Gravadas ao vivo durante os proms de 2004, a série BBC-Proms, editada pela Warner-Classics, trouxe-nos, num disco de 2005, três obras que revelam a interessante heterogeneidade da criação recente, com alguns dos exemplos mais conseguidos.
Começando pela última, Orion, uma criação de 2002 da compositora Kaija Saariaho que é uma "incontornável" da criação artística do nosso século, obra interpretada por Jukka-Pekka Saraste à frente da BBC Symphony Orchestra, há que dizer tratar-se de uma criação de suma inteligência e grande sensibilidade. Baseada em motivos que se repetem enquanto grandes linhas progridem noutras tessituras, trata-se de um trabalho paradigmático dentro do estilo e linguagem da compositora.
The Immortal, criação de 2004, de Zhou Long, é uma bela obra onde se re-trabalham, de forma inovadora e inspirada, motivos da música tradicional chinesa que são o esqueleto em que assenta esta composição musical. A interpretação, fabulosa, é de Leonard Slatkin à frente da mesma orquestra.
Finalmente o Concerto para Clarinete e Orquestra de John Corigliano, é uma obra de 1997, dotada de uma escrita que surpreende, pela positiva, face a outros trabalhos do mesmo compositor. Com uma virtuosística interpretação no clarinete, por Michael Collins, com o mesmo Slatkin à frente da mesma orquestra, temos neste disco um registo que nos permite o acesso a uma grande interpretação de uma obra bem conseguida e de grande interesse musical. O custo do cd deverá ser cerca de oito euros. AST
COGLIONES
Nunca imaginaria que metade dos italianos encaixavam na categoria que o berlusco lhes inventou. Mas assim é. Metade dos italianos gostam da imagem do homem rico, que manipula as leis a seu bel-prazer, que manda nas televisões... Mas metade dos italianos não esperava que o homem rico, o seu herói, aquele que os inspira, pudesse tropeçar nas leis que criou à medida, como os fatos que veste e os sapatos que calça.
Agora à "esquerda" (em Itália tudo o que não seja fascista ou pró-fascista é esquerda...) só lhe resta tentar governar mais um país na Europa que parece totalmente à deriva. Se isso é uma missão possível... Activar a justiça neutralizada por berlusco, pôr fim ao monopólio ultra-terceiro-mundista dos "media" (no chamado terceiro-mundo, agora em vias de desenvolvimento, não existe nada parecido ao que acontece em Itália, excepto nos estados em que toda a economia é estatal e o poder está concentrado nas mãos de um "líder") e, finalmente, congratular-se por, no mesmo dia em que "virou uma página", ter sido preso mais um crápula mafioso que andava a "monte" há dezenas de anos. Quem disse que não há coincidências? AST
Da Esperteza
A etiqueta Brilliant Classics há muito que re-editou Cosi fan tutte de W. A. Mozart, um estojo de 3 cd's, por nove euros. Mais de dez em Portugal... Sigiswald Kuijken dirige La Petit Bande com respectivos côros. Os solistas são Soile Isokoski (Soprano), Monica Groop (Soprano), Nancy Argenta (Soprano), Per Vollestad (Baritone), Hubert Claessens (Baritone) e Markus Schafer (Tenor). Nestes dias um diário português "ofereceu" aos seu leitores este produto incluindo nele publicidade ao banco que patrocina a iniciativa. Produto que venderam a um preço mais elevado (3x3,99 euros) e em embalagens separadas, o que constitui um inconveniente pois trata-se da mesma obra. Se isto não é esperteza saloia...
La ambigua reacción del Papa hacia la película es bien conocida: inmediatamente después de verla, profundamente conmovido, murmuró "¡es así como eso fue!" - y rápidamente esta declaración fue retractada por los portavoces oficiales del Vaticano. Una visión fugaz en la reacción espontánea del Papa se reemplazó así rápidamente por la posición neutra "oficial", corregida para no herir a nadie. Este cambio es la mejor ejemplificación de lo que está equivocado con la tolerancia liberal; con lo Políticamente Correcto se teme que cualquier especificación pueda herir la sensibilidad religiosa... Slavoj Žižek in http://psicanalises.blogspot.com (March 22, 2006)
PRODI: HOJE VOLTAMOS UMA PÁGINA
ROMA (AP) - Romano Prodi se declaró ganador el martes de las elecciones parlamentarias y prometió formar un gobierno "fuerte", aunque el escrutinio no había terminado y el primer ministro Silvio Berlusconi se negó a concederle el triunfo.
Aunque el Ministerio del Interior aún no había declarado un ganador, los resultados casi completos indicaban que la coalición de Prodi había ganado una mayoría en el Senado, lo cual le daría la victoria en ambas cámaras del parlamento. Aún estaban por escrutarse los votos emitidos en el exterior, que deciden seis bancas, aunque los resultados preliminares indicaban que la alianza de Prodi se había llevado cuatro de ellas.
Prodi, el opositor de centroizquierda, dijo en conferencia de prensa que su gobierno sería "política y técnicamente" fuerte a pesar del margen aparentemente pequeño de su victoria. El ex comisario europeo dijo que el centro de su política de gobierno sería Europa.
"Este es un resultado profundamente europeo, y como he dicho, Europa será el centro de la política de mi gobierno", dijo Prodi, al tiempo que prometió "relaciones constructivas con Estados Unidos".
La coalición de centroizquierda dijo que había ganado cuatro de las seis bancas aún en disputa en el Senado, un resultado que, de confirmarse, le daría el margen necesario para declarar la victoria.
Con todo, el campo de Berlusconi no concedió la victoria y reclamó un nuevo escrutinio en la Cámara de Diputados, donde la coalición de Prodi ganó por una décima de punto porcentual: 49,8% a 49,7%.
Prodi dijo que no le preocupaba el pedido de recuento y reconoció la estrechez del margen. Pero negó que el país estuviera "dividido por la mitad", señaló que había habido gobiernos aún más débiles y declaró que su coalición era "política y técnicamente fuerte".
Dijo que gobernaría para todos los italianos, "incluso los que no votaron por nosotros".
"Hoy damos vuelta una hoja", dijo.
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(Martes 11 de abril, 10:26 AM)