2008/06/30

Afinal para que serve a ONU?

Invada-se o Zimbabwe!

Para libertar um país torturado e explorado pelo convidado (e amigo?) do primeiro-ministro português: Frankenstein Mugabe!

Porque é que a invasão não aconteceu e não vai acontecer? Porque o Conselho de Segurança da ONU está contra. Como habitualmente! Veja-se o dramático caso da Birmânia onde os generais corruptos continuam a impôr a sua torcinária ordem. Pense-se no Darfur... no Tibete...

A questão começa a ser: para que serve a ONU? Servirá para alguma coisa de bom para a humanidade? Ou não passa de um sorvedouro de dinheiro que seria melhor empregue se empregue directamente pelos países ou blocos de países?

Entretanto soube-se que alguns deputados britânicos têm fortes interesses económico-financeiros no Zimbabwe, que são devidamente acautelados e protegidos pelo regime (noticia ontem em The Independent on Sunday). Esses também não estão interessados na invasão...


"Esmagadora maioria"

Despite official results claiming that he had won more than two million votes and 85 per cent of the ballot, the election has been dismissed as a "sham" by much of the international community.
...
Earlier in the day, the observer mission from the Pan-African parliament denounced the poll as not being "free and fair" called for a re-run of the elections.

"The current atmosphere prevailing in the country did not give rise to conditions for the holding of free and fair democratic elections," said Marwick Khumalo, head of the observer team. Daniel Howden & Anne Penketh, In independent.co.uk, 30 June 2008


Maioria avassaladora

*Robert Mugabe

2,150,269

*Morgan Tsvangirai

233,000

*Spoilt ballots

131,481

*Voter turnout

42.37 per cent

Source: Zimbabwe Electoral Commission idem


Os ditadores do costume estão contra

Archbishop Desmond Tutu yesterday urged intervention by a UN force spearheaded by African troops if necessary, but this proposal would not be accepted by South Africa, China and Russia on the UN Security Council. The African Union's security chief played down any prospect of African peacekeepers moving into Zimbabwe, saying that any intervention like this needed to come about as the result of a peace agreement. ibidem


Resistência

friendsofzim.com


LIEBELEI

“Namorico”

De Max Ophuls

Alemanha, 1932 - 85 min.

Último filme realizado por Ophuls na Alemanha antes do nazismo e uma das suas obras-primas absolutas, é outra obra revelada pela Cinemateca, em 1983, há vinte e cinco anos, na célebre retrospectiva integral que dedicámos ao cineasta. Doze vezes passou o filme desde então e só na Cinemateca passou. Adaptada de uma peça homónima de Schnitzler, esta dilacerante história de amores contrariados pelo destino, é situada nos finais do século XIX, na Viena do imperador Francisco José. Tratando-se de Viena, as alusões à música são muitas. A acção começa durante uma récita de O Rapto do Serralho, a protagonista é cantora e o “tema do destino” da Quinta Sinfonia de Beethoven acompanha o trágico desenlace. In cinemateca.pt


Querridas (infelizmente poucas) leitoras belgas:

Estou profundamente decepcionado e (novamente) consternado com o facto, visível, de as minhas (Muito Poucas Mas Muito Querridas - MPMMQ) leitoras belgas - do país-corração e etc (ETC) da UE que, como País-Corração-Cérebro (PCC) desta nossa Querrida Europa (QE), eu (EU), expectante, imaginava, Iludida e Ilusoriamente (I&I), como que num delirius tremulis, me dariam Um Pouco Mais de Atenção (UPMA) - só me terem visitado 24 vezes. Não é aceitável, De Todo (DT), uma situação destas, criada pelas habitantes do país-corração (e mais o resto) da nossa Europa Querrida (EQ=QE if EQ>QE). Que não percebem? Mas isso não interessa minhas querridas! Perceber o quê e para quê?! O que interessa é a vossa Presença, o vosso Estímulo (P&E)! Eu gosto de vocês Querridas Belgas (QB)! Deiam-me, portanto, Novas Oportunidades (Ha!) de auscultar os vossos Tenros Corrações (TC).

PORTUGAL
8.099

BRAZIL
1.393

UNITED KINGDOM
351

UNITED STATES
204

SPAIN
123

FRANCE
98

NETHERLANDS
50

GERMANY
36

SWITZERLAND
35

BELGIUM
24


Fiquei (muito) consternado

Comparar extremos não faz sentido

Portugal tem décimos IRC e IRS mais altos da UE, diz o DD.

A questão é que este ranking não é feito com os impostos médios cobrados. É feito sim com escalão mais alto dentro de cada imposto. Não sei como é o caso do IRC, mas no IRS apenas uma pequena fracção de portugueses paga 42%. Não faz pois sentido pegar neste valor como representativo para a realidade nacional. É como dizer que os portugueses são mais altos que os suecos, porque o português mais alto de todos é maior que sueco mais alto.

Se formos analisar o valor médio da taxa fiscal implícita, chegamos à conclusão que só há 4 países com IRS inferior a Portugal! Algo bem longe do que a notícia faz crer.

Aproveito o relatório do Eurostat para acabar com outro mito que aparece constantemente na nossa imprensa, na boca de muitos políticos e comentadores, o mito de que os impostos em Espanha são mais baixos do que em Portugal. Pois bem, a carga fiscal em percentagem do PIB - o modo correcto de aferir o peso fiscal - na economia é mais baixa em Portugal! (A diferença é miníma, mas contrária ao mito). In apentefino.blogs.sapo.pt, 26 de Junho, 17:31


Consternamento

Ai, my Good! Mas não é assim que se faz vulgarmente na Tugolândia, perdão, em Portugal? Não foi utilizando a mesma metodologia que se "provou", por exemplo, que os professores portugueses eram os mais bem pagos da Europa e arredores? Oh! Bless Me! Yet!!! If not... I'm a portuguese guy...


Haaaaaa! Olhós marcianos!!!!

Afinal há homens verdes com antenas

Marte poderá mesmo ter vida, diz o Portugal Diário. Quando se lê o texto, percebe-se que a novidade é a descoberta de alguns nutrientes que existem no solo terrestre, não há absolutamente nada sobre a existência de "vida". A própria fonte da notícia, a BBC, diz apenas Martian soil 'could support life'.

Mas não custa nada alterar umas palavrinhas e apimentar a história... ninguém liga. idem, 28 de Junho, 14:58


Portugal cada vez mais em grande

Dentro de um mês, o novo Código dos Contratos Públicos que permitirá ajustes directos na adjudicação de empreitadas de obras públicas até um milhão de euros (200 mil contos). O tráfico de influências fica facilitado. Câmaras não comentam.

A partir do dia 30 de Julho, o ajuste directo pode ser usado para as empreitadas de obras públicas até 150 mil euros (ainda é de 25 mil euros) e para contratos de aquisição de bens e serviço até 75 mil euros. Embora as câmaras municipais encaixem na categoria que só permite ir até aos 150 mil euros no ajuste directo, a verdade é que poderão extender-se até um milhão de euros (200 mil contos) através das mais de 200 empresas municipais ou intermunicipais existentes, à semelhança de fundações ou institutos em que o Estado participa.

"Pode não haver corrupção, mas sim um tratamento desigualitário e, por essa via, tráfico de influências e um mau serviço público", sublinha Rogério Alves. "Por uma questão de transparência e tratamento igualitário de todos os agentes económicos, talvez o ajuste directo pudesse ser por um valor-limite 50% inferior (500 mil euros)", afirma Rogério Alves, jurisconsulto e ex-bastonário da Ordem dos Advogados.

De acordo com Rogério Alves, não há uma relação directa entre "ajuste directo mais corrupção" e "concurso público menos corrupção". Nesse ponto, Paulo Morais, ex-vereador do urbanismo na Câmara Municipal do Porto, concorda com o ex-bastonário. "A corrupção pode acontecer mesmo em concursos públicos. O problema está na transparência de todo o processo", diz Paulo Morais.

Saldanha Sanches, fiscalista, não se mostrou espantado com a possibilidade de as câmaras, através das suas empresas municipais, adjudicarem obras até um milhão de euros através de ajuste directo. "É perfeitamente coerente. As empresas municipais foram criadas para empregar os amigos. Era interessante perguntar aos autarcas a opinião sobre este diploma".

O JN tentou, sem êxito, saber a opinião de autarcas em relação ao novo Código de Contratos Públicos, em particular sobre as condições de ajuste directo nas empreitadas públicas. O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), e da autarquia de Viseu, Fernando Ruas, recusou-se a comentar o Código antes da sua discussão pela ANMP, durante a próxima semana.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, alegou falta de conhecimento profundo do novo Código. Razão semelhante foi invocada pelo autarca da Maia, Bragança Fernandes, que afirmou desconhecer o código em pormenor, mas estar de acordo "na generalidade". O JN tentou igualmente obter declarações dos presidentes das câmaras de Benavente, Braga, Fundão e Matosinhos que ou estavam incontactáveis ouse mostraram indisponíveis para comentar

Jorge Costa, coordenador dos deputados do PSD na comissão parlamentar de Obras Públicas, afirmou ao JN "ter algumas dúvidas" quanto ao Código. "Estamos a fazer um trabalho de análise porque temos dúvidas sobre o âmbito de aplicação do Código", afirmou, acrescentando que os deputados sociais-democratas querem "perceber a razão de todas as rectificações" que já foram feitas ao documento, mesmo antes de entrar em vigor. Os deputados do PSD contam ter uma posição sobre a matéria no final da semana. Pedro Araújo In jn.sapo.pt, 29 Junho


Justiça encerra blogue pela primeira vez

A justiça portuguesa ordenou o encerramento de um blogue por difamação. Processado pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, a justiça obrigou a empresa Google a encerrá-lo. É a primeira vez em Portugal que a justiça manda fechar um blogue.

O tribunal obrigou a empresa Google a encerrar um blogue por alegada difamação, algo inédito no país. A queixa foi feita pelo presidente Macedo Vieira e vice-presidente Aires Pereira da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

«A Póvoa de Varzim apenas oferece lixo, praia contaminada e mar poluído, tudo supervisionado por autarcas agarrados ao poder e sustentados por uma teia de corrupção que corrói toda a gestão municipal». Eram estas as palavras que se podiam ler no blogue “povoaonline”, cujo autor é desconhecido.

O tribunal considerou provado que a maior parte do conteúdo do blogue consistia em “artigos de opinião críticos” sobre os dois autarcas, atingindo-os igualmente enquanto cidadãos, pais, familiares e amigos.

O tribunal considerou ainda que os autores do blogue davam a entender que os autarcas eram “corruptos ou corruptíveis”, mas sem o fazerem com base em factos provados e concretos.

O acórdão a que o jornal Público teve acesso, refere que os textos publicados blogue “extravasavam claramente o direito à liberdade de expressão e atentavam contra o direito à honra, credibilidade, prestigio e confiança dos autarcas”.

Entretanto, o autor criou uma alternativa ao blogue encerrado. O http://povoaoffline.blogspot.com/, publica as duas 22 páginas do acórdão do tribunal e uma imagem manipulada do presidente da Câmara vestido de militar, com bigode e suíças, a dizer que tem como objectivo o combate aos corruptos.

