Com direcção musical de João Paulo Santos, encenação de João Lourenço e cenografia de João Mendes Ribeiro, esta interessante ópera de câmara de Benjamin Britten esteve em cena no Teatro Aberto em Lisboa até 6 de Março.
Trata-se de uma muito bem conseguida produção, totalmente portuguesa (exceptuando alguns instrumentistas e o narrador), que dá possibilidade ao público lisboeta de conhecer mais uma das óperas do compositor inglês.
O leque dos doze instrumentistas revelou-se à altura do empreendimento: numa formação reduzida os músicos funcionam práticamente como solistas. Não vou nomeá-los mas aqui fica o reconhecimento pelo excelente trabalho que desenvolveram e irão continuar a desenvolver pois a ópera no Teatro Aberto é para continuar.
Os cantores estiveram muito bem sendo eles Wagner Dinis, Susana Teixeira, Mário Redondo e Sílvia Filipe. Especial referência para Sónia Alcobaça, Dora Rodrigues e Mário João Alves nos principais papéis solistas. O côro cumpriu a sua função...
A direcção de João Paulo Santos foi eficaz e revelou um conhecimento profundo da partitura.
Também a encenação e a cenografia são interessantes e funcionaram bem no conjunto. Já os figurinos, aparentemente "à moda da época", pareceram-me muito pouco criativos e previsíveis.
No global uma produção de bom nível e elevado interesse. Ast