acrescentar no Código Civil, ao instituto do casamento, os casais de homossexuais ou acrescentar a herança às uniões de facto.
Sobre a adopção, tenho mais reservas. Não tenho uma posição definitiva. Estou disponível para reflectir com outros.

Pedro Santana Lopes
Não ao casamento do mesmo sexo.
Quanto à matéria de adopção, é aquela em que tenho mais dúvidas; tenho uma posição que não é fechada nessa matéria.

Repare-se neste conjunto e veja-se que apenas um teve a coragem de dizer a sua opinião francamente, não e não.
Manuela Ferreira Leite também disse um não mas é envergonhado é mais um peço desculpa sou candidata.
Os outros que são aliás ilustres parlamentares confessam que não têm qualquer posição.
Decidirão conforme os ventos soprarem ora de Sul ora de Norte.
Sãos os Roubários Benqurença do Parlamento!
(In fado-alexandrino.blogspot.com, May 22)

Comentário: é sabido por quem estudou minimamente a psicanálise que para ter um desenvolvimento pleno a criança necessita de uma figura feminina e de outra masculina. O Complexo de Édipo não é ficção nem uma invenção de Sigmund nos tempos livres entre as sessões de análise. Na inexistência, presencial, de ambos os "papéis" (masculino e feminino) só se pode esperar o desenvolvimento de psicóticos e perversos. Ainda mais?! Sou liminarmente contra a adopção de crianças por casais gays. Quanto ao casamento acho que cada um/uma se deve poder casar com quem quer.


O virtualmente mais odiado

Este (Ferreira de Oliveira, Ceo da Golpe, nota do "editor") é o homem que apenas não é o mais odiado do país, porque vai conseguindo manter-se na sombra na maior parte do tempo.
É quem diz que não sabia do aumento de combustíveis na Quinta-Feira ("erro técnico"...), mas que os aumentou no Sábado seguinte (se fosse verdade demitir-se-ia imediatamente).
É quem pretende fazer-nos crer que o elevado preço dos combustíveis em Portugal resulta só dos impostos, e não da especulação da própria Galp.
É quem nunca diz que a Galp é responsável por 10 a 20 por cento do preço líquido em virtude de ser a monopolista da refinação em Portugal.
Aqui deixo a pergunta: o que queremos que a Galp seja? Uma empresa privada que, dominada por capital estrangeiro, tem tiques autoritários e monopolistas, dominando a refinação e a distribuição?
Ou apenas uma empresa privada de distribuição, com o capital estrangeiro que quiser, separada da refinação (que deve ser puramente pública) em suma, um "player" como outro qualquer? Nuno Santos Silva In blogarcadia.blogspot.com, 25 de Maio, 10:32


PC'S

ANTI-ROUSSEAU Diz:
Maio 26, 2008 at 12:20 pm

A propósito e “estudos e contra estudos” (Portugal tornou-se estupidamente viciado num país de “estudos, análises e diagnósticos” que mais não servem para além da sua inutilidade objectiva e do alter ego dos seus autores), apresento aqui alguns excertos de uma entrevista a Ana Carita, publicada na edição de Abril/Maio do Escola Informação, onde com naturalidade se apresentam alguns pilares ideológicos e evidentes da iniqua condição referente à indisciplina nas escolas.

-Para aqueles que ideologicamente, desde sempre, desdenharam do conceito de família e da sua protecção estrutural:

“…as alterações havidas na estrutura da família, o trabalho da mulher (… ;) são mudanças que, entre outras, para o bem e para o mal alteraram as estruturas do cuidado e da educação e tiveram repercussões no comportamento. Hoje, as crianças (desde muito cedo) e os adolescentes não têm, em regra, o enquadramento próximo que a família há alguns anos proporcionava…”

-Para aqueles que ideologicamente se baseiam ainda hoje nas lunáticas tropelias deturpadas do Maio de 68 e afins:

“…Outra importante alteração que, em minha opinião, condiciona a relação dos adolescentes com a escola, tem que ver com o estatuto que lhes é actualmente atribuído na sociedade e na família (… ;) ora não é imaginável que a sociedade atribua ao jovem um estatuto de tal maneira poderoso e que o jovem, e as próprias crianças, depois, vão para a escola e abdiquem naturalmente desse poder, desse estatuto central que lhes é socialmente atribuído…”

- Para aqueles a quem pomposamente Miguel Esteves Cardoso, eloquentemente, já apelidava nos anos 80, de PCs (Pais Coitados):

“…Aliás, podemos dizer que também em muitas famílias, as crianças e os jovens detêm um estatuto, uma centralidade e, por isso, um poder, que era muito menos frequente no passado…”

Enquanto não se perceber isto, enquanto não acordarmos para a realidade objectiva e pragmática, enquanto teimarmos em enveredar por “estudos e mais estudos” quando a evidencia está mesmo à frente dos nossos olhos, enquanto não deixarmos de ser “traumatizados” ideológicos, de nada servirá manter a prosápia e a pastosa cogitação sobre os problemas. A “bola de neve” em modo continuo continuará a rodar. Venham reformas e e contra reformas. De nada servirá! (nos comentários de educar.wordpress.com)


