Álvaro Teixeira: Quais os seus compositores contemporâneos preferidos?
Sabine Meyer: Vivos?
AT: Sim.
SM: Muitos escreveram para mim. O último foi Manfred Trojan que me dedicou um concerto muito bonito. Castiglioni, um compositor italiano. Escreveu uma peça para o meu grupo de sopros. E outros compositores alemães. Pedrem, que é muito famoso na Alemanha, escreveu-me uma peça solo. Muitos compositores. Bons compositores. Wüthrich...
AT: ?
SM: Não conhece?! É muito conhecido na Alemanha. Escreveu uma peça para dois clarinetes. Para mim e para o meu irmão.
(risos)
AT: Porque acha que o clarinete é muito utilizado na música contemporânea?
SM: O clarinete oferece muitas possibilidades técnicas e sonoras, oferecendo muitas, muitas côres. É muito interessante. A música para clarinete assemelha-se à voz humana. Muitos compositores escrevem para este instrumento.
AT: Nunca pensou em interpretar com instrumentos antigos?
SM: Sim. Já toquei o concerto de Mozart num Clarinete Basset que é o instrumento original. Também toquei com o Quartour Mosaiques.
AT: Christophe Coin...
SM: Exatamente! Utilizei um clarinete da época. E toquei o Brahms com um clarinete Wuestefeld...
AT: Já interpretou, por exemplo, compositores franceses?
SM: Compositores franceses?
AT: Nunca tocou música francesa?
SM: Moderna?
AT: Sim.
SM: Não. Até agora não.
(risos)
Tradução direta de Inês Salpico