2009/03/10

Ver o Sol aos quadradinhos

Mario soares diz que (*) devem ser todos presos mas é testemunha de jardim gonçalves.Vá lá a gente perceber esta gente

(*) os corruptos


Simplesmente aos quadradinhos

Neste momento, começa a ser difícil descrever o caso BPN só em palavras – temos de recorrer à graça peculiar que a banda desenhada sugere. Alguns dos nomes dos protagonistas parecem fadados para histórias aos quadradinhos. Leio que alguém, sintomaticamente chamado ‘Caprichoso’, recusa falar na comissão de inquérito. Outro, designado por ‘Comprido’, revelou ter a memória em estado directamente oposto àquele com que foi baptizado e limitou-se a dizer “não me recordo”, “não tenho presente”. Há notícia de que um tal ‘Fantasia’ comprou os terrenos do futuro aeroporto de Alcochete pouco antes de a Ota ser abandonada.

Seria bom que surgisse um António ‘Indiscreto’ ou um Jorge ‘Linguareiro’ para ver se a história era deslindada de uma vez.


Estranha ideia de vida

O Vaticano condenou a interrupção da gravidez de gémeos de uma menina brasileira de 9 anos, justificada pelos médicos por aquela ser muito miúda de corpo (36 kg) e ter sido violada pelo padrasto. A gravidez, para além de resultar de um crime abjecto, colocava a vida da menina em sério risco.

Agora o Vaticano voltou a protestar. Desta vez, contra os apoios que Obama decidiu dar à investigação com células estaminais embrionárias. Segundo especialistas, estes estudos poderão conduzir à descoberta de cura para doenças hoje fatais.

O Vaticano jura que está a defender a vida. Na minha balança de valores, deixar morrer aquela menina e os muitos milhões que sofrem de diabetes e de Parkinson é esvaziar o próprio conceito de vida. E isso é um crime ainda mais grave.


Fim de ciclo

O sistema de gestão que permitiu aos presidentes das empresas ganhar 400 vezes os ordenados médios dos empregados - há duas décadas era 40 vezes mais - minou qualquer possibilidade de cortes fiscais para as classes mais abastadas. Remunerações indexadas aos ganhos trimestrais em vez de indexadas ao crescimento de longo prazo, combinadas com pára-quedas dourados... minou a produtividade.

Pontes para lado nenhum não correspondem à recuperação económica. Têm de existir pontes para ligar actividades económicas entre dois pontos para que o crescimento líquido seja fomentado no longo prazo. Paul Samuelson (Visão - 5 de Março).


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