Aprendizagem divertida e lúdica

Nos últimos anos, o ME tem estado ocupado, maioritariamente, por ideólogos que, saídos das escolas há muito tempo, perderam o contacto com a realidade. Ao mesmo tempo que esses iedólogos perderam o contacto com a realidade, foram enchendo a cabeça de ideias feitas, nunca provadas, jamais confirmadas por estudos empíricos, e que foram fazendo o seu caminho, enchendo as páginas de revistas e jornais, num processo de transmissão do saber profundamente escolástico, caracterizado pela captura do debate público por pequenos grupos que se foram citando uns aos outros.
Essa ideologia pedagógica assenta em várias ideias erradas:
1.A ideia de que existe uma oposição entre ensinar competências e ensinar conteúdos: consideram que a primeira posição é mais válida que a segunda.
2.A ideia de que o único ensino válido é o que "imita a vida", ou seja, que está profundamente ligado à experiência de vida das crianças e dos jovens.
3.A ideia de que as tarefas de repetição, prática e treino supervisionado não têm valor pedagógico e, portanto, devem ser evitadas na escola.
4.A ideia de que as crianças têm sempre razão e de que a culpa pelos seus fracassos cabe sempre aos professores.
5.A ideia de que se pode ensinar tudo através do jogo e sem o apelo ao esforço.
6.A ideia de que a aprendizagem pode e deve ser sempre divertida e lúdica. In ramiromarques.blogspot.com, 26 de Maio, 8:26


Tudo ao molhe e fé em Fátima

No Futebol... e no Fado...

james Diz:
Maio 25, 2008 at 9:58 pm

Vão pôr as crianças de sete e oito anos em escolas com jovens de quinze e dezasseis anos? Será para as criancinhas começarem a fumar uns charros e a enfiar umas pastilhas mais cedo? Vai ser bonito…


quink644 Diz:
Maio 26, 2008 at 10:24 am

Antes de mais permitam-me dizer que concordo com quase tudo o que diz o Paulo, apenas discordo em dois aspectos: 1º se alguns membros do CNE afirmaram que defenderam uma solução que nem era a melhor, então é impossível não duvidar da sua honorabilidade… 2º o último comentário da sinistra, à boa maneira portuguesa, deveria ser: vá lá, tomem lá mais umas notinhas e vão fazer outro estudo que diga aquilo que eu quero…
Quanto às alterações no 1º e 2º ciclo, e apenas falo por experiência indirecta já que tenho dois filhos nesse nível de ensino, à partida não veria com maus olhos a inclusão de mais alguns professores logo no 1ºciclo, o que, aliás, acontece por exemplo no colégio onde os meus filhos andam e eles gostam bastante de terem mais do que um professor. Agora o contrário, isto é esticar os docentes do primeiro até ao 2º ciclo, parece-me tão absurdo que se comentasse seria apenas para dizer que a ideia me parece até ser criminosa.
Para concluir, no que respeita ao Albino Almeida no meu blogue costumo colocá-lo sempre de cabeça para baixo, na esperança que tenha comido alguma coisa com azeite e este, desta forma, lhe consiga lubrificar o cérebro… (nos comentários de educar.wordpress.com)


Ministério das Finanças estuda proposta de lei...

que isenta grandes fortunas!

Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disso? Esta sim, seria uma medida justa, pois as grandes fortunas pagam muitos impostos o que é injusto. Os impostos foram feitos para os pobres, para os pensionistas, para os velhos, os feios e os deficientes, quem os deve pagar são a ralé, gajos com os dentes podres ou desdentados… os ricos, sobretudo os detentores das grandes fortunas não, por vários motivos que podem escapar ao cidadão mais distraído:
Em 1º lugar não vale a pena pois, como eles já fogem aos impostos, é inútil tentar fazê-los pagar, pelo que assim poupa-se dinheiro do erário público a tentar apanhar aqueles que já se sabe que vão fugir.
Depois, em 2º lugar, se as grandes fortunas pagassem os impostos que nós, os pés descalços, pagamos ficavam também pobres, o que iria agravar a pobreza em Portugal e seria péssimo para a nossa imagem no estrangeiro, sobretudo na Europa.
Por 3º lugar, convém não esquecer que se não houver grandes fortunas, não serão precisos os lacaios e inúmeros trabalhadores que são necessários para que se criem as grandes fortunas e, desta forma, teríamos que ir todos para Espanha e deixar o país só para eles.
Em 4º os vendedores de automóveis de luxo, de jóias, aviões, helicópteros e caviar, se as grandes fortunas pagassem impostos, iriam com certeza à falência, isto se ainda não tivessem ido para Espanha.
Finalmente, os cretinos que fizeram este estudo não seriam pagos…
Proposta: um tiro nos (perdão) na cabeça, destes tipos, seria a única resposta à altura. quink644 In porquemedizem.blogspot.com, 26.05 em 11:07


O Centro de Estudos Fiscais analisa...