Esta não foi a primeira vez que a Justiça avaliou queixas contra autores de blogues, mas é a primeira decisão conhecida de uma ordem de encerramento. In tsf.sapo.pt, 30 Junho, 09:14


Recebi isto há dias...

Amigos e Amigas,

Acabo de receber um e-mail de Itália J&P, Justiça Paz Reg Amazonica jpicram@gmail.com através da postcasa@pcn.net que diz o seguinte: Urgentíssimo:

Escrevo-lhes para que possam participar de uma sondagem que o governo do Estado de Roraima está fazendo sobre a Terra Indígena Raposa Serra do Sol através de seu protal / site: , para saber se a Demarcação deve ser em área contínua ou em ilhas.

Os passos são os seguintes:

- Abrir o site acima referido;

- No lado esquerdo, vocês encontrarão uma pergunta:

"Como deve ser demarcada a terra indígena Raposa Serra do Sol?"

- Tem duas possibilidades, mas basta clicar onde diz ÁREA CONTÍNUA e clicar para votar.

- Rapidamente se vê a sondagem.

- Pode-se votar uma única vez em cada computador.

Peço-lhes para difundir esta iniciativa urgentemente, pois o governo poderá fechar esta sondagem, assim que ver a votação está indo para "áreas descontínuas ou em ilhas".

Por favor, quem não souber ou tiver dúvidas onde votar, favor escrever-me pedindo esclarecimentos.

Atenciosamente,

P. Mário


Comentário

Parece-me absurdo. Uma sondagem?! Eu vou votar para decidir da demarcação de uma terra que não é minha? Decidir sobre a demarcação de uma terra que deveria pertencer exclusivamente aos seus habitantes originários? Enfim... (mais) uma portuguesada. Só mesmo no Brasil...

2008/06/28

Alfred Brendel plays Schubert D899/3
Portugal em grande

2008/06/27

Olivier Messiaen selecting registration before playing one of his organ improvisations at Saint Trinité church in Paris

Olivier Messiaen organ improvisation

2008/06/26

Szymanovsky Violin Concert (excerpt) - Esther Lee/A. Leytush

2008/06/25

Portugal (sempre) igual a si mesmo

De acordo com o Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres.

Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado.

Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.

As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.

Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.

É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.

A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.

O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.

Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.

A nossa Maria merece.

Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 Portugueses com um salário de 500 Euros a descontarem à taxa de 20%.

Novamente, a nossa Maria merece! Merece em nome do Progresso e do grande Choque Tecnologico! (recebido por e-mail)


Casa Pia

O tribunal optou por não se pronunciar sobre a veracidade dos factos imputados por um aluno ex-casapiano ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, no âmbito do processo Casa Pia, mas decidiu que a acusação não preenchia os requisitos técnico-jurídicos do crime de difamação de forma continuada.

A juíza afirmou que «não ficou provado que os factos imputados são verdadeiros», mas também não disse que são falsos. A decisão acabou por ser ditada por questões técnico-jurídicas.

Ou seja, para que se dê como provada a existência do «crime de difamação de forma continuada» tem de se provar que os factos imputados são ofensivos, têm dolo e são feitos perante terceiros. Ora, o tribunal decidiu que os factos eram ofensivos e tinham dolo, mas como o ex-casapiano prestou as declarações apenas perante a polícia e o instituto de medicina legal, a juíza considerou que não estava preenchido o requisito de as declarações terem sido proferidas perante terceiros.

Foi «uma sentença de liberdade que evita situações de auto-censura», declarou o advogado do arguido, Alexandre Vieira. «Se os miúdos passassem a ser acusados de difamação por prestarem declarações, começavam a autocensurassem-se», concluiu. In sol.sapo.pt, 25 Junho


Peter Pears (1910-1986)

A associação de Peter Pears ao compositor Benjamin Britten (1913-1976) é por demais conhecida, não só, mas principalmente, pelo facto de Britten lhe ter destinado uma dúzia de papéis operáticos nalgumas das suas obras mais significativas, como Peter Grimes, The Rape of Lucretia, Albert Herring, Billy Budd e The Turn of the Screw.

Pears entrou para os BBC Singers em 1934, ano em que o grupo estreou A Boy was Born, de Britten. Em 1936 dar-se-ia o primeiro encontro entre os dois e, no ano seguinte, dariam o primeiro recital em conjunto. Ao longo da sua carreira Pears teve, naturalmente, a oportunidade de interpretar outros compositores, chegando mesmo a ser dirigido por Igor Stravinsky (1882-1971), mas é a sua ligação a Britten que nos interessa hoje. Ligação que tomou outras formas para além da mera interpretação.

Em 1948 fundaram, em conjunto com Eric Crozier (1914-1994), o Festival de Aldeburgh, com a intenção de arranjarem uma casa para o English Opera Group, uma pequena companhia formada por Britten no ano anterior, responsável, nomeadamente, pela estreia da ópera Albert Herring, a 20 de Junho de 1947 (cujo libreto, diga-se, foi escrito por Crozier). Neste preciso momento decorre a 61ª edição deste festival, que terminará daqui a uma semana, no próximo dia 29 de Junho. Que é como quem diz, nunca falhou um ano desde a sua primeira edição...

Bastantes anos depois, em 1972, Britten e Pears fundaram a Britten-Pears School for Advanced Musical Studies, um projecto que o compositor nutria desde os inícios da década de 1950. Apesar da conhecida aversão de Britten a dar aulas, tarefa que Pears, por seu lado, desempenhava com evidente prazer. Depois da morte do compositor, Peter Pears empenhou-se decisivamente na angariação de fundos, indispensáveis para a melhoria e ampliação das instalações, além de ter procedido à revisão dos cursos ministrados. Porque tem muito a ver com o dia de hoje, refira-se que um dos músicos que por lá passaram para leccionar foi a violoncelista Jacqueline du Pré (1945-1987). Peter Pears nasceu há 98 anos, no dia 22 de Junho de 1910. In desnorte.blogspot.com, Junho 22

2008/06/23

UN CONDAMNÉ À MORT S’EST ECHAPPÉ

De Robert Bresson

França, 1956 - 90 min.

Subintitulada “O Vento Sopra Onde Quer”, citação do Evangelho Segundo S. João, a quarta longa-metragem de Robert Bresson baseia-se num facto real: a evasão de um homem, em 1943, de um forte de onde teoricamente qualquer fuga era impossível. Bresson aplica de modo ainda mais estrito os austeros princípios de realização do seu filme anterior, JOURNAL D’UN CURÉ DE CAMPAGNE: despojamento da imagem, escolha de actores não profissionais, cenários reduzidos, ausência de música de cinema (só a Grande Missa de Mozart), oposição entre monólogo e diálogo. Um extraordinário filme sobre a coragem, que também é um filme sobre o mistério da Graça. In cinemateca.pt


Violência escolar é "problema sério"

... apesar de o Governo o considerar residual. In Global, 24 Junho, pag 4


Empurrar e gozar não são práticas normais

"Quando se diz que indisciplina nada tem a ver com violência não estamos no bom caminho", Daniel Sampaio In Metro, 24 Junho, pag 2


Por uma reforma justa!

Salter Cid (SIM, é mesmo esse o nome. LOL) trabalhou 6 anos na PT ou Marconi...

Reclama agora que a sua reforma não está correcta.

17.900€ por mês é pouco, segundo o Sr.

É que trabalhar 6 anos é muito duro para poder gozar uma reformita tão pobrezinha.

Coitado do homem.

Vamos abrir uma conta solidária para ajudar este pobre reformado.

Quem alinha? Tiago Soares Carneiro In democraciaemportugal.blogspot.com, Junho 22, 8:12PM


Mais um empurrãozinho para o futuro radioso de Portugal

A Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) criticou hoje a existência de "questões extremamente elementares" no exame nacional de Física e Química A, realizado sexta-feira, considerando que algumas perguntas "exigem apenas que o aluno saiba ler".

Realizada por cerca de 54 mil estudantes do ensino secundário, a prova desta disciplina, nuclear para quem quer seguir Medicina, é uma das que conta com mais alunos inscritos.

Num breve parecer disponibilizado na Internet, exclusivamente sobre a parte de Química, a Sociedade salienta que "todas as perguntas [do exame] se ficam por questões extremamente elementares", criticando ainda a persistência na prova "de algumas questões já 'batidas' em anos anteriores".

Ressalvando não ter conhecimento dos critérios de correcção estipulados pelo Ministério da Educação, a SPQ lamenta igualmente a existência de "questões que pouco ou nada exigem de conhecimentos prévios em Química".

"Exigem apenas que o aluno saiba ler um texto ou os eixos de um gráfico", não precisando "sequer de ter grandes competências a nível da interpretação", critica a Sociedade, apontando como exemplo duas das perguntas da prova. In publico.pt, 23.06.2008, 15h31, Lusa


Matemática "demasiado fácil"

“Demasiado fácil”, “não é compensador do esforço”, “não havia nenhuma questão que permitisse distinguir um aluno de 18 de um de 11”, estes foram alguns dos comentários recolhidos pelo PÚBLICO entre os 45 estudantes do 12º ano do colégio Valsassina, em Lisboa, que hoje fizeram o exame nacional de Matemática A. Clara Viana idem, 16h53

2008/06/22

‘Clube Bilderberg - Os Senhores do Mundo’

Chamo-me Daniel Estulin. Sou o autor de ‘Clube Bilderberg - Os Senhores do Mundo’. Devido a algumas informações muito perturbadoras que temos recebido dos nossos amigos em Portugal, estou a escrever a todos os bloggers portugueses a pedir ajuda.

Recebi informações de alguém que trabalha para a Temas & Debates em Portugal que os editores receberam FORTES PRESSÕES de membros do governo PARA NÃO VENDEREM O LIVRO acerca do Clube Bilderberg. Aparentemente este apanhou mesmo o governo de surpresa e assustou-o. Têm medo que este se torne num fenómeno mundial. De facto, está a tornar-se num fenómeno mundial, uma vez que foi editado em 28 países e em 21 línguas.

Esta carta é um pedido de ajuda. Por favor enviem-na a qualquer pessoa disposta a lutar pela liberdade de expressão. O governo e o meu editor em Portugal, Temas & Debates, estão a tentar sufocar este livro porque têm medo que este possa criar uma base que se transforme num movimento populista em Portugal, como já aconteceu na Venezuela, na Colômbia e no México, nos quais a primeira edição esgotou em menos de horas e causou manifestações em frente das embaixadas dos EUA, algo que, como é óbvio e devido ao bloqueio da comunicação social, você não viu nem ouviu na televisão nem na imprensa nacionais.

Se não enfrentarmos estas pessoas da Tema & Debates e do governo, elas irão vencer esta luta e nós, o povo, ficaremos UM POUCO MENOS LIVRES E UM POUCO MAIS PODRES INTERIORMENTE.

