Um grupo de investidores junta os trapinhos e fazem um banco para gerir os seus investimentos, nomeadamente no mercado de capitais. Durante uns anos as coisas correm bem. Recentemente viram os seus investimentos irem por água abaixo com a queda das bolsas. Dada a a falta de liquidez dos próprios accionistas/clientes que tem levantado os seus investimentos, o banco não tem cheta. Ninguém tem ponta de interesse em comprar o banco. Ninguém lhe quer sequer emprestar dinheiro. De acordo com o mercado, o banco não interessa para nada. Algum problema? Nenhum.
Mas o que sucede? Sob a forçada e suspeita alegação de interesse de defesa da «imagem» do país, o governo socialista, através da entidade que se afirma de «supervisão» e com a liderança do banco do estado cuja actividade é determinada pelos interesses concretos do partido que ocasionalmente governa, resolvem forçar um sindicato bancário em auxílio dos coitadinhos dos investidores. Como? Primeiro assegura-se que todos os bancos intervenientes tem acesso a capital garantido por todos os contribuintes. Depois, porque evidentemente há um preço a pagar por tal benesse (não há almoços grátis) indica-se onde parte de tal dinheiro garantido pelos contribuintes deverá ser aplicado: a impedir que um banco sem viabilidade feche portas e garantir que seja sustentado com o aval dos contribuintes. É esta a «imagem» que o governo socialista quer salvaguardar: terceiro mundismo, socialismo de estado e utilização do poder público em favor de privados com o dinheiro de todos.