2009/11/27

Ernesto Melo Antunes

Vasco Lourenço confirmou aos jornalistas a recusa de Cavaco Silva no colóquio que organizou e que contou com a presença de três ex-presidentes da República (Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio), com o presidente da Assembleia da república, Jaime Gama e com diversas personalidades da vida académica, militar e política.

"Naturalmente tem que ver com o facto de quando [Cavaco Silva] foi primeiro-ministro não ter apoiado a candidatura do Ernesto Melo Antunes a presidente da UNESCO e de termos perdido nessa altura a oportunidade de termos um português a presidir a UNESCO. As atitudes ficam com quem as pratica ", afirmou.

Também o socialista e ex-candidato à presidência da República Manuel Alegre lamentou a ausência das principais figuras do Estado recusando-se a comentar especificamente o caso de Cavaco Silva, por não conhecer a agenda do Presidente da República.

Vasco Lourenço afirmou ao PÚBLICO que, além do largo painel de comentadores, mais ninguém da política foi convidado, nomeadamente o primeiro-ministro, José Sócrates, que também não esteve presente na homenagem a deste capitão de Abril e militante socialista. publico.pt, 28.11.2009, 15:49


E estes não são avaliados?

O Banco de Portugal (BdP) teve conhecimento da existência de concentração de risco na Sociedade Lusa de Negócios (SLN) durante o ano de 2000, falhas que na altura mandou corrigir sem verificar se os procedimentos tinham sido de facto alterados.
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A acusação diz que o BdP alertou para a necessidade de a SLN corrigir o elevado grau de "exposição ao risco de crédito, que atingia o montante de 85,2 milhões de euros. Segundo as regras que estavam em vigor na altura, a sociedade estaria sujeita a um limite de exposição de crédito até 20 por cento dos fundos próprios consolidados, o que na altura representaria "um limite de 23,5 milhões de euros". idem, 27.11.2009, 07h40


Aqui não houve espionagem?

Os arguidos do processo “Face Oculta” poderão ter sido avisados de que estavam a ser alvo de escutas por parte da Polícia Judiciária a 25 de Junho deste ano. Quem o afirma é o jornal "Sol" que, na sua edição de hoje, afirma que a partir dessa data alguns dos principais suspeitos deste caso de corrupção terão deixado de se contactar através dos telemóveis habituais e passaram a fazê-lo através de aparelhos descartáveis.

O "Sol" adianta ainda que a mudança de telemóveis ocorreu numa altura em que estava no auge a polémica da compra da TVI pela PT, negócio que acabou por ser vetado pelo primeiro ministro, José Sócrates. ibidem, 27.11.2009, 09:22

Nota: parece que todos os níveis e todas as instituições, nomeadamente o ministério do ambiente, falharam na inspecção das empresas do sucateiro agora detido. O ridículo é que algumas empresas são mesmo ilegais e actuam sem sequer possuirem o respectivo "alvará" (nome esquesito). Pelos vistos todos sabiam, até porque um dos depósitos de sucata está numa área dentro de um PDM e não foi licenciado, mas ninguém actuou. E estes também não são avaliados?


Os homens do peixe

Armando Vara nega qualquer quantia em dinheiro, mas admite a recepção de uma caixa de robalos e de um equipamento desportivo para o filho. “Quando ele se deslocou a Vinhais ofereceu-me uma caixa de robalos.” “E também um equipamento”, acrescentou, perante a insistência dos jornalistas. Porém, o antigo ministro da Administração Interna nega qualquer tipo de favorecimento às empresas de Manuel Godinho. “Eu nunca tive nenhum tipo de atitude que favorecesse as empresas de Manuel Godinho. Ele era cliente do banco onde eu trabalhava, eu tinha uma relação profissional com ele e mais nada.” ibidem, 27.11.2009, 21:27


Um tal segredo de justiça

Armando Vara, um dos arguidos do caso "Face Oculta", foi apanhado nesta investigação com elementos de um processo que corre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e que, de acordo com fontes contactadas pelo DN, deveria estar em segredo de justiça. O episódio, que surpreendeu os investigadores de Aveiro, deu origem à certidão que foi enviada a 2 de Novembro para o departamento liderado pela procuradora-geral adjunta Cândida Almeida por suspeitas de violação do segredo de justiça.
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Este é mais um episódio relacionado com fugas de informação ligado ao caso investigado pela PJ e MP de Aveiro. Ontem, o jornal Sol adiantou que alguns arguidos do processo terão sido avisados, em meados deste ano, para a escutas telefónicas que estavam em curso. Aquele semanário afirma que a partir de 25 de Junho deste ano, alguns dos suspeitos mudaram de telemóveis e de cartões. Ora, a 24 de Junho, houve - como se confirma pela agenda oficial da Procuradoria-Geral da República - uma reunião em Lisboa entre João Marques Vidal, procurador do caso Face Oculta, Braga Temido, procurador-distrital de Coimbra, com Pinto Monteiro, o procurador-geral da República, que tomou contacto pela primeira vez com o caso. expresso.pt, 28 Nov