2008/05/20

CORAGEM PORTUGUESES

A

... Vós, ó portugueses da minha geração que, como eu, não tendes culpa nenhuma de serdes portugueses. (...) Gritai nas razões das vossas existências que tendes direito a uma pátria civilizada. (...) O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades.

Almada Negreiros, Ultimatum Futurista (Manifesto às Gerações Portuguesas do Século XX, 1917) in mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com, 19 de Maio, 18:08


Engenharia social...

As ciências sociais não são nem podem ser, por motivos éticos, ciências experimentais. Segue-se que não é possível refutar uma teoria através do método experimental. E não sendo possível refutá-la pelo método experimental, também não é possível refutá-la de forma clara e imediata por método nenhum. Os cientistas sociais deviam ser os primeiros a reconhecer as poucas certezas que existem sobre o conhecimento que possuem e a serem conservadores nas suas propostas práticas. Mesmo que eles acreditem que a fusão entre o 1º e 2º ciclos do ensino básico é desejável, porque raio é que propõem uma remodelação do sistema de ensino? Uma remodelação do sistema de ensino afecta toda a gente de forma involuntária. Porque é que não fazem uma proposta mais conservadora, limitada e com menos riscos de conduzir ao desastre? Por exemplo, porque é que não defendem liberdade de ensino que permita aos diversos sectores da sociedade experimentar de forma voluntária (e necessariamente limitada) as diversas propostas que existem sobre o assunto? in blasfemias.net, JoaoMiranda em 20 Maio, 12:18 pm

A continuação do "impto reformista" na educação procura mascarar a total e completa falência de todas as políticas que foram desenvolvidas para o sector e que são no mínimo cretinas, para não dizer criminosas. A senhora Lurdes Rodrigues (ex-professora do ensino básico que omite isso do respectivo curriculum), com a avalanche de reformas (contando, no início, com o silêncio cúmplice dos sindicatos), estava à espera que a "coisa" passasse e que os prof's se mantivessem anestesiados e quietinhos, como estava a acontecer até ela, ex-professora do ensino básico, entrar em acção. Teve azar: os sindicatos arriscam-se a ficar reduzidos às direcções mais uns poucos de "crentes", os professores encontram organizações alternativas não controladas pelos partidos (ao contrário dos sindicatos que estão totalmente presos às agendas dos partidos que os controlam), e a ministra fica a falar sózinha acompanhada dos sindicalistas profissionais, mais o seu Entendimentum. Provavelmente o Sr. Sousa vai pedir à senhora Rodrigues que, por cansaço, disponibilize o lugar antes do início do periodo eleitoral, que grosso modo corresponde ao re-início da contestação dos professores, "e tudo o vento levou", restando conflitos e tensões que levarão anos a dissolverem-se. Então, o Sr. Sousa dirá, em pleno periodo eleitoral, que este governo soube dialogar e escutar as partes...


Expo 98...

# ideiafixa Diz:
20 Maio, 2008 às 5:03 pm

Como a Expo 98 foi um projecto bem sucedido, principalmente o aluguer dos barcos para alojamento, seguiu-se outro projecto estrutural - os 10 estádios do Euro 2004.
A seguir vem o aeroporto e o TGV que também serão estruturais.
Se não fossem projectos como estes ainda estavamos na cauda da Europa.


balde-de-cal Diz:
20 Maio, 2008 às 9:42 pm

25% da população é pobre e miserável. a restante está na fila de espera


J Diz:
20 Maio, 2008 às 9:55 pm

Para quem não sabe, por cada 1m49 euros de gasolina sem chumbo 95, cerca de 80 centimos de euro vão para o Sr. Teixeira dos Santos alimentar os Rendimentos Mínimos, as Reformas do Sr. Silva e os projectos de consultadoria da Ota!


Anónimo Diz:
20 Maio, 2008 às 10:49 pm

O Sr.Presidente da Golpe Energia também tem uma tese que eu gostava que o João Miranda tivesse ouvido.

Diz ele que as “marcas brancas”, (supermercados, revendedores independentes) são em muito maior quantidade em Portugal que em Espanha.
Como a procura tem diminuido, estes revendedores vêem diminuídas as suas receitas, por isso aumentam mais o preço VP. Como há mais em Portugal, isso explicaria o PVP mais alto em Portugal que Espanha.

Nota: não me pareceu que se tivesse rido quando disse isso, por isso acho que não estava a brincar e como não corou, ou estava mesmo convencido do que dizia ou é um bom actor. Deve ser apenas um bom actor, porque não me consta que o tivessem despedido imediatamente por incompetência.


caodeguarda Diz:
20 Maio, 2008 às 11:33 pm

Pois… gostava de ver um boicote… o Sr. Silva quando era PM resolvia-os à bastonada… sempre queria saber como os resolveria agora… (comentários em blasfemias.net)


Luisa Novo Diz:
Maio 20, 2008 at 9:54 pm

“O Coordenador do Observatório da Segurança Escolar, João Sebastião, alertou, esta terça-feira, para o facto de existirem alunos com 13 ou 14 anos em escolas do 1º ciclo do ensino básico, e considerou que isso leva a «situações de conflitualidade grave».

No ano lectivo de 2006/2007, das escolas em que se registaram ocorrências graves ou muito graves de violência, «duas ou três são do 1º ciclo [antiga escola primária]», revelou o coordenador à margem da audição parlamentar «Violência/Segurança nas Escolas», que decorreu esta terça-feira na Assembleia da República.

Um caso grave ou muito grave sucede, nas palavras de João Sebastião, quando «um aluno mais velho (13 ou 14 anos) entra numa escola e agride violentamente um aluno pequeno (6, 7 ou 8 anos)».

«Esses alunos deviam estar - e é uma directiva do secretário de Estado feita em 2005 ou 2006 - no sítio certo. Deviam acompanhar o grupo de idade. O problema é que as escolas fizeram ouvidos moucos à sugestão», defendeu.

«Os agrupamentos escolares têm recursos para dar aulas aos alunos onde eles deveriam estar. Até porque, não é só um aluno que não sabe ler e escrever, ou que tem grandes dificuldades. São muitos. Esses muitos dão um grupo numa escola de 2º ou 3º ciclo», disse.

João Sebastião defende que este tipo de estudantes poderá, numa escola de 3º ciclo, «ao mesmo tempo que aprende a ler e a escrever, frequentar um Curso de Educação e Formação (CEF) ou fazer parte de um Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), por exemplo».

Eu gostava que este senhor me dissesse quantos casos conhece com 13 e 14 anos em escolas SÓ de 1º ciclo. É que alunos de 6 anos misturados com alunos de 13 e 14 conheço, mas é nas EBI, e de acordo com o depoimento deste post, é no que querem apostar. (nos comentários em educar.wordpress.com)