O Centro de Estudos Fiscais (CEF) do Ministério das Finanças, um dos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), está analisar a proposta de lei patrocinada pelo Ministério da Justiça sobre o fundo fiduciário, cuja existência o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, declarou no Parlamento desconhecer e com a qual estaria em desacordo, por não ser "consistente" com a "prioridade do Governo" de combater a fraude e evasões fiscais.

A lei visa criar um fundo (trust) cujo efeito prático poderá resultar em que grandes fortunas fiquem a salvo de credores privados, bem como do fisco ou Segurança Social.

Uma proposta de articulado completo da lei, com o respectivo pedido de autorização legislativa (a solicitar ao Parlamento), bem como uma nota de exposição de motivos que costuma acompanhar os diplomas que sobem ao Conselho de Ministros terão sido encaminhados para o Ministério das Finanças no final de Fevereiro. Pelo menos assim parece depreender-se da nota manuscrita no projecto, aparentemente do ministro da Justiça, Alberto Costa: "Dadas as importantes implicações fiscais desta iniciativa legislativa, solicita-se com carácter prévio o parecer de V. Excia. o ministro de Estado e das Finanças."

O que se passou a seguir parece revelar uma forte discordância no seio do Governo. Após a sua divulgação pelo Jornal de Negócios, em que Alberto Costa chegou a justificar a iniciativa, o ministro das Finanças declarou em meados de Abril passado, diante dos deputados, que conheceu o projecto pelo jornal, que desconhecia qualquer iniciativa legislativa e que discordava do projecto. A partir daí, os responsáveis do Ministério da Justiça passaram a reiterar que "nenhum projecto de proposta de lei sobre a matéria em causa deu entrada, até ao momento, no circuito legislativo, nem tem data prevista para o efeito". E os do Ministério das Finanças mais nada acrescentaram:

Ora, o PÚBLICO soube que, afinal, o dito diploma se encontra em estudo no Centro de Estudos Fiscais. O CEF é um dos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos na dependência da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais. A sua função, entre outras, é "coordenar os estudos preparatórios de diplomas legislativos sobre matérias fiscais" e "realizar estudos preparatórios de diplomas legislativos sobre matérias fiscais e participar na respectiva redacção".

Questionou-se o gabinete do ministro das Finanças sobre esta aparente contradição. "Reitera-se que não há qualquer iniciativa legislativa sobre esta matéria, tal como já foi dito várias vezes." Mas como é então possível que o ministro diga que desconhece o diploma, quando o projecto está a ser estudado por um organismo do seu ministério? João Ramos de Almeida In economia.publico.clix.pt, 26.05.2008 - 08h56


SOCIEDADE PARA APRECIAÇÃO DO JAZZ

De Salvador (Bahia, Brasil) chega-me um simpático e-mail de Ricardo Silva (um abraço!), dando conta da existência de Sociedade para Apreciação do Jazz, cujo blogue pode ser visitado em: http://www.sojazz.org.br.

Esta associação promove encontros para escutar, assistir e discutir jazz, bossa nova, raridades da MPB e da música internacional aos sábados, por volta das 16h00, no agradável restaurante La Provence - Rua Leonor Calmon, 44, Qd. 02, Lt. 01. Candeal, Salvador - Bahia. Como referem, "o chopp é bem tirado e as contas são individuais" (!)).

Se estiver de férias por essas paragens, dê um salto para conhecer a Sociedade para Apreciação do Jazz!! In improvisosaosul.weblog.com.pt, maio 26

2008/05/25

Ravel - Jeux d'Eau - Martha Argerich
Festival Hola

Hoje domingo, foi o último dia deste festival que nos traz pouco mais de meia dúzia de filmes. Como é irrelevante o que o júri vai decidir, ou já decidiu, passo a dizer da "minha justiça", que também é irrelevante.

Primeiro tenho de constatar a total ausência de preocupações e questionamento das problemáticas económico-sociais nos filmes que nos chegaram do Chile. Chile onde a comunidade Mapuche é totalmente discriminada e onde os governos, mesmo sendo "socialistas", não têm avançado no reconhecimento dos seus mais que legítimos direitos, pois os Mapuches, e outros "povos originários", já lá estavam quando chegaram os colonizadores cujos descendentes continuam a dominar a economia e o poder político, detendo a propriedade quase total das terras produtivas. É grave, tanto mais que um dos dois filmes, Padre Nuestro, de Rodrigo Sepúlveda, é um melodrama de uma família burguesa, sendo basicamente um trabalho mau em todos os aspectos. Já Radio Corazón, de Roberto Artiagoitía, também do Chile, é uma ficção interessante sobre um programa de rádio, muito popular, onde as pessoas falam das suas histórias amorosas...

