2007/10/10

Ser forte e outras curiosidades

Portugal parece necessitar de um governo "forte". Todos os países, na época do crime globalizado, necessitam. Mas ser forte não significa vigiar os sindicatos, instaurar processos e tentar controlar a informação gastando milhões com canais mediocres de televisão e rádio públicas. Forte significa ser capaz de combater eficazmente, com meios potentes e legislação apropriada, o banditismo e a corrupção. Assassinos, traficantes, pistoleiros, pedófilos e outros criminosos, não podem gozar direitos iguais aos dos cidadãos que respeitam a lei. As suas fortunas, quando existem, não devem servir para pagar a advogados que dão a "volta ao sistema" e os conseguem ilibar. O mesmo em relação à corrupção económica e à "corrupção de estado". Ser forte significa capacidade para impôr exigência e qualidade no sistema de ensino, com os professores e não contra eles, para que os jovens possam adquirir boa formação e qualificações que lhes permitam ser bem sucedidos e enriquecer o país. Só com uma fortaleza desta natureza é que Portugal conseguirá "chegar lá". AST

Um exemplo: algures no Norte do país (poderia ser no centro ou sul) um professor do ensino básico denunciou o caso de um pai-pedófilo. O resultado foi o professor ser perseguido pelos irmãos da vítima, filhos "machos" do criminoso pedófilo. Teve de "meter baixa" para salvaguardar a vida... Um estado que não consegue proteger professores que denunciam crimes e que nega protecção a magistrados que vão julgar crimes de corrupção, não é um estado que mereça ser escrito com letra maiúscula. Quero enaltecer e louvar aquele, e outros professores, que neste país disfuncional continuam a ser os verdadeiros garantes dos direitos das crianças.

Nota: a polícia municipal, em Lisboa, começou "bem", sob as ordens do novo presidente... Sem aviso atempado bloquearam e posteriormente rebocaram os carros que se encontravam em locais onde anos e anos a fio a mesma polícia permitiu que aparcassem, locais onde as pessoas se habituaram a deixar os veículos por longos periodos de tempo. Agora os carros continuam a poder estacionar no local: do outro lado da rua, agora considerado o correcto, mas onde anteriormente, anos e anos a fio, a polícia multou, bloqueou e rebocou os carros que lá estacionaram... Indicações do novo presidente da câmara de Lisboa ou uma ideia que, repentinamente, surgiu nas iluminadas cabeças dos polícias municipais?


Portugal gera pouca riqueza

Portugal está no penúltimo lugar na criação de riqueza per capita na Península Ibérica, ficando, apenas, à frente da região espanhola da Extremadura.
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A liderar a criação de riqueza por pessoa na Pensínsula Ibérica está o País Basco, seguido de Navarra e da Catalunha. Portugal ocupa o penúltimo lugar, à frente da Extremadura, mas imediatamente atrás da Andaluzia.
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O relatório da SaeR realça ainda, que, "a médio prazo, a convergência (de Portugal) para o nível da União Europeia dependerá do PIB real", que terá de crescer a ritmos muito superiores à média europeia. in Jornal de Notícias, 10 de Outobro de 2007, pag 64


Corrupção: Mulheres resistem mais do que os homens

Deauville, 13 Out (Lusa) - As mulheres resistem mais à corrupção do que os homens, revela um estudo efectuado em quatro países e divulgado sexta-feira no III Foro das Mulheres para a Economia e a Sociedade, na cidade francesa de Deauville.

O estudo assinala que 58 (italianos) a 67 por cento (franceses) dos inquiridos consideram que, se mais mulheres ocupassem cargos de chefia, haveria menos corrupção, uma vez que o sexo feminino é mais díficil de corromper do que o masculino.

Ainda segundo o inquérito, entre 34 (italianos) e 67 por cento (norte-americanos) defenderam que o dinheiro e o poder são, sobretudo, preocupações dos homens.