Peço a todos aqueles que queiram ajudar que:

1. Apelem a todos os bloggers que por aí andam a telefonarem para a Temas & Debates e perguntarem o que se passa e a EXIGIREM que vendam este livro. Já contactei todas as pessoas que conheço pessoalmente e estas estão a organizar uma campanha de telefonemas e de envio de cartas PARA TELEFONAREM OU ESCREVEREM À TEMAS E DEBATES E EXIGIREM UMA EXPLICAÇÃO.

2. Estão dispostos a telefonar aos vossos contactos na imprensa, aos vossos amigos e aos amigos dos vossos amigos e verem se estão dispostos a publicar esta história e em ajudarem? O que o editor e o governo mais temem é O ESCRUTÍNIO PÚBLICO E A ATENÇÃO INDESEJADA.

Quantas mais pessoas telefonarem e assediarem o editor, e o governo, menos possibilidades terão eles de levar essa tarefa a cabo. Se não fizermos algo seremos tão só MENOS LIVRES NO FUTURO. É ESSE O OBJECTIVO DA BILDERBERG. MAS NÃO É ISSO O QUE EU QUERO PARA OS MEUS FILHOS.

Com base nas nossas fontes no Porto e em Lisboa, descobri que a muitas pessoas têm ido à FNAC à procura do livro mas que, de acordo com a FNAC, ‘o editor, por qualquer razão, não está disposto a vendê-lo.’

Posso dizer-lhes, por experiência própria em Espanha, que esta pressão funciona. Inicialmente a primeira edição foi de 4.000 exemplares que se esgotou num dia. A Planeta (a editora espanhola - nota do tradutor) estava a ser MUITO vagarosa no reabastecimento das livrarias. Organizamos uma campanha massiva na comunicação social na qual isto quase se transformou num ponto crucial para a liberdade de expressão. E funcionou. A Planeta cedeu, o livro avançou e actualmente foram vendidas mais de 65.000 cópias. Também podem divulgar este número na vossa página.

Além disso, estou a organizar uma série de seminários em Portugal para falar sobre os Bilderbergers e os Planos da Ordem Mundial. Esta atenção indesejada irá irritá-los profundamente. Os Bilderbergers são como vampiros. O que odeiam mais que tudo na terra é que a luz da verdade brilhe sobre eles. (recebido em e-mail)

Sibelius' Violin Concerto (movs 1&2)

2008/06/21

Vladimir Horowitz - Vers la Flamme - Alexander Scriabin

2008/06/20

NOSFERATU, EINE SYMPHONIE DES GRAUENS - “Nosferatu, o Vampiro”

De Friedrich Wilhelm Murnau

Alemanha, 1922 - 87 min.

“Quando chegou ao outro lado da ponte, os fantasmas vieram ao seu encontro”. Este célebre intertítulo de NOSFERATU, aliás apócrifo, abre as portas do cinema fantástico. A primeira e mais célebre adaptação do romance de Bram Stoker, Drácula, é uma das obras-primas máximas da história do cinema. É também o filme que mais nos gabamos de ter revelado, corria o ano de 1963, já lá vão 45 dos 86 anos de idade que NOSFERATU conta. Só na Cinemateca foram vinte e cinco exibições e, a partir dos anos 80, o filme foi programado por toda a gente em toda a espécie de adaptações. In cinemateca.pt

Comentário: a Cinemateca tem de ter mais cuidado. Apresentar um filme mudo que tem "interlúdios" em alemão e não os traduzir, não dá com nada. Claro que tal deveu-se a um problema técnico de última hora mas há que evitar que algo semelhante volte a acontecer. Já bastam as traduções mal feitas e incompletas...


Finalmente a verdade em português

Os líderes europeus admitiram hoje que, depois do “não” irlandês, também a República Checa poderá ter dificuldades para ratificar o Tratado de Lisboa, mas os 27 sublinham que não vão deixar cair o documento. O Presidente francês avisou mesmo que sem o novo tratado não será possível concretizar os alargamentos previstos – uma declaração que gerou mal-estar entre alguns Estados-membros.

A ratificação do Tratado de Lisboa na República Checa está envolvida num imbróglio jurídico, depois de o Senado ter anunciado a suspensão do processo até que o Tribunal Constitucional decida se o documento está conforme à Lei Fundamental do país.

Em ano de eleições, há também vários deputados, incluindo do partido no Governo, que se mostram reticentes em apoiar um tratado cada vez menos popular. E mesmo que o documento seja aprovado no Parlamento, o Presidente Vaclav Klaus, um eurocéptico, ameaça não assinar a lei de ratificação, por considerar que a vitória do “não” “matou” o Tratado de Lisboa.

Confirmando os receios dos líderes europeus, o próprio primeiro-ministro checo, Mirek Topolanek, afirmou no final da cimeira de Bruxelas que “não apostaria cem coroas no ‘sim’ checo” ao novo tratado europeu.

Além da República Checa, o processo está também em suspenso na Polónia, já que o Presidente conservador, Lech Kaczynski, tem em mãos há mais de duas semanas o tratado e ainda não o assinou. 20.06.2008 - 18h26 PÚBLICO, Agências


A ameaça francesa

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi mais longe e avisou os países de Leste que a UE não poderá concretizar os alargamentos previstos, em particular à Croácia, cuja integração deveria ocorrer até ao final da década. “Um certo número de países europeus que têm reservas sobre o Tratado de Lisboa são os mais favoráveis ao alargamento. Ora, sem Tratado de Lisboa, não haverá alargamento”, declarou.

O aviso de Sarkozy foi mal recebido pela Polónia, um dos países que, a par da República Checa, mais têm defendido a continuação da expansão das fronteiras da UE a Sul e a Leste. “A opinião de que sem o referendo irlandês se torna impossível a adesão da Croácia, da Sérvia ou da Ucrânia é inaceitável”, afirmou o primeiro-ministro, o pró-ocidental Donald Tusk. idem


Sonic Circuits - Festival of Experimental Music

Sonic Circuits - Festival of Experimental Music, de vento em popa desde 2001, organizado pelo American Composers Forum, de Washington. Dedicado à música experimental, vai de 26 de Setembro a 5 de Outubro de 2008.

«The Festival is the premier showcase in the mid-Atlantic region for cutting edge new music of all genres, from contemporary academic composition, free jazz, noise rock, electronic music, and audio art. The festival acts as a platform for artists to present new and challenging works, which are generally overlooked by more commercial venues.

Sonic Circuits - DC also provides an essential networking opportunity for DC area artists to meet artists from around the world so that they may forge new relationships that will form the basis for future collaborations. The festival seeks to expand the audience for experimental music and further foster the growth of the Washington area experimental music community». 20.6.08, In jazzearredores.blogspot.com
Guerra cirúrgica

Parece que esta coisa de acabar com o programa nuclear do Irão é mesmo para ir avante. Na verdade... Ponham-se no lugar dos israelitas com o presidente iraniano a dizer sistematicamente que Israel é para ser eliminado e pensem no que, se fossem israelitas e se pudessem, fariam. Não é que eu apoie Israel mas tenho de reconhecer o mérito de, rodeado de ditaduras e vizinhos hostis, conseguir ser uma democracia bem mais transparente e participada que a portuguesa.


Só fumaça

Israel simulou ataque a instalações iranianas, diz jornal.

Um funcionário do Pentágono, que segundo a reportagem foi informado do exercício, disse que um dos objetivos era praticar táticas de vôo, recarga de combustível durante o vôo e outros detalhes de um possível ataque contra as instalações nucleares do Irã. O funcionário, que falou sob a condição de anonimato, disse que uma segunda meta era enviar uma mensagem clara de que Israel está preparado para agir militarmente caso fracassem os esforços para evitar que o Irã esteja apto para produzir bombas.

Várias autoridades americanas disseram ao jornal que não acreditam que Israel tenha decidido atacar o Irã e que tal ataque fosse iminente.

O Conselho de Segurança da ONU impôs várias sanções contra o Irã por sua rejeição em cumprir com as exigências do órgão para que suspenda seu programa de enriquecimento de urânio, que poderia ser utilizado como combustível para usinas de energia ou para bombas atômicas.

O Irã tem se recusado a ceder diante das sanções e tem desestimado as propostas anteriores de benefícios econômicos em troca da suspensão de enriquecimento de urânio, que afirma ter como objetivos ter como objetivos produzir energia elétrica e não armas atômicas. In oglobo.globo.com, 20/06/2008 às 08h45m, O Globo Online/Reuters


A propósito de democracia e cultura

Exames portugueses de português

Em matéria de exames, há dois aspectos que são bem mais relevantes que os erros pontuais nas provas. Em primeiro lugar, toda a gente, excepto o GAVE, percebe que os exames estão, em geral, cada vez mais fáceis. Quem não sabe nada de nada pode sempre tentar a sua sorte em mal alinhavadas questões de "cruzinhas", não precisando sequer de saber escrever. Este caminho para o abismo da ignorância tem sido denunciado por muita gente. Mas o presidente do GAVE, num insulto à inteligência, retorquiu dizendo que não existem "perguntas demasiado elementares, mas sim de dificuldade diferente". O que fazer a não ser, talvez, dar gargalhadas?

O segundo aspecto é tão grave como o primeiro (quase apetece o trocadilho "tão GAVE"). Trata-se da linguagem tanto das provas como das "propostas" de correcção oficiais. É uma enormidade linguística e educativa que, num exame do 12º ano de Poirtuguês, apareça uma frase como:

"Para responder, escreva, na folha de respostas, o número do item, o número identificativo de cada elemento da coluna A e a letra identificativa do único elemento da coluna B que lhe corresponde".

Isto não é um exame a sério do domínio da língua, é uma charada.

Como fiquei sem saber para que serve este tipo de exames, fui ao sítio do GAVE:

"Os exames nacionais são instrumentos de avaliação sumativa externa no Ensino Secundário. Enquadram-se num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos e, paralelamente, revelam-se instrumentos de enorme valia para a regulação das práticas educativas, no sentido da garantia de uma melhoria sustentada das aprendizagens."

Fiquei na mesma. Alguém me decifra este arrazoado? Carlos Fiolhais em "Errar muito é desumano", no Público de 20 de Junho

E a matematicazinha...

