2008-01-10
A Portugal Telecom (PT) anunciou hoje que a remuneração mensal de cada um dos seus sete administradores executivos é, em média, de 86.561 euros, de acordo com os dados divulgados no seu Relatório e Contas de 2006.
Com base nos dados do seu Relatório e Contas de 2006, a PT contrapõe que a remuneração mensal dos sete administradores executivos totalizou 8,48 milhões de euros nesse exercício. Deste total, 3,81 milhões de euros dizem respeito a remuneração variável e 4,67 milhões de euros referem-se a remuneração fixa.
O valor conjunto das remunerações fixas e variáveis, dividido pelos sete administradores executivos e pelos 14 salários anuais, corresponde a 86.561 euros mensais para cada um dos seus gestores.
O artigo da revista Visão refere que a PT surge no segundo lugar de um 'ranking' de remunerações médias mensais de executivos, o qual é liderado pelo BCP (211.071 euros), sendo o terceiro lugar ocupado pela Brisa (136.957 euros).
O que é o terceiro-mundo?
É, por exemplo, quando o governador do banco central de um país pobre, atrasado e corrupto ganha mais que o presidente do banco central dos USA.
"Para o Ministério das Finanças português, o cargo ocupado por Vítor Constâncio vale uma remuneração anual de perto de 250 mil euros por ano, cerca de 18 vezes o rendimento nacional 'per capita'. Já para a Administração norte-americana, o lugar ocupado por Ben Bernanke justifica apenas 140 mil euros anuais, ou seja, 4,2 vezes o rendimento 'per capita' dos EUA."
Nota: no dia seguinte à notícia Constâncio declarou que é o governo quem determina os seus honorários e concorda que estes sejam reduzidos.
Portugal no topo das desigualdades da OCDE
21.10.2008
O México é o país com mais desigualdades na OCDE. Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México.
No seu relatório “Crescimento e Desigualdades”, hoje divulgado, a OCDE afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda, e traduziu-se num aumento da pobreza infantil.
Os autores do estudo colocam a Dinamarca e a Suécia à frente dos países mais justos, com um coeficiente de 0,23, e o México no topo da tabela dos mais injustos (0,47), seguido da Turquia (0,42) e de Portugal e dos Estados Unidos (ambos com 0,32). Por Lusa