Pianista pouco conhecido entre nós e que no entanto é um dos "grandes absolutos" de todos os tempos, tem uma peculiar abordagem do compositor alemão caracterizada por uma depuração que muitos referiram como uma tentativa de anular a sua personalidade para que o resultado fosse "a música". Claro que da sua personalidade única faz parte essa modéstia e humildade extremas de alguém que procura de alguma maneira desaparecer para deixar a obra no "estado puro". Depois de uma Festa da Música com interpretações más ou medianas das sonatas para piano de Ludwig não poderia deixar de referir algumas gravações do grande Rudolf Serkin, todas a preços convenientes.
A aura-music tem editado um recital ao vivo de 1957 no qual é interpretada de uma forma miraculosa a sonata Apassionata. Contém peças de outros compositores. Uma preciosidade por cerca de sete euros em que se pode ter uma ideia da dimensão real deste imenso pianista.
A sony na colecção essential classics re-editou a sonata "patética" e a "hammerklavier" com leituras deslumbrantes do grande artista.
Foi também a sony que há anos colocou no mercado "The Unreleased Studio Recordins" onde nos três cd's, entre várias sonatas para piano, estão incluídas a primeira e as três últimas. Tratam-se de interpretações históricas e geniais.
Finalmente a telarc editou os concertos para piano onde Rudolf Serkin é acompanhado pela Boston Symphonic Orchestra dirigida por Seiji Ozawa. Estes registos receberam Awards 2004 da Gramophone além de um "galardão" da revista hi-fi pela qualidade sonora. O meu preferido é o cd que contém os concertos 1 e 3.
O outra grande referência (uma não exclui a outra, evidentemente) é o estojo de seis cd's de Emil Gilels, re-editados pela brilliant classics, que contém várias sonatas e a integral dos concertos para piano. O preço varia entre 18 e 22 euros. Sobre estas gravações já escrevi noutra ocasião.
A já referida aura-music também tem um cd ao vivo de Arturo Benedetti Michelangeli com três sonatas do compositor entre as quais a op.111. Por cerca de sete euros. A adquirir sem hesitações. Ast
Oláaa, Ast
Finalmente consegui ler o teu blog com calma.
Está muito bom (e é nº1 nos motores de busca da google e yahoo, UAU!!). Mesmo para leigos, como eu, está bastante interessante. Ajuda-nos a ter uma perspectiva um pouco diferente da música a seleccionar, o que poderemos ou não comprar. E também a não nos sentirmos uns 'babalus'. Dá vontade de ouvir música. Gostei muito. Parabéns. Beijinhos. Inês Portugal (Porto)
Aqui fica um e-mail que um tal "peão contemporaneo" me desafia a publicar. Se o PC só está a tentar "ajudar-me" a ultrapassar as minhas limitações porque é que faz tanta questão em ser publicado? Isto não é uma polémica e este espaço não é de todo um "fórum". Por isso o comentário da Inês à insinuação do "peão" não será publicado. Evidentemente que o "peão" não pode esperar vir a ser publicado novamente nesta página, independentemente dos argumentos mais ou menos artificiosos que esgrima. O editor.
Caro Sílvio,
Estou a escrever-lhe desinteressadamente e gostaria que publicasse este meu comentário do mesmo modo que publicou o da personagem "Inês Portugal", por favor.
Quero dizer-lhe que o seu blog me despertou algum interesse pelo facto do seu próprio autor fazer de tudo para que ele seja notado. Não posso deixar de lhe dizer que o seu esforço é realmente digno de nota. Consegue que (quase) toda a gente, pelo menos uma vez na vida, tenha consciência da sua existência. Porém, o teor da informação nem sempre é o mais interessante, a escrita é descuidada e revela uma certa iliteracia: uma grande quantidade de erros ortográficos, erros de sintaxe, erros de toda a espécie. Só com boa vontade se percebe o que quer dizer. Isto torna a leitura francamente desconfortável, aspecto que apenas poderia ser superado com a qualidade da informação (que neste caso é fraca, portanto não adianta nada). É visível o seu gosto pela escrita. Dado que descobriu essa sua inclinação, poderia tentar ler bons autores (romancistas, mesmo) e perceber por que motivo eles são bons autores. O que faz dum escritor um bom escritor? Tente aplicar as suas descobertas, depois, nos seus textinhos sobre música e músicos. Sinceramente, desaconselhava-o de tentar chamar a atenção para a sua pessoa. Um verdadeiro intelectual quer-se discreto. Não é fazer de tudo para ser notado e para imitar aqueles que o são que se chega a algum lado. Não inveje aqueles que têm algum protagonismo mesmo não o merecendo. Esse protagonismo será sujeito à triagem da história e, com ela, só os intelectuais elegantes e que deixam obra conseguem perpetuar. Também não é a segurar-se à muito antiga prática jornalística de pasquim (na publicação local a que o seu pai estava directamente ligado...) que conseguirá elevar-se aos olhos daqueles a quem pretende agradar (ou junto de quem pretende reconhecimento). Seja discreto. Escreva mais e publique muito menos. Pratique. Não tenha pressa. Seja homem e publique este meu comentário no seu blog. Mostre a sua disponibilidade para aceitar críticas construtivas. Se precisar de outros conselhos, não se acanhe. Os leitores servem para ajudar os críticos que estão a começar. Atentamente, PC