A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. In publico.pt, 20.06.2008, 18h07, Lusa


O (novo) embaraço

Los Veintisiete reconocen que la República Checa no podrá dar su visto bueno hasta que se pronuncie la Corte Constitucional.
...
No obstante, es espera que lo tenga ratificado antes de fin de año. Según el ministro checo de Exteriores, Karel Schwarzenberg, "estaría muy bien que la República Checa lo ratifique de aquí al 1 de enero, cuando comienza nuestra presidencia, aunque hay ciertas cosas en el camino que podrían hacerlo difícil". "Supongo que la decisión de la Corte Constitucional tendrá lugar a comienzos de otoño y que el Tratado podría ser presentado al Parlamento en noviembre y ratificado en diciembre", ha explicado Schwarzenberg. "Es lo que creo y lo que deseo", ha concluido. ELPAÍS.com / AGENCIAS - Madrid / Bruselas - 20/06/2008
O Fim do Regime e o Tratado

O governo socialista está numa encruzilhada, diante da crise económica e social instalada e que não vai abrandar. Ou desce os impostos, mas com isso tem que remodelar o Governo e pode aguentar até ao fim da legislatura, ou, então, insiste na actual política de empobrecimento das classes médias e de destruição das PME e, desse modo, irá provocar uma crise política que, necessariamente, conduzirá, depois, a um governo de Bloco Central - uma inevitabilidade, para manter uma política de austeridade e uma polícia forte que mantenha a ordem nas ruas. Finalmente, sobre esse Bloco Central, pairará um Presidente da República mais interveniente e providencial. O problema é que esta deriva eanista de Belém pode bem, em vez de salvar o Sistema, arruinar o Regime.
...
Desde o princípio defendi que o modelo do tratado reformador, sobre o qual se basearia a União Europeia, não deveria ser mais que um enunciado de dez ou quinze princípios sobre os direitos humanos, sociais e económicos e uma arquitectura institucional básica da União, documento verdadeiramente constitutivo dessa nova realidade política, à qual os Estados-membros aderiam, ou sobre o qual se faria um referendo europeu.

Tudo o resto seria remetido para legislação regulamentar a ser aprovada nos órgãos legislativos da União Europeia: o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu.

Foi esta, aliás, a solução encontrada por Thomas Jefferson, quando o problema se colocou aos estados americanos, quando proclamaram a independência dos EUA e, também, não havia entendimento.

É certo que a ideia de uma "mini-Constituição" rompe com a tradição jurídico-constitucional francesa, na qual se inspiram os modelos continentais, nomeadamente a nossa. Mas, talvez seja o momento das elites políticas e académicas europeias, em vez de querem mudar o mundo, perceberem como ele funciona.

Acabou por vencer o pragmatismo. A Europa precisa de Tratado de Lisboa, ou seja, precisa de um modelo institucional que a torne mais operacional. A solução está à vista: os governos dos 27 continuarão as ratificações até ao final do ano e darão aos irlandeses condições exclusivas.

Era inevitável que a "Europa do directório" teria como contrapartida uma "Europa a várias velocidades".

Mas, isso não serve os propósitos hegemónicos de países como a Alemanha ou a França que, obviamente, querem, nas próximas décadas, ter uma palavra a dizer no mundo e que, para tanto, necessitam a União económica e politicamente relevante. Portanto, a questão do "minitratado" vai, mais tarde ou mais cedo, colocar-se: será a verdadeira Constituição da União Europeia e substituirá os tratados anteriores. Rui Teixeira Santos In semanario.pt, 2008-06-19, 23:13


Comentário

Se este regime de famílias e grupos estúpid@s e corrupt@s acabar, não vai deixar saudades. A questão é: o que vem substitui-lo e quem? Será uma boa altura para os Iberistas se assumirem e apresentarem as suas ideias.

Quanto ao Tratado, quem é que não tem consciência que o que na realidade está em jogo é o poder mundial, ou a procura dele, por parte da França e da Alemanha, já que UK se alia sempre aos USA, e assim será no futuro após o despedimento de Brown? Mas isso não é "o problema" pois a direita francesa é mais "esquerdista" do que, por exemplo, os socialistas portugueses. O relevante é a França não se prestar aos servicinhos da seita Bilderberg, da qual Angela Merkel e Barroso são seguidores convictos e Trichet um discreto apoiante.


É um problema...

"A Irlanda é um problema, mas se tivéssemos um segundo ou terceiro problemas, isso seria ainda mais difícil", acrescentou (Nicolas Sarkozy), a fim de sublinhar a necessidade dos parceiros irlandeses seguirem adiante.

Os dirigentes europeus, reunidos ontem em cimeira, tinham já decidido não fixar qualquer data limite à Irlanda ou a outros países para uma solução de saída de crise, após o "não" no referendo irlandês.

"É praticamente certo que não vamos fixar uma data limite, mas nem para a Irlanda nem para quem quer que seja", afirmou o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, cujo país assegura actualmente a presidência da UE.

Jansa falou após a primeira jornada de uma cimeira de dirigentes europeus.

Estes últimos concordam que deve dar-se tempo a Dublin para analisar as razões da rejeição do tratado, há uma semana, mas alguns temem que o resultado seja fatal ao Tratado, à imagem do que aconteceu com a Constituição Europeia, em 2005, depois do chumbo de franceses e holandeses. In ultimahora.publico.clix.pt, 20.06.2008, 12h57, Lusa


As reservas checas

(ou a parte que falta à peça do Público)

Las reservas checas impidieron ayer que los jefes de Estado y Gobierno de la UE llegaran a un acuerdo sobre cómo mostrar su determinación a salvar el Tratado de Lisboa pese al rechazo de los irlandeses en el referéndum celebrado la semana pasada. Salvado el escollo de las ratificaciones, lo que queda es buscar soluciones para Irlanda, que quedaría como único país fuera del Tratado. En este aspecto, los 27 dan tiempo a Irlanda, para que, tras realizar consultas internas y con el resto de miembros, proponga una solución. ELPAÍS.com / AGENCIAS - Madrid / Bruselas - 20/06/2008


El sueño de una Europa

El sueño de una Europa relamente social se ha esfuamdo ante una Europa politiquera, neo-esclavista, demagógica, clasista, que trocea a otros países (el caso yugoslavo), que mira hacia al este en alianza con Estados UNidos para cercar a Rusia (con sus intentos de extender la OTAN sobre Ucrania, Bielorrusia, Georgia, etc, etc. El sueño hitleriano de un gran imperio político a imitacion del sacro imperio romano-germáncio parece ser su objetivo a medio y largo plazo. Creo que olvidan las lecciones de la historia que ha sumido a la propia Europa en sangrientos conflictos. RAMÓN Nos comentários de elpais.com, 20-06-2008, 18:25:50h


PROVA DO 2º CICLO DE 2008 IGUAL À DO 1º CICLO DE 2007?

«Já algumas (muitas vezes) dissemos aqui que a ministra da educação pratica todos os dias o crime de condenar gerações a uma vida de dificuldades e um país à pobreza eterna. Isto parece exagero, mas aquilo que o ministério da educação faz é exactamente isso. E hoje vamos prova-lo com dados públicos.

O facto é que perante as acusações de andar a facilitar para ter bons resultados, a ministra continua a negar dizendo que está a obter as melhores classificações de todos os tempos a matemática. Isso parece inquestionável, mas de que matemática está ela a falar.

Pois bem, aqui o camarada Toni (por ter o filho mais velho envolvido em provas de aferição) foi investigar um pouco das provas de aferição que o Ministério da Educação da República Portuguesa realizou este ano e no ano anterior. Pois bem, este ano encontrou na prova do 2º ciclo (2º do preparatório, segundo indicação do camarada tourais) a seguinte questão(clicar para aumentar) para, imagino, que o ministério da educação avalie se os alunos do 2º ciclo sabem fazer contas com fracções a partir de um boneco.

Dir-me-á o camarada leitor que tudo isto lhe parece demasiado fácil para um(a) marmanjo que anda no 2º ano, já com barba quase a crescer ou soutien de copa C. E é, parece que o ministério anda mais à procura de ter bons resultados que aferir o que quer que seja. E até aqui só parece.

A ministra Maria de Lurdes pode sempre alegar que os técnicos (esses génios da ciência moderna conhecidos por revogar a lei de Lavoisier nos exames portugueses) acham que esta é a melhor forma de aferir os conhecimentos e que é completamente falso que se diga que o ministério anda à procura de bons resultados e não de educar quem quer que seja.

Mas, sejamos um pouco mais inquisidores e vejamos a prova de aferição do 1º ciclo em 2007 (4ª classe) que o camarada leitor poderá ver a questão 5 que para aqui copiámos(clicar para ampliar). Pois é, camarada leitor, o mesmo problema, com algumas variações, servia em 2007 para aferir dos conhecimentos dos alunos do 1º ciclo, não do 2º ciclo. Assim, este ano só se pedia nesta parte que os alunos do antigo 2º ano tivessem conhecimentos ao nível da 4ª classe.

E dir-me-á o camarada leitor “mas oh Toni, os tipos do 2º ciclo não devem saber as coisas do 1º ciclo” ao que aqui o camarada Toni responderá ao camarada leitor “oh, caramelo, quantas vezes na tua vida escolar tiveste essa balda?”.

O facto é que assim se demonstra que os serviços da ministra Maria de Lurdes andam a facilitar ostensivamente nas provas de matemática para que a gaja venha encher a boca com números que não correspondem à realidade do conhecimento dos miúdos.

Num blog sério, que não é claramente o nosso caso, estaríamos aqui a pedir a demissão da ministra que, como todos sabem, equivale a sair do ministério para um canto qualquer bem pago onde passará o resto da sua pequenina vida profissional. Como não somos, mesmo um blog sério, quero o couro da gaja! Quero que seja condenada a uma vida de doméstica, com um lenço na cabeça a lavar chão de joelhos!» In tonibler.blogspot.com, 30 Maio 2008, copiado para o blasfemias.net, 18 Junho, 2008 às 4:58 pm


Ainda a matemática...

Tenho vários amigos e familiares que são professores de Matemática. No final da manhã, a indignação tomou conta de todos eles após verificarem que a prova de Matemática do 9º ano era de uma facilidade extrema. Nunca tinham visto uma prova assim. Foi, sem dúvida, a prova de Matemática mais fácil da história dos exames em Portugal. O GAVE caiu no ridículo com esta prova. Perdeu a credibilidade que conquistou com o árduo e sério trabalho de Glória Ramalho. É de esperar que haja muito perto de 100% de positivas. Assim, anda-se a enganar os alunos e as famílias. Quando o ensino e os exames estão condicionados por agendas políticas e propagandísticas, quem perde é o país. Não era preciso ir tão longe para justificar os 9 milhões de euros gastos com o Plano da Matemática. Para saber se esse investimento teve algum retorno, é preciso esperar pelos resultados do PISA. Estes exames não têm credibilidade nenhuma e não permitem comparar nada. Estranha-se o silêncio da APM. Se é professor de Matemática, envie-me o seu depoimento... In professoresramiromarques.blogspot.com, 20 de Junho, 13:43


Parecer da SPM.


Antena 2 contaminada

Rui Pêgo e João Almeida habituados à lógica comercial das rádios por onde passaram, logo que foram postos a dirigir a Antena 2, não descansaram enquanto não a contaminaram de uma carga considerável de factores de poluição auditiva. Refiro-me à abundante e oca verborreia, ainda por cima numa deficiente e reles dicção, do inenarrável "Império dos Sentidos" (a propósito, já pagaram direitos de autor ao cineasta Nagisa Oshima?), a outras aberrações da grelha como "Fuga da Arte" e "Vias de Facto", e muito especialmente aos massacrantes jingles e sopts, disparados a todo o momento.

