É patético mas eles já andam outra vez por aí. Uns tipos com uns fatos pretos, com umas capas e gravatas (pretas), tipo funcionários de uma qualquer agência funerária.
Fazem-se acompanhar por uns tipos meio atarantados a quem chamam de "caloiros", guardando para si a auto-designação de "veteranos". Normalmente berram para o ar umas frases que o rebanho dos "caloiros" repete gritando.
Não fosse o fardamento fúnebre e pensar-se-ia estarmos face a novos recrutas que aderiram ao serviço militar. Mas não. Tratam-se de estudantes universitários, tratam-se dos futuros "especialistas", gestores e políticos portugueses, e isso diz muito sobre o futuro de Portugal.
“estamos integrados na Europa”
Ao segundo dia de campanha, continuam as palavras cruzadas entre os líderes dos dois maiores partidos sobre o TGV. Se de manhã Manuela Ferreira Leite usou o argumento da independência económica para ser contra a alta velocidade, ao almoço José Sócrates lembrou que “estamos na Europa em integração económica”.
“Independência económica só significa isolamento económico, pobreza, atraso e subdesenvolvimento”, afirmou, aplaudido por cerca de 600 pessoas que o esperaram durante mais de uma hora no núcleo empresarial de Beja. “Isto significa uma visão retrógrada e passadista”, frisou Sócrates, recordando que “nós já construímos o mercado único e isso é um bem para todos os países europeus”.
Para Sócrates, “acabou o tempo do Portugal atrasado”. in publico.pt, 14.09.2009 - 14h53
Nota: também a Roménia e a Bulgária estão (integradas na Europa) e é o que se sabe...
Pérola 1: “acabou o tempo do Portugal atrasado.” (pelos comentários que se encontram na net, escritos por portugueses "informados" que sabem usar a intermet e tudo, Portugal continua atrasado e em estado bronco)
Pérola 2: "Independência económica só significa isolamento económico, pobreza, atraso e subdesenvolvimento." (estará a Noruega isolada economicamente, subdesenvolvida, atrasada e a passar mal?)
Não é ficção
Podia ser ficção (negra) mas o nível dos comentários que este blog apagou e guardou para memória futura transcendem toda e qualquer ficção e dão-nos uma imagem muito pouco virtual de um certo país real. Infelizmente não é ficção.