Tropa de Elite, de José Padilha, abriu, e bem, o festival. Este filme foi amplamente criticado pelos politiqueses, pelos eduqueses e toda essa gente. No entanto, quando ganhou, e bem, o Urso de Ouro no Festival de Berlim, os politiqueses, eduqueses e o resto da seita, calaram-se muito caladinhos. Pois... O público aplaudiu, sentidamente, o filme, talvez numa homenagem aos polícias brasileiros da "tropa de elite" que lutam contra a corrupção na polícia (um dos maiores cancros do Brasil, México, etc...) e contra os exércitos dos traficantes de droga. Um filme sintomático dos tempos que correm e que desvela a máxima que para grandes problemas há sempre grandes soluções. Karl Popper escreveu, e repetidamente re-afirmou, que as "sociedades abertas" têm de utilizar os meios adequados para se defenderem e protegerem daqueles que as querem destruir.

Soñar no cuesta nada, de Rodrigo Triana (Colômbia), é uma divertida comédia, baseada em factos reais que aconteceram durante uma expedição de jovens soldados do exército colombiano para resgatar uns "gringos" que cairam nas mãos das FARC...

Ó Paí Ó, de Monique Gardenberg (Brasil), é um hilariante filme que tem como fundo o carnaval da Baía. Filme onde, sintomaticamente, a alegria carnavalesca coexiste com a tragédia. Que, obviamente, não impede a continuação do carnaval...

O filme, em meu entender, com mais densidade e simultaneamente o mais belo, é XXY, de Lucía Puenzo, da Argentina. Trata o drama de uma jovem de 15 anos hermafrodita. Um drama sereno, temperado pela imensidão e tranquilidade do mar (que não é assim tão tranquilo...) e da natureza uruguaya. Não é a primeira vez que Lucía Puenzo apresenta um trabalho de grande qualidade e beleza, o que faz dela uma mais-valia segura para o cinema argentino e Ibero-Americano. É este, em meu entender, o melhor filme apresentado neste festival. Todos os filmes aqui referidos são de 2007, excepto Padre Nuestro que é de 2006.
All Stars & Rimsky-Korsakov
Ó Assam! Baixa isso, pá!

O Assam é o dono do net-center onde eu vou nos fins-de-semana. De mim, directamente, nem a PT, excluindo o telemóvel porque "tem de ser", até ver, nem as outras servidoras de internet em Portugal, levam sequer um cêntimo. O Assam diligentemente baixa o volume à sua insuportável musiquinha paquistanesa, creio, mas parece-me que fica tudo igual a massacrar-me os ouvidos e a cabeça, até que o Assam, intuindo o meu sofrimento, desliga temporariamente o som. Para mais tarde o voltar a ligar... Não se pode esperar melhor por 5o cêntimos à hora... Mas o Assam, pelo menos, tenta satisfazer a minha necessidade de não ouvir aquelas mixórdias sonoras, nem outras, conciliando-a (e não é fácil) com a sua necessidade de as ouvir. Sem necessidade de mais reclamações lá continuamos a nossa coexistência pacífica. Isto vem a propósito de que só esta semana tive de fazer 3 reclamações devido à falta de educação básica dos empregados portugueses. Uma, enquanto eu começava a escrever a reclamação pelo mau serviço, com a habitual e portuguesa arrogância à mistura, disse textualmente: faça lá a reclamaçãozinha, pague o que comeu, e mais nada! Claro que não paguei a parte da conta referente à reclamação. Como a referente ao resto ia, evidentemente, pagar aqui fica um exemplo da inútil estupidez e burrice dos, pelo menos de muitos, portugueses. As outras duas reclamações (obviamente que não servirão para nada pois os portugueses continuam cada vez mais iguais a eles próprios graças ao seu eficiente sistema de ensino que os educa para serem umas bestas) foram de uma assentada. O sujeito é, creio, aluno do ensino superior em artes, portanto um "tal especial" à portuguesa. Estava eu a fazer uma reclamação por determinado motivo e o sujeito a passar brutalmente atrás de mim, empurrando-me dada a exiguidade do espaço. Peça licença antes de passar para eu me desviar, disse-lhe. Estamos mesmo bem, exclamou, olhando-me fixa e ameaçadoramente. Faça outra reclamação, sugere, olhando-me ainda mais fixamente. Já que lê tanto precisa também de treinar a escrita, acrescenta. E assim foi. Treinei a escrita.


Ideias de Grilo

Fez sentido o tempo da guerra (na educação)?

Quando se tem uma grande vontade de atingir um determinado objectivo, tem de se ser muito determinado e mobilizar os meios necessários para atingir o objectivo. É como numa operação militar.

Portanto, estamos a falar da avaliação dos professores.
Isto não se aplica só à educação, é para quando se tem uma política pública para atingir um determinado objectivo. Quando esse objectivo leva a que se criem condições tão negativas, o objectivo passa a ser secundário em relação a ter o sistema a funcionar minimamente. Se queremos reformas na área da saúde ou educação, não podemos separar-nos completamente dos protagonistas que estão no terreno, porque são eles que vão dar corpo ao que se pretende fazer.

Temos um conjunto de professores que fazem todos os dias o milagre de fazer funcionar muito bem as escolas públicas e privadas. Para que esses professores mantenham a sua capacidade e empenho no que fazem têm que ter estabilidade.

