Na folha que serve de programa no Festival de Sintra lê-se: "Pianista de extraordinária sensibilidade musical... conhecido mundialmente pela sua técnica sofisticada e elegante".
Até pode ter sido o próprio a ter escrito aquilo como muitas vezes sucede. O que nos importa é que é pura verdade. Jean-Yves Thibaudet surprendeu-me. Surprendeu-me porque já assisti a alguns "bluf's" mundialmente promovidos pelas editoras e revistas francesas. A verdade é que também já assisti à apresentação de grandes pianistas trazidos a público pela poderosa "indústria musical" francesa. O caso de Thibaudet é relevante. Apresentando-se logo na primeira parte com o segundo caderno dos Prelúdios de Debussy e deixando para a segunda a espectacularidade lisztiana à qual por vezes parece faltar um pouco de "essência", Jean-Yves fez uma opção inteligente. Após a virtuosidade lisztiana, Debussy poderia surgir ao público muito específico do Festival de Sintra como técnicamente menos exigente, o que não é verdade dado que se tratam de técnicas diferentes. Mas vamos à música que é o que nos interessa.
Os Prelúdios de Debussy tiveram em Jean-Yves uma espécie de mago dos sons. Uma espécie de feiticeiro que trabalhando dinâmicas, colorações e intensidades com a sua técnica que é sem margem para dúvidas "elegante e sofisticada", ofereceu-nos momentos especiais em que a magia da música do compositor francês adquiriu o seu poder máximo. É impressionante escutar Debussy em recital. Mas se e só se fôr por um pianista especial que não só tenha uma técnica exímia como tenha uma intuição e uma inteligência que faça dele um intérprete capaz de se fundir com o peculiar universo debussyano. O absoluto e inteligente controle dinâmico de Thibaudet aliado à depuração sonora, pois ele utilizou muito criteriosamente os pedais, deu-nos um Debussy límpido e cristalino onde tudo foi magia interpretativa. Sem "truques" ou misturas de sonoridades para "baralhar e tornar a dar". Thibaudet será um dos grandes paradigmas da interpretação debussyana.
Na segunda parte, toda dedicada a Liszt, começámos com os "Jeux d'eau de la Villa d'Este" do terceiro livro dos Anos de Peregrinação onde de novo o artista revelou a sua capacidade de criar cores e paisagens sonoras.
Na Balada nº2 pequenas imprecisões não impediram um grande leitura de uma obra virtuosística que denota alguma inconsistência formal, pequenas imprecisões que também aconteceram com a Paráfrase de concerto do Rigoletto que é uma das obras mais defíceis algum dia escritas para o instrumento e onde o pianista conseguiu uma leitura electrificante, deixando para segundo plano as já referidas imprecisões que se manifestaram sobretudo ao nível de quebras dinâmicas nos fraseados em oitavas que aconteciam no meio de intrincados arpejos. Com esta peça terminou em apoteose o memorável recital ao qual acrescentou como extra um nocturno de Chopin e uma deliciosa peça de Monpou: "La jeune fille aux jardins". Mas o melhor da segunda parte foi, em meu entender mas sem grande margem para dúvidas, a interpretação da trancrição que Liszt fez da Morte de Isolda da ópera de Wagner. Já na interpretação da trancrição de "O du mein holde Abendstern" do Tannhäuser, Jean-Yves se tinha mostrado profundo e meditativo. Mas na interpretação daquele excerto de Tristão e Isolda o artista mostrou uma capacidade "genética" no desenvolvimento da tensão dramática com base em crescendos geniais e num fraseado dotado de um balanceamento digno de um grande mestre. Foi para mim, depois do ciclo de Debussy, o melhor momento do pianista neste recital e um grande momento de música sublime. Houve uma só nota errada que face à perfeição interpretativa e à forma arrebatada e consistente da leitura causou um certo sobressalto. Coisas que só acontecem mesmo ao melhores. Bravo Jean-Yves! Ast
En 2003, les trois premiers contributeurs nets étaient les Pays-Bas (0,43% de leur PIB), l'Allemagne et la Suède (0,36%). La France était un faible contributeur net (0,12%) parce qu'elle touchait 23% des dépenses agricoles.
Le Royaume-Uni n'était contributeur qu'à hauteur de 0,16% car il bénéficie d'une ristourne équivalente aux deux-tiers de sa contribution nette et payée par les autres Etats. C'est le seul à avoir ce privilège, attribué en 1984 parce qu'il bénéficiait notamment peu des dépenses agricoles.
Inversement, les plus grands bénéficiaires nets étaient en 2003 le Portugal (2,66% de son PIB), devant la Grèce, l'Irlande et l'Espagne, les pays les plus "en retard" de l'UE à 15.
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Avec la hausse des dépenses liées à l'élargissement à 25, le rabais britannique va passé à une moyenne annuelle de 7,1 milliards d'euros et sera également financé par les "nouveaux venus pauvres" de l'Est.
Sans modification du système actuel, le Royaume-Uni serait le plus faible des dix contributeurs nets (avec 0,25% du PIB), les Etats baltes et la Pologne devenant les premiers bénéficiaires (avec 4% de leur PIB)
Les Pays-Bas, l'Allemagne et la Suède resteraient de loin les trois premiers contributeurs nets. La présidence luxembourgeoise propose une réduction de leur charge financée par la remise en cause du rabais britannique.
Sans rabais, le Royaume-Uni devient le plus important contributeur net de l'UE (0,62%), ce qui, souligne la Commission européenne, ne ferait que correspondre à son statut de pays le plus riche parmi les contributeurs nets.
(AFP 15.06.2005-13:13h)
"En France, le débat pourra continuer (...) C'est le début d'un débat très honnête", a prédit, confiant malgré tout, M. Barroso, alors que des milliers de manifestants à Paris persistaient et signaient dans leur rejet de la Constitution.
Décalage entre rêve européen et réalité? Alors que les pays membres reportent en cascade leurs référendums, M. Barroso a admis la faiblesse majeure du "plan D": "quel sera le résultat? On ne peut évidemment en préjuger".
(AFP 17.06.2005-13:22h)