Um nome que dirá pouco à maioria dos "melómanos" portugueses. Foi-me recomendado pelo Kami que é um compositor português ainda em fase de "gestação".
Jorgensen nasceu em 1967 algures no reino da Dinamarca e a sua escrita musical introduz não só uma lufada de ar fresco no impasse em que vegetam parte dos criadores da actualidade, como inova. Inovar surge como uma "coisa" que parece muito pouco provável depois de tudo ser re-experimentado e verificarem-se "recolhimentos" de muitos compositores nas estéticas neo-clássicas ou "para-neo-clássicas". Não se percebe se por facilidade, se por mêdo de (tentar) desbravar caminhos, se por pura falta de inspiração.
Por isso me parece tão substancial referir aqui este dinamarquês que trabalha o acordeão, instrumento iminentemente tonal, de uma maneira inteligentemente inovadora num contexto não tonal e na forma de "música de câmara".
A intuição musical e o talento coexistem aqui com a criação de uma estética singular e genial. Um nome a não esquecer porque nos mostra que há vida para além de marte... Ast