Parece que esta coisa de acabar com o programa nuclear do Irão é mesmo para ir avante. Na verdade... Ponham-se no lugar dos israelitas com o presidente iraniano a dizer sistematicamente que Israel é para ser eliminado e pensem no que, se fossem israelitas e se pudessem, fariam. Não é que eu apoie Israel mas tenho de reconhecer o mérito de, rodeado de ditaduras e vizinhos hostis, conseguir ser uma democracia bem mais transparente e participada que a portuguesa.
Só fumaça
Israel simulou ataque a instalações iranianas, diz jornal.
Um funcionário do Pentágono, que segundo a reportagem foi informado do exercício, disse que um dos objetivos era praticar táticas de vôo, recarga de combustível durante o vôo e outros detalhes de um possível ataque contra as instalações nucleares do Irã. O funcionário, que falou sob a condição de anonimato, disse que uma segunda meta era enviar uma mensagem clara de que Israel está preparado para agir militarmente caso fracassem os esforços para evitar que o Irã esteja apto para produzir bombas.
Várias autoridades americanas disseram ao jornal que não acreditam que Israel tenha decidido atacar o Irã e que tal ataque fosse iminente.
O Conselho de Segurança da ONU impôs várias sanções contra o Irã por sua rejeição em cumprir com as exigências do órgão para que suspenda seu programa de enriquecimento de urânio, que poderia ser utilizado como combustível para usinas de energia ou para bombas atômicas.
O Irã tem se recusado a ceder diante das sanções e tem desestimado as propostas anteriores de benefícios econômicos em troca da suspensão de enriquecimento de urânio, que afirma ter como objetivos ter como objetivos produzir energia elétrica e não armas atômicas. In oglobo.globo.com, 20/06/2008 às 08h45m, O Globo Online/Reuters
A propósito de democracia e cultura
Exames portugueses de português
Em matéria de exames, há dois aspectos que são bem mais relevantes que os erros pontuais nas provas. Em primeiro lugar, toda a gente, excepto o GAVE, percebe que os exames estão, em geral, cada vez mais fáceis. Quem não sabe nada de nada pode sempre tentar a sua sorte em mal alinhavadas questões de "cruzinhas", não precisando sequer de saber escrever. Este caminho para o abismo da ignorância tem sido denunciado por muita gente. Mas o presidente do GAVE, num insulto à inteligência, retorquiu dizendo que não existem "perguntas demasiado elementares, mas sim de dificuldade diferente". O que fazer a não ser, talvez, dar gargalhadas?
O segundo aspecto é tão grave como o primeiro (quase apetece o trocadilho "tão GAVE"). Trata-se da linguagem tanto das provas como das "propostas" de correcção oficiais. É uma enormidade linguística e educativa que, num exame do 12º ano de Poirtuguês, apareça uma frase como:
"Para responder, escreva, na folha de respostas, o número do item, o número identificativo de cada elemento da coluna A e a letra identificativa do único elemento da coluna B que lhe corresponde".
Isto não é um exame a sério do domínio da língua, é uma charada.
Como fiquei sem saber para que serve este tipo de exames, fui ao sítio do GAVE:
"Os exames nacionais são instrumentos de avaliação sumativa externa no Ensino Secundário. Enquadram-se num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos e, paralelamente, revelam-se instrumentos de enorme valia para a regulação das práticas educativas, no sentido da garantia de uma melhoria sustentada das aprendizagens."
Fiquei na mesma. Alguém me decifra este arrazoado? Carlos Fiolhais em "Errar muito é desumano", no Público de 20 de Junho
E a matematicazinha...
A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. In publico.pt, 20.06.2008, 18h07, Lusa
O (novo) embaraço
Los Veintisiete reconocen que la República Checa no podrá dar su visto bueno hasta que se pronuncie la Corte Constitucional.
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No obstante, es espera que lo tenga ratificado antes de fin de año. Según el ministro checo de Exteriores, Karel Schwarzenberg, "estaría muy bien que la República Checa lo ratifique de aquí al 1 de enero, cuando comienza nuestra presidencia, aunque hay ciertas cosas en el camino que podrían hacerlo difícil". "Supongo que la decisión de la Corte Constitucional tendrá lugar a comienzos de otoño y que el Tratado podría ser presentado al Parlamento en noviembre y ratificado en diciembre", ha explicado Schwarzenberg. "Es lo que creo y lo que deseo", ha concluido. ELPAÍS.com / AGENCIAS - Madrid / Bruselas - 20/06/2008