Um estudo feito há uns anos sobre o stress dos professores mostrou que um dos factores é a contínua mudança de regras, obrigando a uma sobrecarga de preenchimento de papéis. A certa altura, têm dificuldade em acomodar essas mudanças e as escolas têm de ser verdadeiras organizações. Há ainda um número significativo de escolas sem liderança, equipa formada, objectivos definidos e meios mobilizados. As escolas vão ter de ser autónomas, por definição. In educar.wordpress.com, 2008/05/25 (a entrevista de Marçal Grilo ao Público)

Autónomas por definição significa serem livres de contratar os amigos para professores? Se significa isso, eu digo: as escolas portuguesas nunca serão autónomas. Por definição.

Quanto ao resto, Marçal Grilo devia era ter-se preocupado com o Ballet Gulbenkian (única instituição portuguesa que foi conhecida e prestigiada mundialmente), destruído pela sua colega do Conselho de Administração da FCG que tutela o serviço de música, com o acordo do CA, portanto com o seu acordo - de Marçal Grilo - que não votou contra essa decisão. Já agora, e porque acabaram com o BG supostamente pelo dinheiro (os lucros do petróleo vão todos para os honorários da senhora e dos senhores do CA, mais os concertos com que se presenteiam?), ainda dão aqueles milhõezitos de sponsoring à ENO (English National Opera)?


Não existe? Não existe mesmo...

O senhor vive em França. Vieira da Silva também aí viveu e acabou francesa. José Saramago vive em Lanzarote. Estas opções têm algum significado colectivo ou são apenas produto de circunstâncias pessoais?

No meu caso, verdadeiramente, é um acaso.
...
O senhor é um estudioso de Portugal e da portugalidade, mas gostávamos de aproveitar para lhe colocar algumas questões sobre a actualidade portuguesa. Por exemplo, confrontou-se há pouco tempo com a aprovação, na Assembleia da República, do Acordo Ortográfico. Como é que vê este novo português que aí vem?

Não me interesso muito por esse género de questões, não tenho a competência mínima...

É irrelevante para si esta questão?

Irrelevante não será, mas não tenho os elementos para poder julgar de uma maneira muito séria essa questão. Apesar de tudo, assinei, realmente, com outras pessoas, o manifesto contra [o Acordo Ortográfico]. O que eu penso é que não é necessário esse acordo. A prática linguística brasileira far-se-á segundo os termos em que está a ser feita e a nossa também continuará a fazer-se. Talvez só para documentos oficiais.
...
O jogo político deixou de ter qualquer componente, digamos, de um dinamismo suficiente para que nós nos interessemos por este tipo de luta. A paisagem neste capítulo é muito desertificada, [tal] como se vive em regime único. A superioridade política, neste momento, do PS, é tal que… Pode ser também uma aparência. Mas PSD e PS não são opositores, numa oposição agressiva e dinâmica, como foi em tempos. São duas alternativas à mesma coisa. Isso arrasta uma dramatização menor da cena nacional e quem está lá fora, realmente, não se pode interessar por uma espécie de drama que não existe. Eduardo Lourenço (entrevista ao DN)

Comentário: o Sequeira Costa e o António Damásio vivem nos EUA, a Maria João Pires, depois do delírio português, pisgou-se para o Brasil, o Artur Pizarro vive em UK, e por aí fora...


Para compreender o que está a acontecer

Após três décadas de democracia, estamos a assistir a uma reconfiguração do poder político. Essa reconfiguração assenta em dois pilares: o actual PS e a ala cavaquista do PSD. Incapazes de segurarem este arremedo de estado social, essas duas facções do poder tecnoburocrático uniram-se para procederem à maior transferência de riqueza de que há memória nas últimas três décadas. Essa transferência de riqueza é absolutamente crucial para a manutenção dos privilégios dos oligarcas. Os professores, por serem 140000 e por estarem sistematicamente divididos enquanto grupo profissional, foram os escolhidos para a realização desse processo de transferência de riqueza. Dentro de meia dúzia de anos, dois terços dos professores não passarão do meio da carreira e estarão condenados a trabalharem até aos 65 anos (ou mais) com um salário inferior ao de um sargento. Para que essa transferência de riqueza se realize sem sobressaltos para os oligarcas, é necessário que o poder político limite ou anule a liberdade de expressão nos espaços e organismos públicos. A escola pública tem sido um espaço de eleição para o exercício das liberdades. Com ameaças de processos disciplinares, exacerbação dos conflitos entre professores titulares e não titulares e uma política oficiosa de guardar segredo sobre tudo o que se passa nas escolas, o poder político foi criando as condições ideológicas e repressivas para que essa transferência de riqueza se continue a fazer de forma doce. O objectivo é fazer parecer essa transferência como natural, de modo a que as próprias vítimas do processo de pauperização e proletarização a aceitem como inevitável.
Se lerem A Política de Aristóteles, está lá tudo o que é preciso saber sobre o processo de perversão da democracia e a sua tranformação em oligarquia. Em Portugal, esse processo está em marcha. Ramiro Marques em ProfAvaliação (recebido em e-mail)


Grande Golpe!

Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004.

Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...

O filho de Miguel Horta e Costa recém licenciado, entrou para lá com 28 anos e a receber, desde logo 6600 euros mensais.

Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado.

Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de imobiliário (?) 8.000 euros/mês.

A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída), pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.

Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.

Um cargo não executivo (?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças.

Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros...

Outros exemplos avulso:

Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 euros por mês.

A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...

Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500.

Com os novos aumentos Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 euros mensais.

É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo.

Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo.
...
Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros! (recebido por e-mail)

2008/05/24















In suckandsmile.wordpress.com

2008/05/23

Telhados rotos

Os pobres estão cada vez mais pobres

Telhados que deixam entrar água, paredes com humidade ou soalhos apodrecidos são problemas comuns a muitos europeus. Mas, entre os que apresentam mais queixas quando em causa estão as condições de habitabilidade, encontram-se mais uma vez os portugueses, gregos e italianos, com valores entre os 21% e os 23%. (Destak, 23 Maio, pag 5)

Se o Sousa pudesse calar esses estúpidos dos queixosos que amandam o nosso adorável e adorado país abaixo... Numa vertente mais "lúdica", temos as queixinhas contra os professores promovidas e dinamizadas pelo site da inspecção para o ensino básico e secundário. Vai ser lindo vai... quando as instituições europeias, e mundiais, seguindo o exemplo da ministra da educação portuguesa, criarem sites do género... Aí é que vai ser ela...


Quem disse que não há $$$?

De acordo com uma portaria do Governo publicada hoje em Diário da República, citada pela Lusa, o Estado deverá pagar este ano à RTP 117,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 7% face a 2007, devido às novas regras de contabilidade que levam a empresa a pagar menos impostos.

Para 2009, a referida portaria prevê o pagamento de mais de 119 milhões de euros, valor esse que vai aumentar para 121 milhões em 2010 e para 122,8 milhões em 2011, encargos a suportar através do Orçamento de Estado. A estes montantes acresce ainda a taxa de IVA.

No ano passado, a RTP recebeu no total 314,9 milhões de euros, no total das três fontes de financiamento: a indemnização compensatória paga pelo Estado, a receita com a contribuição para o audiovisual paga pelos portugueses na factura da luz e a publicidade.

Em 2007, o valor pago pelo Estado foi de 126 milhões de euros, enquanto a contribuição para o audiovisual trouxe um proveito de 114 milhões de euros, mais 14% do que no ano anterior, uma vez que esta taxa passou a ser cobrada também às empresas. Cristina Barreto in diarioeconomico.sapo.pt, 2008-05-23, 12:42

Pagar à RTP, essa vergonha de televisão do Estado...


Boicote à Golpe começa hoje

Parece que se arrisca a perder 13 milhões de euros por dia. Uma boa maquia...


Os bonzos amedrontaram-se...

Washington, 22 Mai (Lusa) - A Junta Militar da Birmânia autorizou, pela primeira vez, a entrada no país de um especialista em ajuda humanitária do Governo norte-americano, informou hoje o Departamento de Estado em Washington.
...
"Mas, gostaria de sublinhar, que a única razão para que tenha recebido autorização dos birmaneses é que esta vista seja feita sob controlo do Governo", frisou Tom Casey. NL. Lusa, 22 de Maio de 2008, 22:01

Isto não é nada! Há que forçar a entrada da ajuda humanitária em massa e posteriormente julgarem-se os bonzos da Junta Militar por crimes contra a humanidade, restaurando-se a democracia que teve uma vencedora nas eleições que os bonzos anularam. Entretanto já se confirmaram as mortes de mais de 70.000 pessoas. Dezenas de milhar continuam desaparecid@s.


Já tá. Simplex!

Prova do 6º ano era mais simples que a do 4º, defende especialista (vice-presidente da Associação de Professores de Português).

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) também está preocupada com o "número exagerado de questões demasiado elementares". "Mesmo assim os resultados têm sido maus. Imagina-se que poderiam ser bastante piores, se os enunciados fossem mais exigentes", lê-se num parecer da SPM.

... teste (de Português) que começa com um anúncio de venda de um cão e pergunta aos alunos: "Qual é a intenção de quem colocou o anúncio?" in Metro, 23 Maio, pag 3

Eis é o modelo Simplex, o autêntico, para o sucesso educativo.


Portugal é o campeão da UE em desigualdade

Governo diz que os números (do relatório social da Europa) são de 2004. E então? Verificaram-se entretanto melhorias substanciais? O Governo bem falante de Sousa & Cª deve dizer que sim, que houveram, por isso vamos aos números, que Sousa (& Cª) tanto gosta(m) de esgrimir: "5% dos portugueses também não têm condições para incluir carne ou peixe numa refeição dia sim, dia não." "Vive com cinco euros (por dia), tal como 2% da população portuguesa, denuncia o relatório social na Europa, ontem divulgado em Bruxelas." (fonte: Global, 23 Maio, pag 6)

É evidente que este é um cancro que vem de longe, do tempo do Sr. Silva, reformado de luxo e Presidente de Portugal, mas o Sousa, ex-JSD e supostamente socialista, tem contribuído para aumentar as desigualdades sociais, num país cada vez mais terceiro-mundista.


