Trata-se de um duplo cd a preço fora-de-concorrência editado pela Brilliant Classics. No primeiro cd podemos escutar alguns concertos para flauta transversal e grupo de câmara de vários compositores italianos (Vivaldi, Ferrandini, Albinoni, Galuppi e Giordani). O segundo cd é inteiramente dedicado aos concertos (igualmente para "travesso") criados em Dresden e Berlin por Johann Joachim Quantz.
O flautista é Jed Wentz que simultâneamente dirige este grupo de músicos que interpretam com instrumentos da época: Musica ad Rhenum
Wentz, que estudou flauta com Barthold Kuijken e trabalhou com alguns dos agrupamentos que fizeram história na "nova" interpretação da "música antiga", é capaz de fraseados belíssimos devidos a uma excepcional compreensão da literatura musical daquela época e a uma técnica suprema que faz dele um dos flautistas mais inspirados da actualidade.
O agrupamento, aqui, em gravações de 1991 e 1996, afirma-se como um dos grupos mais interessantes, coesos e musicais no que respeita à re-interpretação da chamada música antiga em instrumentos (ou cópias de instrumentos) da época, utilizando o que se conhece das técnicas interpretativas em uso no tempo em que os compositores viveram e criaram.
18-th Century Flute Concerti é uma verdadeira dávida que estes intérpretes de excepção oferecem ao seu potêncial público por intermédio de uma etiqueta (uma das poucas) que pratica o "preço justo". Preço esse só possivel graças aos músicos que prescindem de honorários e só recebem as "royalites" devidas ás vendas. Pena que em Portugal estes cd's estejam um pouco mais caros que noutros paises... AST
Nota: Estão mais caros cerca de 50 cêntimos por cd. Pinhões... se pensarmos que a última gravação de La Mer de Debussy, por Simon Rattle à frente da Berliner Philharmoniker, custa mais 5 (cinco!) euros em Portugal que, por exemplo, na casa Fame, bem no centro de Amsterdam, onde pode ser adquirida por 15 euros. Uma multinacional que vende (e muito) em Portugal, colocou este cd ao preço "especial" de 18,95 euros... O editor
Uma breve deslocação à Holanda e a última manhã antes do regresso passada em Amesterdão, o que permitiu reduzir a lista de CDs por comprar. A visita foi à loja do costume, na Kalverstraat, mesmo à beira do Museu da Madame Tussaud. E é sempre um prazer descer as escadas para a secção de música clássica e encontrar menos gente e muitos mais discos do que na FNAC... http://desnorte.blogspot.com (Julho 15, 2004)
Em 1933, o compositor austro-húngaro (e cidadão americano) Arnold Schoenberg (1874-1951), de quem já falámos de passagem neste postal a propósito da sua amizade com o igualmente compositor Alexander Zemlinsky (1871-1942), rumou aos Estados Unidos, que a sua condição de judeu a isso o obrigou.
Em Setembro de 1936 concluiu o Concerto para Violino, em Los Angeles, cidade onde se tinha instalado em 1934. É um concerto de grande dificuldade técnica, um dos mais difíceis do repertório para violino, dedicado por Schoenberg ao compositor austríaco Anton Webern (1883-1945) e "destinado a violinistas de 6 dedos"...
A estreia teve lugar em Filadélfia no dia 6 de Dezembro de 1940, com o violinista norte-americano, ucraniano de nascimento, Louis Krasner (1903-1995) e a Orquestra de Filadélfia dirigida por Leopold Stokowski.
Curiosamente, Schoenberg, o autor da obra, nasceu num dia 13 de Setembro, de 1874, e Stokowski, o maestro que a estreou, faleceu igualmente num dia 13 de Setembro, há 28 anos! http://desnorte.blogspot.com (Setembro 13, 2005)