A sondagem foi realizada em Itália, França, Estados Unidos e Alemanha. A esmagadora maioria dos inquiridos considera o seu país corrupto. in http://noticias.sapo.pt (13 de Outubro de 2007, 00:29)


Carl Flesch (1873-1944)

Henryk Szeryng (1918-1988) e Max Rostal (1905-1991), dois extraordinários violinistas que foram alunos do grande professor húngaro Carl Flesch, ele próprio um reputadíssimo violinista... além dos dois já referidos, Szymon Goldberg (1909-1993), Ida Haendel (1923?-), Louis Krasner (1903-1995) e Ginette Neveu (1919-1949).
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O facto de ter nascido no seio de uma família judaica impossibilitou-o de levar uma vida pacata. Refira-se, por exemplo, o facto de, em 1935, lhe ter sido retirada a si e à sua família a cidadania alemã, obtida 5 anos antes. Já em 1934 tinha deixado voluntariamente a Musikhochschule de Berlim, onde tinha começado por dar master classes em 1921 e onde leccionava de uma forma regular desde 1928; outro interveniente, a mesma triste história, claro, pois já o compositor Franz Schreker (1878-1934) tinha passado exactamente pelo mesmo 3 anos antes. Os processos eram tristemente consistentes... Carl Flesch nasceu há 134 anos, no dia 9 de Outubro de 1873. in http://desnorte.blogspot.com (Outubro 09, 2007)


FME

Depois de Cuts; Live at the Glenn Miller Café; e Underground, Montage (Okka Disk, 2006) é o quarto avanço em disco do FME (Free Music Ensemble), plataforma triangular pensada e estruturada por Ken Vandermark (saxofones e clarinetes), com Nate McBride (contrabaixo) e Paal Nilssen-Love (bateria). Desta vez o compositor e improvisador de Chicago elege os realizadores de cinema como musas inspiradoras dos 7 movimentos em que se desenvolve o CD duplo, gravado ao vivo em dias seguidos (22 e 23 de Setembro de 2005), no Artists at Large, em Boston, EUA, e no festival Suoni Per Il Popolo, em Montreal, Canadá. Vandermak homenageia Leone, Eisenstein, Fellini, Kitano, Buster Keaton, Cassavetes, Kubrick, Greenaway, Kurosawa e Welles, partindo de uma mesma base temática, que é reinterpretada módulo a módulo. Ao fim de um certo número de audições sequenciais, a repetição dos módulos de um disco para o outro permite apreender a estimulante tensão dialéctica entre composição e improvisação, a procura de novos modos de dizer a partir da mesma matéria-prima de base, e o modo como, assente nas mesmas coordenadas, se constrói a diferente narrativa de cada "filme". in http://jazzearredores.blogspot.com (9.10.07)


Durante anos esperámos por uma Lei para o Estatuto do Artista, e finalmente ela aí está (quase)!

No meio da magnitude dos problemas de insegurança e precariedade, desemprego e falta de protecção social que afectam os Profissionais do Espectáculo, e a que o presentes diplomas em discussão (PS, PCP e BE) ensaiam uma resposta, facilmente passariam despercebidas, para a maior parte das pessoas, as catastróficas implicações do conteúdo do Artº.17 da proposta do Governo.

Não só a GDA, como também muitos e muitos Artistas, Actores, Músicos e Bailarinos lutaram ao longo de duas décadas para por fim à cedência coerciva dos seus Direitos de Propriedade Intelectual.
A Lei 50/2004 veio finalmente, no seu Artº178, consagrar a Gestão Colectiva Necessária como a única forma de garantir o livre, equilibrado e efectivo exercício dos nossos Direitos individuais, utilizando um mecanismo de analogia com Directivas europeias transpostas para a nossa legislação em 1997, o qual nunca foi posto em causa do ponto de vista constitucional ou qualquer outro.

O Governo vem agora, de forma algo cínica, à boleia das carências da situação sócio-profissional dos Profissionais do Espectáculo, ceder às pressões, nomeadamente das Televisões e Operadores de Exploração de Conteúdos Digitais, impondo a regulação dos nossos Direitos de Propriedade Intelectual através de Contrato de Trabalho ou Instrumento de Regulação Colectiva, no sentido de reverter as coisas para a situação anterior a 2004.

Leiam todo o texto dirigido ao Presidente da A.R. se tiverem a paciência mas, pelo menos, meditem na conclusão e ASSINEM A PETIÇÃO!!!

http://www.PetitionOnline.com/N17132X/

(em email expedido pelo trombonista Hugo Assunção)