Um dos sopts que já deve ter passado milhares de vezes, desde que a grelha foi reformulada em Março último, é aquele em que puseram um trecho de uma composição de Bach, mais concretamente do Allegro inicial do concerto para violino e orquestra de cordas, BWV 1042, em cima do qual se nomeiam pintores, museus e salas de concertos, terminando com a indicação de uma frequência hertziana da Antena 2 e o slogan "Antena 2: a arte que toca".

Ora se a utilização de uma obra do divino Bach num spot promocional já revela uma certa leviandade e – porque não dizê-lo – uma sintomática falta de respeito e de deferência pelo superlativo legado do mestre de Köthen (digo Köthen porque foi nessa pequena cidade alemã que, entre 1717 e 1723, o genial Johann Sebastian compôs, para o príncipe calvinista Leopold, o concerto em causa e, bem assim, boa parte do seu acervo de obras instrumentais, de que destaco as suites para violoncelo solo), mais grave ainda é a repetição recorrente e sucessiva do referido spot.

E isso é feito quase sempre a intervalos de uma hora (às vezes menos), pelos locutores de continuidade, presumo eu que não por alguma obsessão sadomasoquista que deles se tenha apoderado (embora alguns evidenciem já terem adquirido um tique subliminar e mecânico, com as inevitáveis situações em que metem os pés pelas mãos), mas em obediência a ordens expressas da dupla Rui Pêgo / João Almeida.

Dois indivíduos que, imbuídos da euforia de quem descobriu a pólvora, se não têm poupado a esforços na "nobre missão" de "modernizar" a "vetusta" Antena 2, afastando profissionais de incontestada competência e preparação intelectual para dar lugar a imberbes e amigos medíocres e, como se isso não bastasse, introduzindo na antena uma série de "inovações" de que, em boa verdade, ela nunca precisou para prestar um serviço de reconhecida qualidade e que mais não são do que espartilhos que a não deixam respirar e que efectivamente apenas a têm reduzido a uma triste sombra do paradigma de excelência que já foi o seu timbre.

E uma das "inovações" introduzidas são precisamente os blocos promocionais, ao virar de cada hora, como que dando-se a entender aos ouvintes que optam pela Antena 2: «Ah! não querem ouvir os noticiários e os anúncios comerciais das outras, pois nem por isso se livram de gramar com umas boas cartuchadas de publicidade institucional e, claro está, os nossos spots autopromocionais.

Já os ouviram muitas vezes? Paciência. Os ouvintes das privadas também ouvem milhentas vezes os anúncios do BES e de outras banhas da cobra e não se queixam. O nosso conceito de serviço público é assim, e é para quem quer. Quem não está satisfeito vá dar uma volta ou ponha a tocar CDs!».

Agora falo eu: pois, pois, mas para tocar CDs eu não precisava de desembolsar a taxa do audiovisual (20.52 euros anuais + IVA), montante a que acrescem ainda avultadas verbas do Orçamento Geral do Estado (provenientes dos nossos impostos, directos e indirectos), ao abrigo do contrato de concessão de serviço público. Então, em que ficamos?

Presumindo que Rui Pêgo e o seu adjunto João Almeida não tenham uma resposta (razoável e convincente) para me dar, eu intercedo junto do Provedor do Ouvinte para que se digne apreciar este assunto. Devo dizer que até possuo uma razoável colecção de CDs (e ficheiros áudio) e é claro que não me faz mal nenhum dar-lhes uso frequente, mas enquanto contribuinte (coercivo) para a estação do Estado não abdico do direito que me assiste de reivindicar uma rádio livre das adiposidades que, além de serem perfeitamente inúteis e supérfluas, têm ainda a agravante de constituírem um insuportável factor de saturação e cansaço para os nossos ouvidos.

No caso concreto da sublime música de J. S. Bach, que serviu de mote a esta reclamação, eu jamais aceitaria que, por causa de uns irresponsáveis e ineptos, colocados por engano aos comandos da Antena 2, lhe ganhasse anticorpos de rejeição, por saturação e pela banalização e achincalhamento a que a mesma vem sendo criminosamente submetida. Tivessem escolhido qualquer coisa de Philip Glass que já não me queixaria de achincalhamento mas, em todo o caso, não deixaria de me insurgir contra a poluição sonora.

Em conclusão: que os actuais inquilinos da direcção de programas nos devolvam uma rádio clássica devidamente higienizada e limpa do lixo com que a conspurcaram! Ou então, se estão agarrados ao poleiro que nem lapas e não têm a hombridade de se irem embora pelos seus próprios pés, que a administração da Rádio e Televisão de Portugal e a tutela governamental tenham a clarividência e o bom senso de os apear e de entregar os destinos da rádio clássica a alguém mais capaz e competente. Álvaro José Ferreira (recebido por e-mail)

2008/06/19

Uma ministra esperta

Lurdes Rodrigues, escolhida para dirigir a portuguesa educação por José Sousa, engenheiro não reconhecido pela Ordem e artista que desenhou várias casas muito "típicas" que um dia voltaremos a ver, Lurdes Rodrigues, dizia, nunca frequentou o equivalente ao ensino secundário completo (do 10º ao 12º anos).

Lurdes Rodrigues fez o antigo 5º ano do liceu. Daí seguiu para o Magistério Primário, onde o requesito de entrada era exactamente o 5º ano do liceu. No Magistério Primário completou os dois anos necessários para poder começar a trabalhar, dois anos de estudo esses que a habilitaram para ser professora primária. Seguiu como cooperante para Moçambique, através da Frelimo, que naquela época estava no início da aplicação prática da "ditadura do proletariado", que por cá muitos teorizavam. Dessa época não temos notícias, mas podemos imaginar a cooperante Rodrigues cooperando com a Frelimo na educação revolucionária e no extermínio dos "reaccionários" e outros adversos ao regime da ditadura do proletariado.

Lurdes Rodrigues pôde assim juntar o saber prático da aplicação da ditadura do proletariado a outros saberes práticos variados que adquiriu nos anos que passou na Casa Pia, no Colégio de Santa Clara.

Voltou para Portugal e começou a dar aulas na "primária", entrando para o ensino superior ao abrigo das vagas criadas para professores, que para serem admitidos necessitavam do antigo 7º ano do liceu, que entretanto (imagino...) deve ter concluído. Portanto, na melhor das hipóteses, a actual ministra da educação entrou para o ensino superior com o equivalente ao 11º ano.

Desta maneira Rodrigues começou a frequentar o turno da noite de sociologia no ISCTE, instituto onde mais tarde faria o doutoramento e onde ficaria a dar aulas. Eu conheço bem o Iscte. Estive proposto a doutoramento no Iscte (ainda que a minha média de final de licenciatura não seja 16, nem, na altura, tivesse concluído sequer a parte curricular de um mestrado: qualquer professor(a)-doutor(a) pode propôr a doutoramento um aluno, ou qualquer candidat@, que entenda estar ao nível do referido grau). Assisti a duas provas de doutoramento nesta escola e a única coisa que me ocorre dizer é que se fossem apresentadas na Universidade Nova, por exemplo, não tinham, muito provavelmente, nem passado nem sequer sido aceites. No Iscte passaram por unânimidade, aclamação e louvôr. Em Portugal é o/a orientador/a do/a candidato/a a doutor/a quem escolhe os membros do júri da prova de doutoramento. Este factor é muito sintomático porque deixa tudo à mercê do maior ou menor rigôr de cada pessoa e de cada instituição e sabemos que existem pessoas e instituições sem escrúpulos éticos e científicos.

A única maneira de elevar o ensino superior em Portugal seria criar ciclos de avaliações bi-anuais, por exemplo, feitas por duas instituições internacionais diferentes que fossem variando de biénio para biénio, para se poderem cruzar os dados. Na Argentina, por exemplo, onde os professores universitários ganham substancialmente menos (e de que maneira...) que os portugueses, os professores têm de prestar provas públicas regulares onde apresentam os trabalhos publicados e as investigações feitas. Podem surgir outros candidatos. Se apresentarem melhores condições e maior nível que o titular da cátedra, agregado ou associado, ficam-lhe com o lugar. O ensino superior não pode ser um espaço de acomodação. É o ensino superior que forma os futuros governantes e "quadros" empresariais. A exigência tem de ser máxima a todos os níveis. Tem de ser um ensino dinâmico onde os seus profissionais se actualizam e investiguem. A criação de lugares de investigador pode fazer todo o sentido na física quântica ou na investigação médica. Nas "ciências humanas" não faz. O José Gil, por exemplo, que foi considerado por uma revista francesa como sendo um dos 24 pensadores mais relevantes da actualidade (há cerca de dois anos), é professor na Universidade Nova de Lisboa. Costuma dar as aulas todas e fica furioso quando os alunos chegam atrasados. Escreve artigos e livros considerados importantes pela comunidade internacional, participa em colóquios internacionais, é professor convidado em universidades estrangeiras e até, há muitos anos, organizou uma conferência internacional sobre estética da arte, que trouxe a Serralves, no Porto, os mais importantes pensadores da época, como François Lyotard. Concilia, ou conciliava antes de se jubilar, o ensino rigoroso e superior "de facto", com a investigação e actualização permanentes e a produção bibliográfica.

Comentário do Apache a este texto em ocartel.blogspot.com*:

O assunto que você foi escolher… Que texto polémico, Álvaro. Não é claro que a dona Lurdes tenha completado o liceu (6º e 7º anos), como não é claro que o Sousa o tenha feito. Logo após o 25 de Abril vários Institutos Superiores (como por exemplo o ISEC e o ISEL), ávidos de alunos, aceitaram candidatos com o 5º ano.

Quanto a diplomas superiores saídos na “Farinha Amparo” há-os “aos montes”, infelizmente não só em Portugal. Uma população com elevado nível intelectual não interessa ao poder. Assim, há medida que o acesso à escola e à informação foi ficando facilitado, foi surgindo a contra-informação, ou o contra-ensino, se preferir. Um ensino de qualidade estará sempre guardado para as elites, para nós mortais, haverá sempre um misto de verdade e mentira, que quando pende escandalosamente para o lado da mentira é desmascarado, nos restantes casos permanece como verdade.

Ciências exactas não existem. A matemática anda lá próxima, depois segue-se a física, depois a química, a biologia e por aí fora. Quando as “ciências exactas” se tornaram populares, a política criou as ciências humanas, porque o termo ciência conferia credibilidade às doutrinas que se criam impor. Ciência pressupõe método científico, isto é: observação, formulação de hipótese, experimentação, confirmação da hipótese que passa a tese ou não confirmação e alteração da hipótese com retorno à fase de experimentação. Hoje, as teorias estão tão em voga que até as “ciências exactas” constroem modelos computorizados com o único fim de confirmarem as teorias que dão jeito, fugindo à experimentação. Estes são tão distorcidos para confirmarem a teoria (hipótese) que amiúde são negados pela realidade. A título de exemplo, nos programas dos vários anos, da disciplina de Físico-Química, as teorias não confirmadas ocupam já quase 50% do tempo de leccionação.

* retirei o post do dia 1 de Junho, para o colocar mais adiante, e com isso perdeu-se o comentário original do "Apache" em O Cartel. O que aqui transcrevo é fiel e exacto dado que fiz um copy/paste do original.

