A Cinemateca Portuguesa promoveu um interessante ciclo de cinema subordinado ao tema tecnologia e inovação. Todos os filmes foram precedidos por uma dissertação de Tom Schatz*, com perguntas e respostas, Schatz que é um dos mais importantes historiadores do cinema e que esteve em Portugal a convite da Universidade Nova de Lisboa, onde dirigiu um curso de Verão.
O ciclo começou com o icónico Matrix (1999), dos irmãos Wachowski, e terminou, sexta-feira, 6 de Março, com o clássico 2001: A Space Odyssey (1968), de Stanley Kubrik. Foi possível ver-se um curioso filme que nunca tinha sido exibido anteriormente em Portugal: Bad Day at Black Rock (1954), de John Sturges.
* Thomas Schatz is a film professor at the University of Texas at Austin and the author of four books on Hollywood, including ‘‘The Genius of the System’’. In "Cowboy Business", nytimes.com, 2007/11/10
Alexander Zemlinsky (1871-1942)
Não é muito simpático para alguém que dedicou grande parte da sua vida à composição ficar para a posteridade apenas pelo facto de ter sido professor de Arnold Schoenberg (1874-1951), mas foi mais ou menos isso o que aconteceu com Alexander Zemlinsky (1871-1942). Zemlinsky nasceu em Outubro de 1871 em Viena, a cidade capital da música, berço da 2ª Escola de Viena; só que, apesar de ter de certo modo preparado o terreno para Schoenberg, Alban Berg (1885-1935) e Anton Webern (1883-1945), Zemlinsky nunca se rendeu à atonalidade, e esta passagem ao lado da modernidade contribuiu em muito para o facto de a sua música apenas ter começado a ser regularmente interpretada no último quartel do século XX, umas boas dezenas de anos após a sua morte, portanto.
Mal adaptado ao ambiente vienense, Zemlinsky viveu em Praga entre 1911 e 1927, e é desse período que datam algumas das suas obras mais importantes. De entre elas destaca-se a Sinfonia Lírica que, como o nome diz e um pouco à moda de Gustav Mahler (1860-1911), combina os géneros sinfónico e vocal. O próprio compositor não fez segredo do seu modelo inspirador e, em Setembro de 1922, escreveu ao seu editor (*): "This Summer I've written something along the lines of The Song of the Earth. I haven't got a name for it yet. It consists of seven related songs for baritone, soprano and orchestra, to be played without a break". Zemlinsky baseou-se em poemas de Rabindranath Tagore (1861-1941) que, ao ganhar o Prémio Nobel da Literatura em 1913, tornou-se no primeiro laureado do continente asiático. A Lyrische Symphonie foi estreada pelo autor, em Praga, no dia 4 de Junho de 1924. In desnorte.blogspot.com, Junho 04
(*) All Music Guide to Classical Music, Backbeat Books, 2005
Om Mani Padme Hum
Om mani padme hum é possivelmente o mantra mais famoso do Budismo; o mantra de seis sílabas do bodhisattva da compaixão: Avalokiteshvara.
De origem indiana, de lá foi para o Tibete. É o mantra mais entoado pelo budistas tibetanos.
Om Mani Padme Hum.
Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses [isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores]. Este sofrimento vem do orgulho.
Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (sânsc. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja.
Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Este sofrimento vem do desejo.
Pad fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. O sofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro, de ser morto pelos homens para obterem carne, peles etc., e de ser morto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância.
Me fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmas famintos (sânsc. pretas). O sofrimento dos fantasmas famintos é o da fome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância.
Hum fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. O sofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raiva ou ódio.
Tradução: Recebemos a Jóia da consciência no coração do Lótus. (O Lótus é o chakra). Significa - Recebemos a jóia da consciência divina, no centro do nosso chakra da coroa.No Hinduísmo:
O Om (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e outras religiões. Diz-se que ele contém o conhecimento dos Vedas e é considerado o corpo sonoro do Absoluto, Shabda Brahman. O Om é o som do infinito e a semente que “fecunda” os outros mantras. O som é formado pelo ditongo das vogais a e u, e a nasalização, representada pela letra m. Por isso é que, às vezes, aparece grafado Aum. Estas três letras correspondem, segundo a Maitrí Upanishad, aos três estados de consciência: vigília, sono e sonho. “Este Átman é o mantra eterno Om, os seus três sons, a, u e m, são os três primeiros estados de consciência, e estes três estados são os três sons” (VIII). In raivaescondida.wordpress.com, Junho 8th