A jornalista Manuela Moura Guedes disse ao CM que "foi apanhada de surpresa" com a suspensão do 'Jornal Nacional de 6.ª'. Depois de um plenário, em que explicou os motivos do fim do jornal, a redacção em peso assinou um abaixo-assinado de repúdio pela forma como a suspensão se concretizou.
Segundo soube o CM, Manuela Moura Guedes explicou à redacção que não sabia de nada e explicou que o 'Jornal de Sexta' não contava com orçamento próprio.
Na sequência de um plenário, a redacção avançou com o referido abaixo-assinado a pedir mais esclarecimentos à administração por considerar que 'é a credibilidade' da estação que está em causa, bem como a liberdade de imprensa.
O CM sabe que o abaixo-assinado tem várias folhas de assinaturas, naquilo que se pode contar de 'muitas dezenas' de jornalistas a subscreverem o documento.
A direcção de informação da estação de Queluz demitiu-se esta quinta-feira, depois da administração ter anunciado a suspensão do 'Jornal Nacional de 6.ª', que deveria regressar de férias esta sexta-feira. in correiodamanha.pt, 03 Setembro, 18h03
Estranho, muito estranho...
O Bloco de Esquerda considerou hoje "estranho" o cancelamento do Jornal Nacional da TVI e comparou o caso com o afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa da mesma estação de televisão.
"O que tivemos hoje faz-nos lembrar um episódio que ocorreu durante o Governo PSD e CDS-PP na mesma estação de televisão que levou ao afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa porque os seus comentários incomodavam o Governo da altura. As pressões foram imensas e resultaram exactamente no seu afastamento", disse a deputada do BE Helena Pinto.
A deputada considerou "estranho" o cancelamento do Jornal Nacional da TVI e adiantou que "tem que ser totalmente explicado", tendo em conta o "contexto especial" em que ocorreu. "A suspensão do Jornal Nacional que nada previa que acontecesse tem lugar num contexto muito especial marcado pelo facto do primeiro-ministro ter escolhido como alvo de críticas este programa e esta estação de televisão e, por outro lado, ocorre a três semanas de se realizarem eleições importantíssimas no país", sublinhou. 03.09.2009 - 19h14 Lusa em Público