Dirigido por Peter Dijkstra o Radiokören apresentou algumas obras contemporâneas e do século passado, assim como "Warum ist das Licht..." de Brahms.
Entre as obras do século vinte foi apresentado o célebre "Agnus Dei" de Samuel Barber, que teve uma leitura excelente e cativante. Brahms não esteve mal mas as expectivas iam para as obras mais contemporâneas como Canticum Calamitatis Maritimae de Jaakko Mäntyjärvi. Uma obra interessante, densa e, justamente, muito apludida que foi escrita em memória das vítimas que morreram do desastre de ferry que aconteceu na Estónia em 1994.
Andliga Övnigar, de Carl Unander-Scarin, foi outra das obras que criou expectativas e que se revelou igualmente de grande interesse e musicalidade e que teve uma leitura fabulosa por este grupo coral tutelado por Dijkstra.
Songs of Ariel, de Frank Martin, foi outro conjunto de momentos interessantes e muito bem interpretados, de um concerto que terminou com ur Vigilia de Einojuhani Rautavaara, uma obra que nem surpreendeu nem fugiu ao habitual estilo do compositor.
Temos de reconhecer que este grupo coral possui elevada qualidade que se revela no controle perfeito das dinâmicas e respectivas nuances, da sonoridade e expressividade. Vê-se que são um grupo de artistas coeso, com excelente nível técnico e que adora o trabalho que faz. O repertório foi inteligentemente escolhido, fugindo aos padrões aborrecidos do repertório coral. Também por isso merecem um grande bravo. AST