O que faz Portugal grande

Os novos concursos para concessões rodoviárias que têm vindo a ser lançados pela Estradas de Portugal (EP) não estão a passar pelo crivo da Inspecção-Geral de Finanças (IGF).

A situação resulta, segundo fonte oficial do Ministério das Finanças, de o Governo ter entendido que "não deveria aquela inspecção participar directamente na fase de contratação, de forma a garantir a autonomia das estritas funções de fiscalização financeira da Inspecção". Luísa Pinto in economia.publico.clix.pt, 23.05.2008 - 08h38


Mialgia de Esforço Diz:
23 Maio, 2008 às 11:10 am

Notícias que fazem este país grande

Subconcessões da Estradas de Portugal sem controlo da IGF.


balde-de-cal Diz:
23 Maio, 2008 às 11:11 am

apesar de todas as desgraças
“one person show” ou “solo show” de zé chavez
continua com a tragicomédia
“great portuguese disaster”
ou socialismo da miséria
(nos comentários do blasfemias.net)


Está lixado

No caso dos preços dos cereais, por exemplo, o mercado está a funcionar e os sinais que ele envia podem efectivamente ser bem interpretados pelos agentes. O preço do trigo sobe? Qualquer (simplificando) agricultor pode arrancar a sua vinha e passar a produzir trigo, e o tempo que medeia entre o sinal do mercado (preços altos) e essa decisão é curto. Os próprios consumidores podem passar a comer pão de milho (p. ex.), e o tempo que medeia entre o sinal do mercado (preços altos) e essa decisão é curto. Os trangénicos podem passar a ser permitidos e introduzidos nas plantações num tempo relativamente curto.

No caso do petróleo estes mecanismos não funcionam. Perante os sinais que o mercado dá (preços altos) que podemos fazer a curto/médio prazo? Nada (ou quase nada). A capacidade de produção está concentrada em poucos países (que só ganham em não a aumentar) e a entrada de novos países na produção de petróleo é quase impossível. O desenvolvimento de fontes de energia alternativas foi sempre muito contestado por que o mercado dava sinais (preço baixo do petróleo) de que isso não era compensador (ainda hoje JM pensa assim). Mesmo que agora já passe a ser compensador, serão necessário anos/décadas até que possam ser desenvolvidas.

Diminuir o consumo (de forma significativa) é muito difícil. O parque industrial instalado depende de petróleo, os transportes idem (basta ver que ainda hoje continuamos a investir em auto-estradas e o TGV é ridicularizado), as casas são muito ineficientes no capítulo energético, para transportar um adulto com 80Kg ainda utilizamos SUV de várias toneladas, …

Conclusão. O ocidente limitou-se a interpretar os sinais de curto prazo do mercado do petróleo, abdicou de qualquer reflexão estratégica de médio/longo prazo em nome da sua fé no mercado, e agora está “lixado”. Nada que abale a fé ilimitada de JM (e outros) no mercado. António Carlos, 23 Maio às 4:02 pm in blasfemias.net


Mulher... e grávida!

Anda muita gente preocupada com o facto de a ministra da defesa espanhola ser mulher e estar grávida. Pois acho uma escolha felicíssima e equilibrada: criar vidas enquanto se manda em quem as tira. Maio 21, marsalgado.blogspot.com

Ora aqui está uma boa resposta a ess@s palermas que perdem o seu preconceituoso e estúpido tempo hipocritamente preocupad@s com o que se passa ali ao lado enquanto aqui, na terrinha, as coisas parecem ir de mal a pior. Graças também a el@s, claro!


ODI ET AMO (LXXXVII)

50.151 ou 50.551? A indecisa distracção diante do número de mortos do terramoto no Império do Meio quase fecha a discussão. Mais quatrocentos menos trezentos, mais crianças menos mulheres. É igual.

Hannah Arendt, uma mulher extraordinária, descrevia a sociedade como uma reunião espírita em que de repente desaparece a mesa em torno da qual as pessoas se reuniam: continuamos lá mas já nada temos em comum. idem, Maio 23

2008/05/22

O meu primeiro concerto rock

Era um miúdo de 14 ou 15 anos mas fazia parte da Comissão Executiva de um movimento de jovens revolucionários. Vinha todos os fins de semana a Lisboa para as reuniões da "executiva". Um desses fins de semana apressamos os trabalhos para irmos a um "grande concerto" de uns tipos que eu nunca tinha ouvido falar*. Foi num pavilhão em Cascais, se não estou em erro. Para mim, que tinha estudado piano "clássico", era tudo meio exótico mas lá fui (na verdade, naquela época, há muito que tinha abandonado o piano por ser uma actividade da "burguesia" e eu era um proletário, espécie de escravo na construção civil para onde fui com o intuíto de me "proletarizar". Para um proletário, autêntico como eu era - apesar do "proletário genuíno" que dirigia o Comité Regional do "partido", CR ao qual infelizmente também pertencia por "ter de ser", me chamar "pequeno-burguês" - um concerto rock era algo fora do "programa"...). Não me concentrei muito porque ao meu lado estava uma linda menina loura de olhos verdes, ou azuis ou azul-esverdeados, que não me deu sossego. Na altura eu era lindo. Mas era um "anjolas"... Não se passou nada. Perdi a "miúda" e perdi o concerto. * de nome The Clash