Nota: este post foi colocado online dia 1 de Junho, neste blog e em mais outros dois, dia 1 de Junho em que, muito estranhamente, este blog, devido a supostos problemas técnicos (se clicarem duas vezes no contador abre-se a página das estatísticas onde poderão verificar) só teve duas ou três entradas. Por isso é republicado hoje, dia em que o jornal Público, na sua edição impressa, denuncia em primeira página os estratagemas que foram aplicados nos exames nacionais para elevarem os resultados dos alunos e consequentemente branquearem as estatísticas.


Ele recusa e recusamos todos!

No mesmo sentido foram as declarações do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, que recusou hoje a imposição à Irlanda de um calendário de saída para a crise, após o "não" em referendo. "[O chefe do governo irlandês] disse claramente que ainda não tem todas as respostas necessárias". "Eles precisam de tempo para reflectir", sublinhou Reinfeldt aos jornalistas, em Bruxelas, por ocasião da cimeira europeia que hoje tem lugar.
...
Em contrapartida, a chanceler alemã Angela Merkel indicou também hoje que "a Europa não poderá permitir a ela própria outra fase de reflexão. O Conselho Europeu deverá tomar uma decisão de princípio o mais rapidamente possível". "Precisamos de saber como vamos organizar as eleições europeias em Junho de 2009", acrescentou. In publico.pt, 19.06.2008, 12h21 AFP

Comentário: a Merkel (como o Barroso) foi escolhida pelos Bilderberg.


Brown leva o Tratado no bolso

Na frente interna, apesar da pressão a que esteve sujeito nos últimos dias (ontem, no Parlamento, o líder conservador David Cameron voltou a desafiá-lo a "matar" o Tratado de Lisboa, acusando-o de não ter coluna vertebral), Brown pode pôr um ponto final numa das questões mais melindrosas com que teve de lidar desde que substituiu Tony Blair em Downing Street.

A partir de agora, por mais que os conservadores queiram tirar partido da situação ou que boa parte da imprensa lamente que os britânicos não tenham tido o mesmo direito dos irlandeses a pronunciar-se sobre um tratado que detestam, a verdade é que uma decisão de Westminster é uma decisão de Westminster.

2. A questão seguinte é saber como é que Londres vai utilizar esta vantagem. Alguns analistas consideram que pode fazê-lo nos dois sentidos. Para ajudar a encontrar uma solução que volte a colocar a Irlanda a bordo e salve o Tratado de Lisboa; para bloquear qualquer cenário alternativo que passa por uma Europa a várias velocidades e/ou por uma exclusão da Irlanda.

Dizia ontem Hugo Brady, do Centre for European Reform de Londres, ao PÚBLICO que Brown fará tudo para impedir uma solução que passe por uma Europa a duas velocidades.

Com a exclusão da Irlanda e a formação de um "núcleo duro" em torno da França e da Alemanha que ponha em prática fora dos tratados as principais disposições do Tratado, incluindo no domínio da defesa, onde o Reino Unido é fundamental.

Esse é o cenário de pesadelo para qualquer governo britânico que seja pró-europeu. Fazer parte desse núcleo seria sempre uma enorme dificuldade, dada a tradição eurocéptica dos britânicos. Ficar de fora seria igualmente impensável para um país que é uma das grandes potências europeias e que não abdica de influenciar as grandes da União Europeia.

Mas, para já, Brown chega a Bruxelas em condições de não precisar de se opor à estratégia da maioria dos Estados-membros - prosseguir os processos de ratificação o mais depressa possível, enquanto se espera que Dublin apresente as suas próprias propostas de solução para a crise.

Ontem, no Parlamento, Brown garantiu que não haveria pressão sobre os irlandeses. Um compasso de espera sem data marcada é também o que mais lhe convém a nível europeu. Entretanto, pode ir tranquilamente para Bruxelas reivindicar as suas ideias sobre as reais prioridades europeias e aquelas que os pragmáticos britânicos mais gostam: que é preciso tomar decisões sobre as questões cruciais da economia, do preço dos combustíveis, da regulação dos mercados financeiros e do combate urgente às alterações climáticas. Por uma vez, é este também o discurso que os seus pares europeus querem fazer. Teresa de Sousa In publico.pt, 19.06.2008


Comentário

Pois... Gordon leva no bolso... E futuramente vamos a ver como se conciliam interesses inconciliáveis: de um lado UK, do outro a Alemanha e a França que, para esquecerem um passado de guerras e ocupações, dizem que formam um eixo... Depois há os peôenzitos... Aqueles que não "riscariam" nada no futuro se o Tratado de Lisboa fosse avante.


Mas que bem, que bem, que bem...

Mardi, en présentant la réforme de la politique militaire de la France, il a tenu à souligner que la "vocation" de l'Europe était d'incarner dans le monde un "idéal de paix et de liberté", "quels que soient les aléas institutionnels".

"J'en ai la conviction, c'est la vocation de la France de porter cet idéal de paix et de liberté. C'est la vocation de l'Europe de l'incarner dans le monde actuel", a-t-il ajouté.
...
M. Sarkozy et son équipe ont défini quatre sujets prioritaires pour la présidence européenne : la mise au point d'une stratégie de développement durable pour lutter contre le réchauffement climatique, l'adoption d'un pacte européen de l'immigration, la refondation de la politique agricole commune et la relance de la défense européenne.

Il a d'ailleurs rappelé cette dernière priorité mardi : "quel que soit l'avenir du Traité de Lisbonne, je ne changerai pas d'avis. J'entends faire de la politique de défense et de sécurité un exemple de l'Europe concrète, de l'Europe qui répond aux besoins des Européens".

La présidence française de l'UE sera ainsi "la première étape d'une véritable relance de la défense européenne pour les prochaines années", a promis Nicolas Sarkozy. Nadège PULJAK - AFP, In yahoo.fr, 19 Junho

2008/06/18

Quem manda no BCE?

Quem manda, afinal, no BCE? Luis Delgado In diariodigital.sapo.pt, 18-06-2008, 14:07

Quem manda no BCE?! Ha, ha, ha! Boa piada!

Talvez a Merkel, que foi escolhida pelos Bilderbergs.


Europa debe (ria...) respetar los derechos esenciales de los 'sin papeles'

El Parlamento Europeo debe pronunciarse hoy, en el marco del llamado proceso de codecisión, sobre la adopción de la directiva de retorno fijando un marco para la detención y expulsión de los extranjeros no autorizados a residir en alguno de los Estados miembros de la Unión. El fenómeno de las migraciones internacionales y los problemas de la acogida, la integración y el estatuto de los inmigrantes y de los refugiados son asuntos particularmente sensibles y complejos. Somos absolutamente conscientes de la dificultad que conlleva determinar en este terreno una política europea pragmática ante la situación social y económica de los Estados de la Unión, que sea aceptada por las opiniones públicas y que, al mismo tiempo, sea profundamente respetuosa con la dignidad y las libertades fundamentales de quienes intentan alcanzar una vida mejor en Europa.

Las garantías previstas para personas vulnerables son muy limitadas

Por este motivo, preferimos abstenernos de hacer juicios demasiado rápidos sobre las iniciativas europeas que se están estudiando en esta materia. Sin embargo, tampoco podemos ocultar nuestra inquietud sobre la pertinencia del proyecto de directiva de retorno que hoy se debate. En primer lugar, sobre la pertinencia de que el primer proceso de codecisión sobre inmigración sea un proyecto ligado a la represión, antes de que las condiciones de acogimiento y de integración de los extranjeros no comunitarios hayan sido debatidas y determinadas por los Veintisiete. Todo un símbolo que no parece de lo más oportuno para nuestros amigos de África, del Magreb o de Oriente Próximo. La pertinencia, sobre todo, del contenido del proyecto, que prevé varias medidas excesivas. La duración de la detención autorizada (18 meses) es totalmente desproporcionada en relación con el tiempo realmente necesario para organizar el retorno de un extranjero (que en Francia ronda una decena de días). La instauración de una prohibición de regresar a territorio europeo durante cinco años tiende a estigmatizar a las personas expulsadas como culpables de un delito por el que deben ser castigadas, y con el riesgo añadido de negarles el ejercicio futuro de los derechos esenciales, como el derecho de asilo o el de reagrupamiento familiar. Finalmente, las garantías previstas para el encarcelamiento o la expulsión de personas vulnerables (menores de edad, enfermos) son muy limitadas, por no decir casi inexistentes.

Las condiciones de privación de libertad y de expulsión de las personas afectadas, según las diferentes legislaciones nacionales, exigen que sea apreciado y evaluado con la máxima atención el necesario equilibrio entre las medidas represivas y las que garantizan una real protección de los derechos fundamentales de estas personas. Este equilibrio tiene que ser imperativamente preservado.

No parece ser el caso del proyecto que será sometido hoy al Parlamento Europeo. ¿No sería más sabio que los parlamentarios se abstuviesen de aprobar el proyecto en su estado actual? Parecería más oportuno pedir a la Comisión Europea -sobre todo a Jacques Barrot, nuevo comisario para estos asuntos- que vuelva a elaborar la directiva de retorno sobre unas bases más conformes con la idea que tenemos sobre cómo debe respetar Europa la dignidad de las personas. JACQUES DELORS / MICHEL ROCARD*, In elpais.com, 18/06/2008

* Jacques Delors es ex presidente de la Comisión Europea y Michel Rocard es ex primer ministro de Francia y diputado en el Parlamento Europeo.


El Parlamento Europeo aprueba sin enmiendas la directiva de retorno de 'sin papeles'

Los inmigrantes irregulares podrán ser retenidos durante 18 meses y los menores podrán ser expulsados

Los inmigrantes sin papeles que sean detenidos en suelo europeo podrán pasar hasta 18 meses retenidos en centros de internamiento mientras se tramita su expulsión. Podrán ser detenidos con una mera orden administrativa y una vez expulsados no podrán volver a la UE en cinco años. Los inmigrantes menores de 18 años no acompañados podrán ser repatriados. Así lo ha refrendado el Parlamento Europeo, que ha aprobado sin enmiendas -tal cual le llegó de los ministros de Interior- la llamada directiva de retorno de los inmigrantes, que pretende armonizar las distintas políticas sobre inmigración ilegal de los países miembros.

Finalmente, no ha prosperado ninguna de las enmiendas con que los socialistas pretendían suavizar un tanto el texto que les enviaron los Gobiernos. En particular, en lo referente a la expulsión de menores y la exigencia de que las órdenes administrativas de detención sean refrendadas por órdenes judiciales en menos de 72 horas. De los 662 diputados que han emitido sus votos, 369 han votado a favor del texto, 197 en contra y 106 lo han hecho en blanco.

El texto ha recibido el apoyo mayoritario del grupo popular europeo, incluida la delegación española, y de los liberales. Los socialistas han votado divididos, algo que ya se anunciaba desde ayer: los españoles, aunque defendían formalmente las enmiendas presentadas por su grupo, tenían la intención de votar a favor ?el Gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero, socialista, lo apoyaba. Los verdes e Izquierda Unitaria han votado si fisuras en contra.

