Uma importante activista russa foi hoje encontrada morta com dois tiros na cabeça. Natalia Estemirova tinha sido raptada quando saía da sua casa na Tchetchénia na quarta-feira de manhã, o seu corpo foi encontrado nove horas depois na Ingushétia.
Natalia Estemirova era uma colaboradora próxima da jornalista Anna Politkovskaia, assassinada em 2006, e recebeu o primeiro prémio com o nome da jornalista no ano seguinte (assim como distinções do Parlamento Europeu e do Parlamento sueco).
A organização Memorial, uma das mais conhecidas organizações de defesa de direitos russos e para quem trabalhava Estemirova, apontou o dedo a “serviços de segurança do Governo de algum tipo”. A activista estava a investigar centenas de casos de alegados raptos, tortura e assassínios extra-judiciais por tropas russas ou forças para-militares na Tchetchénia. O correspondente da BBC diz que seriam as milícias apoiadas pelo Governo de Moscovo que mais teriam a temer pelo trabalho de Estemirova. Ela já tinha sido avisada várias vezes do desagrado das autoridades da Tchetchénia pela sua actividade. 15.07.2009 - 19h26 PÚBLICO
* mais uma...
Boicote à Nokia
A Nokia está a ser alvo de um boicote aos seus telemóveis no Irão, onde muitos habitantes do país acusam a fabricante finlandesa de colaboracionismo com o regime.
O caso remonta ao período pós-eleitoral quando as manifestações contra os resultados do escrutínio levaram milhares de pessoas para as ruas.
Na altura a Internet e os telemóveis tornaram-se uma arma dos manifestantes, que utilizaram as novas tecnologias para mostrar ao mundo o que se passava no país.
Para combater esta prática, o regime de Teerão utilizou um sistema de monitorização e vigilância de telecomunicações desenvolvido pela Nokia Siemens Networks, o que levou a população a acusar a empresa de colaboracionismo.
Como resposta os iranianos lançaram um boicote aos telemóveis da Nokia, que segundo avança o El Mundo, viram cair a procura para metade desde o início dos protestos.
Citado pelo diário espanhol um vendedor de telemóveis de Teerão explicou que «a primeira opção para os iranianos eram os telemóveis Nokia, porque são os que têm uma maior cobertura no país».
Além do boicote por parte dos consumidores, também muitas lojas deixaram de colocar os aparelhos da fabricante nas suas montras.
De acordo com a Nokia a tecnologia disponibilizada ao Governo iraniano também foi vendida a outros países, algo que é refutado pelos críticos do regime, que dizem que as funções de monitorização apenas foram introduzidas no sistema do Irão. in sol.pt, 15 Julho
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