2005/07/22

ATÉ AGORA NUNCA TOQUEI CONTEMPORÂNEOS FRANCESES

No final do concerto que Sabine Meyer concretizou no âmbito do Festival de Sintra conversámos com a artista. Uma pequena conversa pois alguns fãs esperavam-na.


Álvaro Teixeira: Quais os seus compositores contemporâneos preferidos?

Sabine Meyer: Vivos?

AT: Sim.

SM: Muitos escreveram para mim. O último foi Manfred Trojan que me dedicou um concerto muito bonito. Castiglioni, um compositor italiano. Escreveu uma peça para o meu grupo de sopros. E outros compositores alemães. Pedrem, que é muito famoso na Alemanha, escreveu-me uma peça solo. Muitos compositores. Bons compositores. Wüthrich...

AT: ?

SM: Não conhece?! É muito conhecido na Alemanha. Escreveu uma peça para dois clarinetes. Para mim e para o meu irmão.

(risos)

AT: Porque acha que o clarinete é muito utilizado na música contemporânea?

SM: O clarinete oferece muitas possibilidades técnicas e sonoras, oferecendo muitas, muitas côres. É muito interessante. A música para clarinete assemelha-se à voz humana. Muitos compositores escrevem para este instrumento.

AT: Nunca pensou em interpretar com instrumentos antigos?

SM: Sim. Já toquei o concerto de Mozart num Clarinete Basset que é o instrumento original. Também toquei com o Quartour Mosaiques.

AT: Christophe Coin...

SM: Exatamente! Utilizei um clarinete da época. E toquei o Brahms com um clarinete Wuestefeld...

AT: Já interpretou, por exemplo, compositores franceses?

SM: Compositores franceses?

AT: Nunca tocou música francesa?

SM: Moderna?

AT: Sim.

SM: Não. Até agora não.

(risos)


Tradução direta de Inês Salpico