El grupo socialista presentó ayer, primer día de debate, varias enmiendas, que han sido rechazadas hoy. De haberse aprobado alguna de ellas, la tramitación debía volver al comienzo: otros dos o tres años, que habrían dejado bloqueados 676 millones de euros del Fondo Europeo de Retorno para el periodo 2008-2013. Los Gobiernos, que ya dieron su visto bueno al texto sobre el que ahora co-decide el Parlamento, quieren ese dinero para financiar parte de sus gastos de repatriación de inmigrantes, por lo que habían presionado a los diputados para que le den luz verde. Una vez que sea publicada en el Boletín Oficial de la UE, los Estados miembros tienen un plazo de dos años para introducirla en sus respectivas legislaciones nacionales. Habrá un año adicional para introducir el punto que garantiza asistencia legal gratuita a los inmigrantes.idem, 20:19h
Belos tachos

Um dia li uma entrevista em que o ex-presidente Jorge Sampaio dizia não ter saudades da vida política. Imagino... Com uma bela reforma, com direito a carro, motorista e secretária pagos pelo Estado, claro que não tem saudades. E, para matar a monotonia da vida de reformado - e ganhar mais uns trocozitos - para além de Alto Representante da ONU aceitou ser administrador não executivo da Partex...


Este é que não faliu

“O antigo PR Jorge Sampaio é administrador não executivo da Partex, soube hoje o DN. A Partex é uma holding da Fundação Calouste Gulbenkian ligada às áreas do petróleo e gás, estando o Alto Representante da ONU para o Diálogo das Civilizações ligado à primeira”. MCF no DN d’hoje. Citizen Nos comentários em educar.wordpress.com, Junho 16, 2008 at 8:14 pm


Santiago de Chile

Los profesores chilenos, en paro indefinido desde este lunes en rechazo al proyecto de una nueva Ley General de Educación (LGE), llevaron hoy sus protestas al interior del Palacio presidencial de La Moneda. Actualizado 17-06-2008 20:05 CET

E isto é ainda mais importante pelo facto de ser no Chile que o Governo se inspirou para avançar com o seu inenarrável projecto de avaliação dos professores. In ocartel.blogspot.com, 17 de Junho, 9:57PM


Show off

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, rejeitou hoje no Parlamento o pedido da oposição conservadora para que declare «morto» o Tratado de Lisboa, após a rejeição dos irlandeses ao texto.

Na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, Brown disse que o Governo de Dublin solicitou mais tempo para analisar como responderá ao «não» dos eleitores da República da Irlanda no referendo realizado a 12 de Junho.

«Assim como respeitamos os irlandeses, deveríamos respeitar outros países» que realizam o processo de ratificação, disse o chefe do Governo britânico.

«E talvez devessemos também respeitar a Câmara, que também votou pela ratificação do tratado», respondeu Brown, face à insistência do líder conservador, David Cameron, para que o Governo trabalhista declare que o tratado está «morto».

«Se quer mostrar que o Partido Conservador mudou realmente, por que não muda a posição e apoia a UE?», perguntou.

«Nós estamos a favor da Europa, e vamos trabalhar por uma UE que ajude o Reino Unido», acrescentou.

Ainda hoje, a Câmara dos Lordes (alta) realizará a terceira e última leitura do Tratado de Lisboa, antes que seja sancionado pela rainha Isabel II. O Partido Conservador tinha pedido, antes do "não" irlandês, que fosse convocado um plebiscito no Reino Unido sobre o Tratado de Lisboa, mas, com a rejeição da Irlanda, os "tories" estão a favor de que o Reino Unido não ratifique o texto. O Governo trabalhista defendeu o tempo todo que não convocaria um plebiscito, por considerar que o Tratado de Lisboa é um texto diferente da Constituição Européia, rejeitada pelos eleitores franceses e holandeses em diferentes consultas. In diariodigital.sapo.pt, 18-06-2008, 16:24

Comentário: quem fala assim não é gago! Como todas as sondagens indicam que Brown perderá as eleições para Cameron, é porreiro (pá!) assinar o Tratado e deixar a batata quente na mão do senhor que se segue. Bem... se o Tratado chegar a batata quente...


RECITAL EM HOMENAGEM A GUILHERMINA SUGGIA (1885-1950), NO DIA DO 123º ANIVERSÁRIO DO SEU NASCIMENTO

Alexei Eremine- piano

Carolina Matos - violoncelista

Irene Lima - violoncelista

Miguel Fernandes- violoncelista

Paulo Gaio Lima - violoncelista

Ramon Bassal - violoncelista

Interpretarão obras de J. Brahms, L. Freitas Branco, R. Glière,
Krummer, Baden-Powell e K-ximbinho.

FÁBRICA BRAÇO DE PRATA

SALA NIETZSCHE

27 de JUNHO de 2008 - 22 horas

Morada: Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1

Lisboa (em frente aos Correios do Poço do Bispo)
Mudam-se os tempos...

2008/06/17

Tratar com pedófilos

A pedofilia é tipicamente o que a psicanálise define como perversão. Segundo a prespectiva de Jacques Lacan, as perversões são impulsionadas pelo gozo que os perversos experimentam na prática da mesma. Basicamente os perversos, ao contrário dos sempre atormentados neuróticos, não possuem "peso de consciência" porque é a quantidade (a qualidade é indistinta da quantidade porque para o perverso só há qualidade de vida com o aumento da quantidade, tornando-se a procura do "grande gozo" o seu projecto de vida) de gozo (que no perverso é indistinto de prazer) aportado pela prática da perversão. Por isso raramente os pedófilos procuram a psicanálise e quando procuram têm "fisgada" a sua futura defesa (um doente que, coitado, até procurou ajuda...).

Não há "ciência" que possa garantir que um pedófilo está "curado" pois a pedofilia não é da ordem da "doença" mas da ordem das perversões impulsionadas pela procura insanável do gozo.

Qualquer legislação que parta do princípio que a pedofilia é curável está a deixar as suas crianças à mercê dos perversos mais consistentes e prespicazes.


Morreu Esbjorn Svensson

Um mergulho fatal numa ilha nos arredores de Stockholm pôs termo à vida, no sábado passado, de um dos mais interessantes expoentes do jazz contemporâneo: o pianista sueco Esbjorn Svensson, que formou o célebre trio que porta o seu nome: e.s.t. Aclamado mundialmente pela sua irreverência e criatividade, os concertos do trio transformaram-se em grandes eventos comparáveis aos concertos rock. No entanto, apesar da fama, a Arte prevaleceu, e a grande qualidade artístico-musical não só se manteve como se ampliou. Um dos álbuns mais conhecidos do grupo é Strange Place for Snow, de 2002. Leucocyte, inesperadamente o último albúm com a participação de Svensson, estará disponível em Setembro, se tudo acontecer como estava previsto antes do falecimento do talentoso músico.


Só um?!

Michel Barnier, ministro francês das pescas e agricultura, admitiu hoje - segundo noticiou o Público Online - que há "um problema de confiança" com a Comissão Europeia. E mostrou-se algo céptico em relação ao processo negocial que se segue...


1 bilhete para 1 concerto

Dia 19 de Julho - 7,30pm

Barbican Hall (London)

Barbican Young Orchestra

Sir COLIN DAVIS, conductor

(vai para um leitor que reside em Londres)


Descubra as diferenças

No último relatório da OCDE sobre o desempenho dos alunos com 15 anos, a Finlândia atingiu (pela segunda vez) o primeiro lugar global, liderando nas Ciências e ocupando as segundas posições na Matemática e Conhecimento da língua materna. Na mesma listagem, Portugal ocupou, respectivamente, os 38.º, 31.º e 38.º lugares entre 57 países.

E as desigualdades entre os dois países vão muito além do que um relatório baseado numa prova, feita por alguns milhares de alunos, pode ajudar a pôr a nú.

No ensino básico, onde Portugal mantém uma taxa de reprovação ou desistência anual de 10%, correspondentes a 115 mil retenções, a Finlândia tem casos residuais. E enquanto apenas 6% dos finlandeses não prosseguem estudos (em cursos gerais ou profissionais) após a escolaridade obrigatória, só 49,6% dos portugueses com idades entre os 20 e os 24 anos (dados de 2006) têm o secundário completo e a taxa de retenção neste ciclo atinge os 24,6% anuais, correspondentes a mais de 80 mil alunos.

Uma escola inclusiva

O que distingue uma educação valorizada mundialmente pela sua “excelência” de um País que tenta recuperar de um crónico atraso em relação aos seus parceiros na União Europeia?

Os meios não chegam para explicar a diferença. Em termos de percentagem do PIB gasto na educação, existe uma diferença de meio ponto percentual, inflacionada pelo facto de o PIB finlandês ser bastante superior ao nacional, mas que ainda assim não envergonha Portugal na comparação com outros países da OCDE. E ao nível do vencimento, se um professor finlandês ganha mais sete mil euros do que um português no início da carreira, ao longo da vida profissional um docente nacional acaba por atingir 40 mil euros/ano, inacessíveis aos colegas nórdicos.

Poderia supôr-se um maior controlo da qualidade do trabalho docente. Mas a verdade é que a progressão na carreira baseada na avaliação dos professores, que tanta polémica tem causado em Portugal, ainda não chegou à Finlândia, onde os sucessos e fracassos costumam ser analisados, escola a escola, em reuniões.

E também não se pode falar em mais carga horária, já que os alunos do ensino básico portugueses passam bastante mais horas na escola do que os finlandeses - que vão para casa às três da tarde -, além de começarem a escola um ano mais cedo, aos seis anos, e terem mais disciplinas.

As maiores diferenças entre os modelos poderão assentar na filosofia educativa. Na Finlândia, o estudante pode passar todo o ensino obrigatório na mesma escola, já que há um único ciclo do básico. Os professores conhecem-no e intervêm precocemente quando há problemas. Em Portugal, a reprovação continua a ser a “solução” para muitos alunos com dificuldades, e é precisamente nas transições de ciclo que os números do insucesso se agravam. Bigbrother Nos comentários de educar.wordpress.com, Junho 16, 2008 at 10:19 pm


Simplicidade

Quem entra numa escola na Finlândia se espanta com a simplicidade das instalações. Era de esperar que o sistema educacional considerado o melhor do mundo surpreendesse também pela exuberância do equipamento didático. Na verdade, na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque, igual a centenas de outras do país, as salas de aula são convencionais, com quadro-negro e, às vezes, um par de computadores. Apesar do despojamento, as escolas finlandesas lideram o ranking do Pisa, a mais abrangente avaliação internacional de educação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O último teste, em 2006, foi aplicado em 400.000 alunos de 57 países. O Brasil disputa as últimas posições com países como Tunísia e Indonésia. O segredo da boa educação finlandesa realmente não está na parafernália tecnológica, mas numa aposta nas duas bases de qualquer sistema educacional.

