Emilio Pomàrico regressou à direcção da OSP para dirigir In-schrift para orquestra de Wolfgang Rihm, a segunda obra do compositor apresentada em estreia em Portugal.
Rihm além de ser um criador fértil (já escreveu mail de 600 obras!!!) é um dos mais interessantes da actualidade. Esta obra particularmente é não só fabulosa do ponto de vista orquestral como é uma obra com grande impacto emocional (como aliás a generalidade das criações do compositor). Pessoas do público confessaram a comoção que experimentaram face à "revelação" (era a primeira vez que ouviam algo de Rhim).
A OSP esteve muito bem e a direcção de Pomàrico, como habitualmente, foi precisa e clara mas sobretudo revelou a enorme consistência do seu trabalho "à-priorístico" de análise da partitura.
Os músicos estavam felizes pelo trabalho que fizeram e da colaboração com o argentino/italiano (podemos constatar a relação de cordialidade respeito e amizade entre estes e o maestro) e o director contente com os músicos desta orquestra. Pomàrico é um nome que me parece muitíssimo interessante para futuro maestro titular desta sinfónica. Emilio Pomàrico com o qual tivemos a conversa acima publicada.
Quanto à interpretação da 7ª de Bruckner ficou claro que este género de repertório não pode ser trabalhado em quatro ensaios. Ficou também claro que exige muito mais trabalho por parte de toda a orquestra, nomeadamente dos naipes de cordas. Não tendo sido uma má interpretação não podemos colocá-la como um patamar que foi atingido porque de facto esperamos muito mais da OSP. Ast