Que credibilidade pode ter uma Europa cujo organismo destinado a "aumentar a eficácia das autoridades competentes nos Estados-membros na investigação e acção judicial nos casos mais sérios de crime organizado" é presidido por um suspeito de pressionar dois magistrados portugueses no sentido de arquivarem um crime, personagem essa igualmente suspeita de ter praticado actos semelhantes no passado (ainda que nada ficasse provado, claro...)?
"O Eurojust escusou-se hoje a comentar a abertura de um processo disciplinar ao seu presidente, José Luís Lopes da Mota, para averiguar alegadas pressões a dois procuradores responsáveis pelo "caso Freeport".
"Não queremos comentar esse caso. É um caso nacional e não temos nada a dizer enquanto não houver uma decisão oficial" do governo português, disse o porta-voz do Eurojust, Joannes Thuy, à agência Lusa.
O procurador-geral da República (PGR) determinou terça-feira a abertura de um processo disciplinar ao presidente do Eurojust sobre as alegadas pressões feitas aos dois procuradores responsáveis pelo "caso Freeport".
José Luís Lopes da Mota é o representante de Portugal no Eurojust e escolhido pelos seus pares para presidir à instituição.
O Eurojust é uma instituição da União Europeia criada em 2002 para aumentar a eficácia das autoridades competentes nos Estados-membros na investigação e acção judicial nos casos mais sérios de crime organizado onde estejam envolvidos dois ou mais países." in dn.sapo.pt, 13 de Maio
* existe a teoria, derivada das teses de Max Weber, que proclama que o Sul, tradicionalmente pobre e corrupto, acabou por corromper todo o "sistema" europeu... Parece que a Noruega esteve bem ao recusar integrar-se na UE. No entanto deve dizer-se que a Espanha fez enormes progressos e, contrariamente a Portugal, Itália, Grécia, Roménia, Bulgária e a generalidade dos paises de "leste", tornou-se aparentemente num Estado mais justo e socialmente equilibrado.
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