Como os filmes que receberam "menções honrosas" na Monstra 2008 não foram apresentados nas sessões dos premiados e nem sequer tiveram direito à exibição de excertos na sessão de encerramento (excepto o de Konstantin Bronzit porque foi um dos escolhidos do pseudo-prémio "onda curta"*), passo a citá-los:
Júri da Competição Oficial
Lavatory-Lovestory - Konstantin Bronzit (Rússia)
Lapsus - Juan Pablo Zaramella (Argentina)
Leftovers - Igor Coric (Sérvia)
Júri Prémio Jovem Cineasta Estudante
Moving Still - Santiago Caicedo (França)
Twenty Questions - Nuno Costa (Portugal)
Weiss - Florian Grolig (Alemanha)
* segundo foi dito na própria sessão de encerramento, este ano o "prémio onda curta" foi levado a cabo por escolha unipessoal! A decisão unipessoal de um prémio (neste caso foram escolhidos 5 filmes) promovido por uma estação pública de televisão é uma aberração e dá conta do estado em que se encontra Portugal (não nos esqueçamos dos directores, mandantes unipessoais, que o governo pretende impôr nas escolas públicas...). Também foi dito, pelo responsável da Monstra, que a RTP tinha a gentileza de pagar pelos filmes escolhidos para o "prémio onda curta" acima daquilo que eles valem. Aqui está uma afirmação abstrusa e indecente, que tiveram o cuidado de não traduzir para inglês (não fosse o diabo tecê-las). A RTP não premeia os filmes aos quais atribui o pseudo-prémio "onda curta". Compra-os. E fica detentora de todos os direitos sobre os mesmos. No fundo pode ser uma boa negociata para a RTP, que provavelmente os emite e depois os empresta a canais de outros países em troca de outros, mantendo assim o bom fluxo de filmes no programa que dá o nome ao "prémio", a custos mínimos. Provavelmente o maior encargo será mesmo com os honorários do apresentador... Não digo que a compra dos filmes pela RTP seja mau para os artistas que estão em início de carreira (os outros não lhe vendem os filmes que trazem a concurso... ou se vendem é pelo "preço certo"...). Mas não é um prémio. É uma compra. Agora, virem dizer que a RTP paga acima daquilo que valem os trabalhos é alvitante. Só mesmo num país estúpido é que tal afirmação poderia ter sido produzida sem que a assistência começasse a patear o autor do dislate.
Índios da Amazónia
Várias etnias da bacia do Amazonas vão estar hoje, no Nordeste, na maior manifestação dos últimos vinte anos contra projectos hidroeléctricos...
... interrupção imediata da construção de barragens hidroeléctricas no Parque Nacional Xingu, uma das maiores reservas do Brasil. in Meia Hora, 19 de Maio, pag' s 1 e 6
Desvaloriza, desvaloriza...
Portugal recebeu menos investimento em 2007 e também investiu menos lá fora. Os dados do Eurostat revelam uma tendência contrária à generalidade da UE. O ministro da Economia desvaloriza estes números.
O investimento directo estrangeiro (IDE) em Portugal originário de outros países da União Europeia desceu 56,25%, para os 2,8 mil milhões de euros. Também em 2007, o IDE originário de países fora dos 27 caiu 51,8%, para os 1,3 mil milhões de euros. Alexandre Brito, RTP, 2008-05-19, 15:37:38
"não nos podemos resignar e não podemos desistir”, disse Cavaco Silva. idem (onde é que já ouvimos isto?)