A primeira é o currículo amplo, que inclui o ensino de música, arte e pelo menos duas línguas estrangeiras. A segunda é a formação de professores. O título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico. Dar ênfase à qualidade dos professores foi um dos primeiros passos da reforma educacional que o país implementou a partir dos anos 70, e é nesse requesito que a Finlândia mais tem a ensinar ao Brasil. Quarenta anos atrás, metade da população finlandesa vivia na zona rural. A economia era dependente das flutuações do preço da madeira, já que 55% das exportações vinham da indústria florestal. Além dos bosques que cobrem 75% do território, o país só tinha a oferecer sua mão-de-obra barata. Os finlandeses emigravam em massa para vizinhos ricos, como a Suécia, em busca de melhores condições de vida. Preocupados com a má qualidade das escolas públicas, os pais estavam transferindo os filhos para instituições privadas de ensino. Em alguns desses aspectos, a Finlândia se parecia com o Brasil. A reforma educacional colocou a qualificação dos professores a cargo das universidades, com duração de cinco anos. Hoje, a profissão é disputadíssima (só 10% dos candidatos são aprovados) e usufrui grande prestígio social (é a carreira mais desejada pelos estudantes do ensino médio).

O segundo passo da reforma, em 1985, foi descentralizar o sistema de ensino. Por esse conceito, o professor é o principal responsável pelo desempenho de seus alunos: é ele quem avalia os estudantes, identifica os problemas, busca soluções e analisa os resultados. O Ministério da Educação dá apenas as linhas gerais do conteúdo a ser lecionado. “Isso só é possível porque os professores recebem um treinamento prático específico para saber lidar com tanta independência”, disse a VEJA Hannele Niemi, vice-reitora da Universidade de Helsinque, que trabalha com a formação de professores há três décadas. O currículo escolar também é flexível, decidido em conjunto entre professores, administradores, pais e representantes dos alunos. A cada três anos, as metas da escola são negociadas com o Conselho Nacional de Educação, órgão responsável por aplicar as políticas do ministério. “Queremos que os professores e os diretores, que conhecem o dia-a-dia da escola, sejam responsáveis pela educação”, diz Reijo Laukkanen, um dos membros mais antigos do Conselho Nacional de Educação.

O governo finlandês faz anualmente um teste com todas as escolas do país e o resultado é entregue ao diretor da instituição, comparando o desempenho de seus alunos com a média nacional. Cabe aos diretores e aos professores decidir como resolver seus fracassos. Esse sistema tem o mérito de fazer com que os professores se sintam motivados para trabalhar. A reforma educacional finlandesa levou três décadas para se consolidar. Pouco a pouco, as crianças voltaram a ser matriculadas nas escolas públicas e as instituições privadas foram incorporadas ao sistema do estado. Hoje, 99% das escolas são públicas e o aluno conta com material escolar, refeições e transporte gratuitos. Cerca de 20% dos estudantes recebem algum tipo de reforço escolar, índice acima da média internacional, de 6%. “Quando um aluno repete, perde toda sua motivação, torna-se amargo e pode até apresentar resultados piores que na primeira tentativa”, diz Eeva Penttilä, do departamento de educação da cidade de Helsinque.

O sucesso da educação finlandesa é, em parte, fruto das características únicas do país. A população, de 5,2 milhões de habitantes, é relativamente pequena e homogênea. idem, Junho 16, 2008 at 10:22 pm


Rádio WNUR

No blog Through the Wire, oportunidade de ouvir, descarregar para o disco e encher os leitores de mp3 com as emissões do programa da rádio WNUR de Chicago, The Jazz Show. Sessões alargadas de jazz e blues de Chicago e não só, com a duração média de duas horas e meia. Na mais recente emissão, de 10.06.2008, pode ouvir-se Kalaparusha Maurice McIntyre, Hassan Hakmoun & Adam Rudolph, Charlie Jackson, Shot x Shot, Indigo Trio (Nicole Mitchell/Harrison Bankhead/Hamid Drake), Herculaneum, Trio Arc (Mario Pavone, Paul Bley, Matt Wilson), Jeb Bishop Trio, Roy Campbell Ensemble, Robert Pete Williams, Ali Farka Toure, Amina Claudine Myers e muitos outros artistas. In jazzearredores.blogspot.com, 17.6.08


Official 2008 Bilderberg Participant List

2008/06/16

Da arte de fazer figura*

Em conferência de imprensa conjunta realizada com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, Brown reconheceu que é necessário um «curto período de reflexão» para que os irlandeses possam apresentar as suas propostas sobre a melhor forma de ultrapassar o problema.

A República da Irlanda é o único membro da UE a submeter o Tratado de Lisboa a referendo.

Segundo Brown, ficou «muito claro» que, legalmente, o texto não pode entrar em vigor até que seja ratificado pelos 27 Estados-membros da UE. In diariodigital.sapo.pt, 16-06-2008, 16:34

Um

Conferência de imprensa de Bush... que vai desaparecer de cena... com Brown que pouco mais ficará nela.

Dois

O sair de cena de Brown coincidirá com a entrada em cena daqueles que NUNCA ratificariam o Tratado.

Três

Como Brown deixou "muito claro", e é verdade, que o texto do Tratado não pode entrar em vigor ANTES de ser assinado pelos 27...

Quatro

... e como UK quer fazer, por uma vez na vida, figura de europeísta empenhado...

Cinco

... vai assinar um Tratado que sabe que NUNCA vigorará.

* "semblante", para utilizar terminologia da psicanálise de Jacques Lacan.
O presidente divertido

2008/06/15

Prokofiev Sonata No. 6 Op. 82 (finale)
Suposta origem histórica da seita Bilderberg
Augusto Santos Silva: Bilderberg!
'More undemocratic than ever'

After Irish voters rejected the Lisbon Treaty in a referendum - effectively killing off plans for a European superstate - the Prime Minister defiantly pledged to continue ratification.
...
Britain's Europe Minister Jim Murphy yesterday caused irritation in Dublin by saying it was Ireland's responsibility to solve the impasse caused by the 53.4 per cent No vote. 'The Irish government need to tell us how they think we should be taking this forward,' he said.

William Hague, the Shadow Foreign Secretary, said if leaders failed to heed the Irish result it would show that the EU was 'more undemocratic than ever'. In dailymail.co.uk, 2:17 AM on 15th June


57.82%

O Figaro ( jornal francês de prestígio) de hoje, Domingo, faz notar que uma sondagem aos seus eleitores franceses, a maioria (57.82) são a favor do Referendo do Tratado de Lisboa em França, enquanto 42,18% são contra o Referendo. A amostra baseou-se em 21.649 votantes. Resulta que os franceses não vão ficar quietos... Helder Verissimo, Porto, 15.06.2008, 17h44, Nos comentários do publico.pt
Ó Bama! Tens alguma conexão com a seita Bilderberg?

"Ratificación no puede continuar"

El presidente checo, Václav Klaus, ya ha dejado bien claro que el proceso del Tratado de Lisboa terminó con la decisión de los irlandeses "y su ratificación no puede continuar". ANDREU MISSÉ In elpais.es, 15/06/2008


"Está despertando un gran malestar"

"En la Unión Europea está despertando un gran malestar entre la población porque existe la percepción de que se está desmontando el Estado de bienestar y el Estado democrático por la puerta de atrás", señala una fuente comunitaria. idem


À atenção de todos!

À atenção de todos : “Clube Bilderberg, os Senhores do Mundo”, do escritor espanhol Daniel Estulin, editora Temas e Debates, PRESSIONADA pelo GOVERNO para a não publicação do livro em Portugal. É urgente conhecer e denunciar o que o “governo sombra” do planeta forja, à revelia da vontade de todos os seres humanos. Personalidades da alta finança mundial, políticos e poderosos, reunem regularmente, à porta FECHADA, para decidirem o NOSSO FUTURO! Surpresas atrás de surpresas nos Portugueses envolvidos, à cabeça Pinto Balsemão! Informemo-nos, NÃO PODEMOS IGNORAR. maria ana Nos comentários de educar.wordpress.com, Junho 15, 2008 at 2:12 am


Referendo em UK

A medida que pasan las horas, la dimensión de la crisis se agranda. El primer ministro del Reino Unido, Gordon Brown, "está recibiendo crecientes presiones de la oposición, su propio partido y de los medios de comunicación para que no siga con el proceso de ratificación y convoque un referéndum", comentan medios diplomáticos británicos. In elpais.es, 15/06/2008


Opaca (e cinzenta) UE

O ministro do Interior alemão, Wolfgang Schaeuble, propôs hoje a eleição directa do futuro presidente do Conselho Europeu para superar a crise da União Europeia após o "não" ao Tratado de Lisboa no referendo irlandês.

"Sou a favor de elegermos um dia o presidente do Conselho Europeu, essa futura personalidade dirigente, em eleições europeias", disse Schaeuble em declarações publicadas hoje no semanário "Welt am Sonntag".

O Tratado de Lisboa contempla a eleição de um presidente do Conselho Europeu pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, com um mandato de dois anos e meio.

O ministro democrata-cristão afirmou na mesma entrevista que os cidadãos da União Europeia "não gostam de alguns aspectos da política em Bruxelas porque estas não são suficientemente transparentes".

Schaeuble, que em 1994 foi um dos ideólogos de uma Europa a duas velocidades, em que os países dispostos a aprofundar a integração europeia se pudessem agrupar e decidir à margem dos restantes Estados-membros, considerou também que o resultado do referendo na Irlanda não deve ser sobrevalorizado.

"Claro que temos de levar a sério a votação dos irlandeses, mas não é possível que escassos milhões decidam por 495 milhões de europeus", disse o ministro alemão, mostrando-se convicto de que na cimeira de chefes de Estado e de governo, quinta-feira e sexta-feira, em Bruxelas, "haverá uma clara maioria" a favor do prosseguimento da integração europeia.

Os irlandeses recusaram por maioria (53,4 por cento) o Tratado de Lisboa, assim baptizado depois de ter sido assinado a 13 de Dezembro de 2007, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, pelos líderes dos 27 Estados-membros.

O Tratado, que tem de ser ratificado por todos os países da UE para entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2009, destina-se a substituir a Constituição Europeia "chumbada" nos referendos na França e na Holanda em 2005.

O documento, de quase 400 páginas, já foi ratificado por via parlamentar em 18 países e só a Irlanda o submeteu a referendo, por imposição constitucional.

Entre os países que ainda não ratificaram o Tratado de Lisboa estão alguns dos chamados euro-cépticos, que mais dificuldades levantaram durante a respectiva redacção, como o Reino Unido, a Checoslováquia e a Polónia.

O documento é considerado fundamental para tornar mais eficazes as instituições comunitárias e para conferir maior peso à UE a nível internacional, rectificando as principais imperfeições do Tratado de Nice, aprovado em 2000 e ainda em vigor. In publico.pt, 15.06.2008, 12h31 Lusa


De Copenhaga a Estocolmo de comboio

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros.

A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais seriam mesmo uns tontos.

Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos, nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.

Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um).

Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária. Cabe ao Governo reflectir. Cabe à Oposição contrapor. Num fórum em saladosprofessores.com, Junho 14, 2008, 05:29