2005/10/20

ANTHONY ZIMMER

É um dos filmes que foi apresentado em ante-estreia portuguesa na festa do cinema francês. Estará nos cinemas portugueses esta semana.
Não falamos dele na devida altura porque não entra dentro das nossas preferências. No entanto, deve ser dito aos que consideram as produções europeias carentes de "acção" ser este um bom filme de suspense e acção. Acção inteligentemente trabalhada. O que nem sempre é evidente nas produções norte-americanas... Este trabalho, dentro do género, é de primeira qualidade. Trata-se de uma obra técnicamente irrepreensível, onde o "timing" é escorrido de forma súbtil e onde a câmara trabalha eficazmente tanto o suspense da trama como o suspense psicológico. Sophie Marceau é divina. Para além da "técnica eficaz" dotada de distânciamento e frieza, mostra-nos que possui o outro lado, a vertente "humana", que afinal também habita numa especialista da luta arriscada e sem tréguas contra as redes internacionais de lavagem de dinheiro. Esta estreia em Portugal vem a calhar... Há mesmo coincidências! Jerôme de Salle, o realizador, bem pode festejar. Dentro do estilo é claramente um vencedor. AST










Não era suposto que o BES soubesse na segunda-feira que outras três entidades bancárias estavam sob investigação, muito menos a identidade das mesmas, tanto mais que estavam agendadas buscas para os dias seguintes BCP, na quarta-feira, BPN, na quinta-feira e, ontem, o Finibanco. Era grande o prejuízo que isso acarretaria para as investigações. Ao que o DN apurou, logo a informação correu pelas várias instituições bancárias, fazendo desaparecer o efeito surpresa próprio das buscas. "Naturalmente - segundo fontes judiciárias contactadas pelo DN - os titulares de contas sujeitas ao levantamento do sigilo bancário terão tido também conhecimento."
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Na segunda-feira, os investigadores deslocaram-se ao BES para proceder a buscas, o que implicava também o levantamento do sigilo bancário de vários titulares de contas. Porém, não terão levado o despacho do juiz que deferia esta última diligência. Um responsável daquele banco exigiu o comprovativo assinado pelo magistrado judicial. Desde o DCIAP enviaram então, via fax, uma cópia.
Acontece que aquela diligência tinha sido autorizada para o conjunto dos quatro bancos. Imediatamente o BES ficou a saber que o BCP, o BPN e o Finibanco estavam igualmente na lista das instituições financeiras suspeitas de cometerem vários crimes económico-financeiros. http://dn.sapo.pt/2005/10/22/tema