2008/05/22

O meu primeiro concerto rock

Era um miúdo de 14 ou 15 anos mas fazia parte da Comissão Executiva de um movimento de jovens revolucionários. Vinha todos os fins de semana a Lisboa para as reuniões da "executiva". Um desses fins de semana apressamos os trabalhos para irmos a um "grande concerto" de uns tipos que eu nunca tinha ouvido falar*. Foi num pavilhão em Cascais, se não estou em erro. Para mim, que tinha estudado piano "clássico", era tudo meio exótico mas lá fui (na verdade, naquela época, há muito que tinha abandonado o piano por ser uma actividade da "burguesia" e eu era um proletário, espécie de escravo na construção civil para onde fui com o intuíto de me "proletarizar". Para um proletário, autêntico como eu era - apesar do "proletário genuíno" que dirigia o Comité Regional do "partido", CR ao qual infelizmente também pertencia por "ter de ser", me chamar "pequeno-burguês" - um concerto rock era algo fora do "programa"...). Não me concentrei muito porque ao meu lado estava uma linda menina loura de olhos verdes, ou azuis ou azul-esverdeados, que não me deu sossego. Na altura eu era lindo. Mas era um "anjolas"... Não se passou nada. Perdi a "miúda" e perdi o concerto. * de nome The Clash


Galp muda de ideias e não aumenta preços de combustíveis

A Galp decidiu não aumentar os preços dos combustíveis a partir das 00:00 desta quinta-feira, contrariando o que anteriormente estava previsto, noticia a SIC, citando uma fonte da administração da empresa.
A estação de televisão refere que os aumentos chegaram a ser comunicados ontem aos revendedores por via de e- mail ou SMS e cifravam-se em três cêntimos no gasóleo, dois cêntimos na gasolina sem chumbo 95 e cinco cêntimos no gasóleo agrícola.

Este teria sido o 18º aumento dos preços por parte da Galp desde o início do ano. Também este ano, a empresa apenas reduziu os preços por três ocasiões. in diariodigital.sapo.pt, 22-05-2008 12:06:13

Lindos meninos estes do Golpe, perdão, da Galpe, digo Galp...


Espiral do subdesenvolvimento social

É a espiral do subdesenvolvimento social, com a benção da governação socialista e os seus anexos: os professores devem ficar mais tempo nas Escolas para poderem tratar de todos os assuntos relacionados com as proles alheias. Só que, acontecendo isso, a suas proles próprias também precisam de quem os acolha. E quem desempenha essa função, sejam educadoras ou outros professores, também precisam do mesmo.

Como uma cebola que tem sempre mais uma casca.

Se os pais professores são obrigados a ficar 9-10 horas nas suas escolas, a criançada precisa de ficar 10-11 nos seus infantários, creches e escolas. E por aí adiante.

Há quem diga que a vida é mesmo assim.

Pode ser, mas não é grande vida… in educar.wordpress.com, Maio 20


Ideias do secretário Almeida

Vejamos pois as ideias fundamentais do Presidente da Confap/Secretário de Estado da Educação Almeida para salvar a Educação Nacional, nomeadamente o nicho de mercado das ESE«s:

A Confap já «há muito» que dizia isto tudo e se mais houvesse no estudo mais teria dito antecipadamente.

A Escola deve basear-se fundamentalmente no Ler/Escrever/Contar do antigamente, mais umas Expressões. Nada de coisas esquisitas como geografias ou histórias. Não deve existir um só professor na sala de aula, mas três ao mesmo tempo. Cada um a dar a sua matéria. Giro. Fazem isso nos infantários. Agora parece que será até aos 12 anos.

Nas ESE’s já se formam professores de Português/Inglês por isso não há problema para o primeiro ciclo de escolaridade de seis anos. Coloca-se lá um professor a ensinar as Letras, e até o Inglês, outro a ensinar os números e mais um para as expressões. Não sei que outros professores formarão as ESE’s mas acho que se esgotaram os de Português/História, os de Português/Francês e não se percebe se existe um curso sub-generalista de Expressões Ao Molho.

A seguir deve arrumar-se o 3º Ciclo por «áreas» juntando, por exemplo, História, Geografia e Ciências numa única «área». O Presidente/Secretário de Estado Almeida aproveitou para exemplificar que, ao contrário da «jovem» jornalista, no tempo dele era assim. Como em ocasiões anteriores ouvi esta mesma picareta falante zurzir na escola do antigamente e ter ataques de anti-fascismo, não percebo se ele quer voltar à escola desse tempo se apenas não se lembra do que era o currículo nessa altura. Em nenhum momento o equivalente ao 3º ciclo agrupou tais disciplinas. O mais parecido com isso era a disciplina de Homem e Ambiente no recorrente nocturno do 2º CEB. Mas penso que o senhor Almeida se baralhou um pouco com a velocidade a que costuma falar. Os detalhes e o rigor escapam-se-lhe.

No Secundário já se trabalha com meias-turmas e isso pode estender-se a outros níveis de ensino. Por acaso já existem no 3º CEB, mas parece que ele desconhece. Acontece. Só não percebo como, se a ideia é dividir em meias turmas, não se opta por fazer turmas mais pequenas desde o início que depois rodam pelas tais «áreas».

A medida não é economicista pois a proposta vem do estudo do CNE. Daqui se depreende que as medidas são economicistas conforme os proponentes. Quando é o CNE não se aplica o «economicismo». Pelos vistos só quando é o Governo. Mas como o senhor Almeida, Presidente e Secretário de Estado, espera «decisões políticas» rápidas, ficamos sem perceber se essas decisões já poderão ser economicistas, visto que não são do CNE. Do CNE são as propostas e o estudo. Que não são economicistas.

E assim foi, na falta de agenda do SE Lemos e perante o previsível tédio do SE Pedreira para tratar destes assuntos, avançou o SE Almeida, sempre disposto a dar a cara pela sua política, pela sua ministra, pelo seu ministério, pelo seu governo e pela sua pátria querida, que graças a ele ficará funcionalmente quase tão analfabeta quanto… idem