2008/05/29

Porque não houve uma guerra...

Pessoalmente - e isto não é de todo original pois o José Gil, que foi meu professor de Filosofia Moderna e de Estética na faculdade, sujeito com quem aliás me dava pessimamente, disse o mesmo, utilizando outras palavras - acho que a Podridão Portuguesa é um charco de água estagnada que o é devido ao facto de nunca ter sido abalado (o charco podre), espartilhado, desestruturado, desconjuntado, destruído, por uma guerra a sério. Portugal foi sempre sobrevivendo com a sua mediocridade, na sua paz mal cheirosa, porque é periférico e nada tem que interesse a ninguém.

Se, por um terrível acaso da má sorte - para os portugueses, romenos e búlgaros, sobretudo, mas também para os italianos e gregos - os Irlandeses votassem Não (ao Tratado) e de seguida o governo alemão fosse obrigado a fazer um referendum à sua continuação na zona Euro (um estudo revelou que duas terças partes dos alemães querem abandonar o Euro e voltar ao Marco), a UE ruiria como um castelo que nunca existiu. A Crise entraria com toda a força em Portugal onde começariam sublevações espontâneas que resultariam, eventualmente, em guerra civil. Imaginem que divertido iria ser...


Apoiante da ministra da educação

Ex-presidente de junta pelo PSD. Teve um processo disciplinar numa escola que parece ter sido arquivado. São as VTPC (Very Typical Portuguese Connections)... Consta que a senhora, uma portuguesa-concerteza, professora por casualidade e farmacêutica de rendimento, recortava as notícias dos óbitos das pessoas que tinham um apelido igual ao dela e faltava às aulas ao abrigo de um artigo que justificava as faltas d@s professor@s por nojo de familiares (parece que agora, também por culpa desta espécime, @s professor@s são penalizados até quando vão aos funerais dos familiares directos...). A senhora, portuguesa ora essa, é uma discreta apoiante das políticas da ministra da educação...

Mais apoiantes

Toda a Escória Variada que tem contribuído para a aplicação do eduquês que destruíu o país - algumas/uns perseguiram professor@s, alguns/umas assessoraram Comissões Executivas, tod@s com um olho nos cargos e outro no "título", se ainda não o conseguiram porque afinal o grau de "professor-titular" foi inventado exactamente a pensar nel@s, ratazanas dos cargos - apoia a ministra da educação. Muito discretamente, claro. Não vá o diabo tecê-las...

Ex-Ese's (ex-alunos das Escolas Superiores de Educação e similares nas universidades) que entretanto fizeram mestrados em gestão escolar. É conhecida, e já legendária, a má formação inicial ministrada pelas Ese's. Quem quer ir para gestor vai para a Universidade Nova, para o ISEG, para a FEUP, para a Católica... onde se ministram cursos de gestão a sério. Tem é de conseguir entrar.... Quem quer ser gestor não vai para uma Ese para de seguida fazer um mestrado em gestão escolar, que é como entrar pela porta do cavalo no mundo da gestão e administração. Estes ex-Ese's, que entretanto arranjaram a sua "vidinha" fazendo uma mestradozinho em gestão e administração escolar, apoiam, evidentemente, a ministra da educação, que os vai transformar de míseros "professorzecos" em "gestores".

Escusado será dizer que tudo isto vai acabar mal e aos berros. Sobretudo porque o anterior modelo, democrático, funcionava bem (a democracia é o melhor entre os modelos imperfeitos, dado que o "perfeito" não existe) e porque não é com pseudo-gestores que se vai atacar os "cancros" do sistema educativo português, como a indisciplina. É com políticas educativas muito diferentes das actuais!