Galp muda de ideias e não aumenta preços de combustíveis

A Galp decidiu não aumentar os preços dos combustíveis a partir das 00:00 desta quinta-feira, contrariando o que anteriormente estava previsto, noticia a SIC, citando uma fonte da administração da empresa.
A estação de televisão refere que os aumentos chegaram a ser comunicados ontem aos revendedores por via de e- mail ou SMS e cifravam-se em três cêntimos no gasóleo, dois cêntimos na gasolina sem chumbo 95 e cinco cêntimos no gasóleo agrícola.

Este teria sido o 18º aumento dos preços por parte da Galp desde o início do ano. Também este ano, a empresa apenas reduziu os preços por três ocasiões. in diariodigital.sapo.pt, 22-05-2008 12:06:13

Lindos meninos estes do Golpe, perdão, da Galpe, digo Galp...


Espiral do subdesenvolvimento social

É a espiral do subdesenvolvimento social, com a benção da governação socialista e os seus anexos: os professores devem ficar mais tempo nas Escolas para poderem tratar de todos os assuntos relacionados com as proles alheias. Só que, acontecendo isso, a suas proles próprias também precisam de quem os acolha. E quem desempenha essa função, sejam educadoras ou outros professores, também precisam do mesmo.

Como uma cebola que tem sempre mais uma casca.

Se os pais professores são obrigados a ficar 9-10 horas nas suas escolas, a criançada precisa de ficar 10-11 nos seus infantários, creches e escolas. E por aí adiante.

Há quem diga que a vida é mesmo assim.

Pode ser, mas não é grande vida… in educar.wordpress.com, Maio 20


Ideias do secretário Almeida

Vejamos pois as ideias fundamentais do Presidente da Confap/Secretário de Estado da Educação Almeida para salvar a Educação Nacional, nomeadamente o nicho de mercado das ESE«s:

A Confap já «há muito» que dizia isto tudo e se mais houvesse no estudo mais teria dito antecipadamente.

A Escola deve basear-se fundamentalmente no Ler/Escrever/Contar do antigamente, mais umas Expressões. Nada de coisas esquisitas como geografias ou histórias. Não deve existir um só professor na sala de aula, mas três ao mesmo tempo. Cada um a dar a sua matéria. Giro. Fazem isso nos infantários. Agora parece que será até aos 12 anos.

Nas ESE’s já se formam professores de Português/Inglês por isso não há problema para o primeiro ciclo de escolaridade de seis anos. Coloca-se lá um professor a ensinar as Letras, e até o Inglês, outro a ensinar os números e mais um para as expressões. Não sei que outros professores formarão as ESE’s mas acho que se esgotaram os de Português/História, os de Português/Francês e não se percebe se existe um curso sub-generalista de Expressões Ao Molho.

A seguir deve arrumar-se o 3º Ciclo por «áreas» juntando, por exemplo, História, Geografia e Ciências numa única «área». O Presidente/Secretário de Estado Almeida aproveitou para exemplificar que, ao contrário da «jovem» jornalista, no tempo dele era assim. Como em ocasiões anteriores ouvi esta mesma picareta falante zurzir na escola do antigamente e ter ataques de anti-fascismo, não percebo se ele quer voltar à escola desse tempo se apenas não se lembra do que era o currículo nessa altura. Em nenhum momento o equivalente ao 3º ciclo agrupou tais disciplinas. O mais parecido com isso era a disciplina de Homem e Ambiente no recorrente nocturno do 2º CEB. Mas penso que o senhor Almeida se baralhou um pouco com a velocidade a que costuma falar. Os detalhes e o rigor escapam-se-lhe.

No Secundário já se trabalha com meias-turmas e isso pode estender-se a outros níveis de ensino. Por acaso já existem no 3º CEB, mas parece que ele desconhece. Acontece. Só não percebo como, se a ideia é dividir em meias turmas, não se opta por fazer turmas mais pequenas desde o início que depois rodam pelas tais «áreas».

A medida não é economicista pois a proposta vem do estudo do CNE. Daqui se depreende que as medidas são economicistas conforme os proponentes. Quando é o CNE não se aplica o «economicismo». Pelos vistos só quando é o Governo. Mas como o senhor Almeida, Presidente e Secretário de Estado, espera «decisões políticas» rápidas, ficamos sem perceber se essas decisões já poderão ser economicistas, visto que não são do CNE. Do CNE são as propostas e o estudo. Que não são economicistas.

E assim foi, na falta de agenda do SE Lemos e perante o previsível tédio do SE Pedreira para tratar destes assuntos, avançou o SE Almeida, sempre disposto a dar a cara pela sua política, pela sua ministra, pelo seu ministério, pelo seu governo e pela sua pátria querida, que graças a ele ficará funcionalmente quase tão analfabeta quanto… idem