NOCTURNOS DE CHOPIN AO SOM DO SEU TEMPO
A já incontornável Brilliant Classics editou as peças referidas numa interpretação do pianista Bart van Oort que utiliza um piano Pleyel de 1837.
Trata-se de um registo de 2003 que figurará entre os eventos editoriais não só pelas sonoridades que uma interpretação num instrumento destes pode produzir mas essencialmente pela leitura que pianista nos dá. É uma visão que vai ao encontro daquilo que El-Bacha nos disse na entrevista que está algures nos arquivos desta página. O "rubato" é um rubato natural que não é facilmente remarcável. O pianista afasta-se da visão romantizada de muitos dos famosos intérpretes do século vinte e oferece-nos um Chopin transparente mas pleno do sentimento que subjaz a toda a obra do grande compositor polaco.
Interessante é o facto do estojo de 4 cd's conter os Nocturnos de Jonh Field interpretados num Brodwood de 1823, gravação esta que já tem alguns anos e outro cd com gravações de nocturnos compostos por vários outros contemporâneos de Chopin, o que nos dá uma visão panorâmica da música produzida na época. Na interpretação destas peças Oort utiliza um Erard de 1837.
O preço foi 12 euros mas este estojo aparentemente também não se encontra disponível em Lisboa. O que é uma pena.
Para as Baladas e alguns Estudos do genial e inspirado Chopin posso recomendar-vos uma interpretação fabulosa de Svjatoslav Richter editada pela etiqueta Praga/Le Chant du Monde. Esse cd contém também os Rondós op.51 e algumas das Bagatelas op. 136 de Beethoven. Não me lembro do preço mas creio que agora existe em edição económica. AST